domingo, 11 de maio de 2014

E após a 5ª Série? A Experiência de Micheline Melo - Desenvolvimento de Crianças Especiais



Os pais estão planejando fundar, criar uma escola, com os mesmos fundamentos e de boa qualidade, referência, para todas as crianças que necessitam de acompanhamento especial.



E após a 5ª Série? A Experiência de Micheline Melo - Desenvolvimento de Crianças Especiais

Por Marise Jalowitzki e Micheline Melo
12.maio.2014
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2014/05/e-apos-5-serie-experiencia-de-micheline.html


Nestes últimos meses tenho dedicado várias horas de minha vida para ler e escrever (o que não é surpresa para ninguém que me conhece! rsrs) e também, para ouvir pais e educadores e, em especial, as mães que, zelosas, tentam sempre encontrar o melhor caminho para seus filhos. Muitas, muitas delas merecem ser citadas, com seus relatos contundentes, lições de vida, de garra, de constância, fé e ação! Cada uma apresentando dificuldades e desafios próprios da sua situação, todos carecendo de soluções urgentes: a pressão da escola, a falta de opções mesmo quando a decisão é de trocar de escola, a incompreensão do entorno (educadores, vizinhos, colegas e mesmo família), as dúvidas sobre os medicamentos receitados, a falta de informação em linguagem entendível, a retirada dos medicamentos, a insegurança e reações adversas das crianças... tantas coisas!

Uma das preocupações que mais acometem as mães de crianças que estão em estabelecimentos que oferecem até a 5ª série do Fundamental é: para onde levar os pequenos depois de concluídas tais etapas? Como fazer para dar continuidade a uma formação que sempre exigiu acompanhamento, reuniões, parcerias, negociação sobre qual a melhor estratégia? Se já é difícil encontrar um estabelecimento que proporcione uma inclusão efetiva, mais difícil ainda é seguir com este aprendizado em igual nível de qualidade. Após a 5ª série acontece o exercício de um professor para cada disciplina e a adaptação de ambos (aluno e professores) fica ainda mais frágil! Hoje à tarde mesmo, ao ir até uma loja, um rapaz conhecido comentou do incidente que deu em um colégio onde o menino, disléxico, que não conseguiu ler a prova, que não conseguiu apenas "marcar com um x a resposta certa", não teve chance! O professor o humilhou em frente a todos os colegas por entregar a prova em branco, o rapazote deu um empurrão no peito do professor, o garoto foi parar na secretaria... e o meu amigo ficou de me dar maiores informes assim que souber! "Todos nós estamos com medo que o cara vá expulso!", disse-me. O menino é da 6ª série!...

 Inclusão não é só "ser aceito"! É ter espaço, é ser respeitado! Ter a oportunidade de se desenvolver!


Assim, com o consentimento de Micheline em divulgar seu nome real, transcrevo um tanto da situação que ela enfrenta e as providências que estão tomando. E a ajuda de que necessitam para que o projeto siga adiante.  Micheline tem um filhotinho especial e a barra é enorme. Ela leva a situação com galhardia, proporcionando ao menino querido o melhor que pode, dentro de suas possibilidades. 

Em 2012, Micheline Melo lançou um livro intitulado "A Caminho", com o objetivo de ajudar as pessoas que possuem, como ela, um filho com necessidades especiais.

Os desafios que são colocados na vida de cada pessoa, esses, só se sabe se vão poder ser enfrentados, quando o dia a dia se apresenta. Ninguém, antecipadamente, vai dizer que pode suportar. Mas, ao chegar o momento, a resposta do Amor Que Move é uma só: "Sim, eu sei que posso! Eu quero! E vou fazer!" A mobilização social tem de acontecer para que cada vez mais vozes se levantem para ajudar, para criar novos centros de acompanhamento e desenvolvimento. Inclusão não é só "ser aceito"! É ter espaço, é ser respeitado! Ter a oportunidade de se desenvolver!


Mais um lugar de tratamento que está em ameaças de fechamento!

VAMOS CRIAR UMA ESCOLA!

Constato cada vez mais pais conscienciosos que estão se determinando a fazer diferente! Eles procuram, dentro do quase nada de informação disponível, ações onde possam se espelhar, colher ideias e programas que estão dando certo, para implementar as mudanças desejadas e necessárias. Est é um caminho irreversível. O Estado não assume a sua posição de vanguarda, de valorização das crianças. Os incipientes projetos oficiais, quando acontecem, contemplam apenas a uma faixa populacional, são mais focados para determinadas regiões, centralizam ora em informática, ora em matemática, ora no estímulo a atividades competitivas. Uma revisão nos currículos, até agora não se ouviu. Uma alteração de paradigmas, não, também. É sempre a mesma filosofia adaptativa, sem formar educadores com uma visão mais ampla de inclusão e acolhimento. Assim, a construção do esperado, nos termos deste artigo - que trata da educação de qualidade - vem das mãos de cidadãos comuns. E há de continuar assim, pois eles-nós, cidadãos, tem-temos objetivos e necessidades claras, sem caráter eleitoreiro. 

Convido a ler o nosso bate-papo e ajudar, no que puderem, para que o projeto dela e dos outros pais, possa se tornar uma realidade:

- Estou participando, junto com meu filho, de um projeto em uma escola, que está ajudando a desenvolver todos os alunos, especialmente aqueles que apresentam alguma dificuldade, incluindo autistas, que já apresentaram resultados positivos. A escola em que ele está oferece só até o 5ª ano e os pais, entre eles também eu, estão planejando fundar, criar uma escola, com os mesmos fundamentos e de boa qualidade, referência. Acontecerão reuniões, já contatei a prefeitura, mas dizem que não podem fazer muita coisa, pois da 5ª série em diante é o estado, e o colégio é particular..., mas todos estão se unindo, por isso estou um pouco afastada do face.
Estamos tendo bons resultados de aprendizado, com a união de professores, professores de apoio, e famílias trocando experiências. As aulas são também ao ar livre.
Já descobrimos que as crianças têm facilidade em outras línguas e em informática. E a média é igual e não há separação e nem diferença: a média é 6 para todos.

 - Aulas ao ar livre e com as parcerias certas é no que acredito! E em quanto tempo identificaram isso?

- Há um ano, meu filho fez uma experiência. Colocamos ele  em um computador bloqueado e só uma pessoa sabia a senha , e apostamos q. ele não conseguiria , e em menos de 10 min. ele conseguiu desbloquear.

- Teu filho é autista? É o gurizão que está sentado no cavalo?

- Sim.

- Olha só que depoimento importante!

- As outras crianças, menores, mesmo com outras dificuldades tem a mesma tendência.

- Tu te importas se eu pegar esta nossa conversa e colocar lá no grupo? Posso ou não mencionar o teu nome - tu decides.

- Pode colocar, eu quero provar que nós temos muito a aprender com eles.

- Legal! é uma habilidade!

- E é essa a certeza a que chegamos. Outra habilidade é na parte de línguas. Eles pegam rapidamente, e chegam às vezes a pedir p/ ouvir em outra língua e se entendem.
Estamos a criar uma escola onde paramos p/ ouvi-los, entender e decodificar e incluir, ou traduzir p/ eles  o que a sociedade chama de certo.

- Tem só crianças com autismos ou outras características também?

- Tem com outras, neurológicas, e estão todas juntas e aprendendo, igualmente. Meu filho é transtorno misto, hiper ventilação cerebral e agora, apareceram os primeiros sintomas de neurofibromatose.

- E o que é neurofibromatose?

- A neurofibromatose é uma doença congênita e degenerativa, ataca a parte de aprendizado e causa retardo, e deformação óssea, ou fibromas, tumores internos, não tem muito o q. falar!

- Puxa, Mãe! Tem de ter estrutura de guerreira!

- Mas, no caso dele as pintas na pele e o pior é os 22,63º de desvio na coluna. Ele não pode fazer mais esportes, mas como o neuro dele informou, cada organismo reage de uma forma.

- Talvez não tenha nada a ver, mas tu conheces aquela proposta daquele médico que aplica doses elevadas de Vitamina D em pessoas com esclerose múltipla e tem excelentes resultados? Eu já publiquei no blog, se te interessar vejo o link e te mando, depois. Talvez fosse interessante ver se a Vit. D não auxiliaria, pelo menos na questão da deformação. E  tu já viste um quiroprata? O trabalho deles (quiropraxia) é exatamente tratar dos desvios da coluna.

- Ok. tudo é válido, na outra questão li algo sobre crianças cristais e índigos.

- Sim, isto tem a ver com a natureza espiritual dessas lindas crianças. É um entendimento que os pais precisam ter. Mas, a quiropraxia e a Vit D visam diminuir as dores, mesmo! Sorry, bateram à porta.

- Ok. já anotei, vou procurar. Tudo bem, também tenho q. sair , vou dar atenção ao meninão rsrsrsrsrs

- Beijos e fica com Deus! Até a próxima!
Que Deus abençoe sempre a todos vocês!!!
Que experiência heim minha amiga!!!!

- Obrigada. Aceito.
Deus te abençoe também .boa noite.

Boa noite!

Ajude os nossos especiais.por favor assine este abaixo-assinado http://chn.ge/1jiavdt

Criar em São Gonçalo,RJ.Um local para reabilitação dos deficientes,apoiando os seus parentes,incluindo todos os especiais.

MICHELINE MELO é escritora e corretora de imóveis em São Gonçalo - RJ
Participa das reuniões do Conselho da Secretaria de Apoio ao Deficiente.


Esta situação levanta tantas outras!

- A QUEM RECORRER QUANDO OS PAIS SE MOBILIZAM PARA UMA AÇÃO ASSIM IMPORTANTE COMO É A DE CRIAR UMA NOVA ESCOLA, onde seus filhos poderão continuar seus estudos, mantendo o padrão que já conseguiram até ali?

- Sim, pois não adianta  o governo falar em "obrigatoriedade" em aceitar todas as crianças que se matriculam, independente de suas fragilidades, se não há o suporte para este acolhimento! Professores não estão preparados, vários deles não tem nem o perfil de tolerância necessário para tal desempenho. Muitos pouco ou nada sabem sobre os chamados "distúrbios", "transtornos", "doenças".

- Quem está discutindo a quantidade máxima de alunos em uma turma? E de quanto é o número ideal de alunos que precisam de acompanhamento, em cada turma?

- Como está a previsão de prover as turmas do Monitor (leitor, escrevedor e auxiliador do processo ensino-aprendizagem), para os alunos que dele necessitam?

- E COMO ESTÃO AQUELES PROFESSORES DA REDE PÚBLICA, que recebem alunos especiais, sem nem ter monitor em sala? Turmas com 26 alunos, 6 especiais, um com doença degenerativa severa, outro que precisa receber insulina...? Por quanto tempo irão aguentar, antes de cair em stress e ser, depois, afastado do convívio com alunos?

- EXISTE UMA RELAÇÃO de associações filantrópicas que poderiam analisar projetos como esse da Micheline e amigos e procurar patrocinadores?

Precisamos mobilizar mais e mais pessoas, pessoas idôneas, que queiram, efetivamente, ajudar e não apenas receber notoriedade na mídia!

Se você souber de alguém, ou de uma instituição, entre em contato! 





Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


Escritora, Educadora, 
Idealizadora e Coordenadora do Curso Formação para Coordenadores em Jogos e Vivências para Dinâmica de Grupos,
Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela FGV,
Facilitadora de Grupos em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista de coração, Vegana.
Certificada como International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
marisejalowitzki@gmail.com 
compromissoconsciente@gmail.com 



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