quarta-feira, 5 de junho de 2013

TDAH é doença fictícia, diz o psiquiatra descobridor Leon Eisenberg

Déficit de Atenção e Hiperatividade, considerada como doença mental, é agora declarada como doença fictícia pelo próprio descobridor

TDAH é doença fictícia, declarou o psiquiatra descobridor Leon Eisenberg 

Por Marise Jalowitzki
04.junho.2013
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2013/06/tdah-e-doenca-ficticia-diz-o-psiquiatra.html

A declaração ocorreu 7 meses antes de sua morte e consta do semanário alemão Der Spiegel (O Espelho).

Movida pelo tema e empurrada por várias mães que sofrem com a pressão das escolas, resolvi seguir adiante nesta pesquisa e escrevi um livro cujo título original é: "TDAH Crianças que desafiam".

O Brasil é o segundo maior consumidor do mundo do remédio tarja preta.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2011 por USP, Unicamp e Albert Einstein College of Medicine quase 75% dos jovens brasileiros que utilizam Ritalina ou similares não foram diagnosticados corretamente.

Quem será que se importa? 
Os pais adeptos-de-medicação-para "resolver" problemas se importam com as consequências? 
Os professores irão rever sua forma de querer "resolver" rapidamente a questão da pouca concentração de seus alunos? 
Os educadores estão QUERENDO rever a forma como repassam os conteúdos???
Alguém está interessado na cultura inútil que representa BEM mais da metade do que hoje ainda se entulham nos livros "didáticos"??? A HORA DE MUDAR É AGORA!!!

Juro que este tema MEXE POR DEMAIS comigo! Seguidamente conversamos, minha filha e eu, sobre o MAL que os pais fazem quando (ainda que amorosamente e com a melhor das intenções!) tentam "resolver" a falta de concentração nos estudos de seus filhos e, simples assim, administram uma pílula e, pronto! Tudo resolvido!!!

Há tempos sabemos de alguns médicos especialistas na área que contestam, firmemente, o uso das pílulas e mesmo o diagnóstico. Transcrevo dois artigos referentes, ao final desta página, para quem interessar!

"Rir mais! estar mais com o filho! Deixar que seja ele mesmo! MAIS RITA LEE e MENOS Ritalina!" (palavras da pediatra e professora da Unicamp Cida Moyses, significando que CANTAR MAIS e RIR MAIS são 'remédios' saudáveis, auxiliando a levar a vida mais integradora e prazerosamente.

Um dos meninos que conheci (e que era colega de meus netos), apenas algumas "doses" do tratamento, estava lá, a um canto do páteo do colégio, olhar de vidro, sem interagir com mais ninguém. 

Outro dia estava no salão de manicure e a profissional estava angustiada porque seu menino estava sem a medicação.
"- Não sei porque fazem isso!" - lamentava-se. - "Já me disseram que, de tempos em tempos eles trocam estes tipos de remédio!"
Do pouco que sei, falei "tudo que sabia" sobre o tema, para ela, tentando abrir algumas janelas em sua mente para libertar seu menino (que está com 12 e toma Ritalina desde os 7!). Já tive oportunidade de conhecer alguns outros pobres queridos, que viraram verdadeiros zumbis e, aí, estava "bom", tanto para os pais, quanto para os professores, pois não precisavam mais se importar com o caso! Tristíssimo!!! No salão, uma colega da moça chegou e comunicou: "Fiquei sabendo que na farmácia em frente ao Conceição eles conseguiram um lote! Vai lá correndo!"

Na semana próxima, quando retornei, ela parecia haver estudado a melhor forma de se contrapor a tudo que eu lhe propusera, endeusando a medicação e do quanto o seu filho "agora estava de novo normal".
"- A professora já não sabia o que fazer com ele. Diz que levantava umas 5 vezes por aula! Agora, não! É incrível! A gente dá o remédio e ele se fecha!" - (fez com as mãos espalmadas como que imitando as viseiras que colocam nos cavalos para só olhar para a frente) - "Ele abaixa a cabeça e "se concentra"! Parece que não tem mais nada no mundo! Ufa! A gente tava precisando desse sossego!!!"

Falta de amor? Não! 
Falta de conhecimento e de coragem para se contrapor ao instituído? Com certeza!!

O famoso psiquiatra americano Leon Eisenberg, descobridor do déficit de atenção confessou, 7 meses antes de morrer, que TDAH é uma doença fictícia

Leon Eisenberg  e os intereses da indústria farmacêutica - harvard.edu

DESDE QUANDO

A falta de concentração em crianças já teve tentativas de ser considerada um distúrbio lá na década de 30 do século XX, quando os médicos taxaram as crianças com dificuldade de concentração como Síndrome pós encefálica, embora a maioria dessas crianças nunca haviam tido encefalite! Mas foi em 1968 que o líder médico Leon Eisenberg conseguiu incluir a "doença" catalogada como TDAH no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. A explicação? Herança genética, o que fez com que muitos pais se sentissem culpados! Agora, isso desaparece e os pais não precisam mais achar que sua carga genética é a "culpada"!!

Poucos meses antes de morrer, Eisenberg declara que as razões são psicossociais (determinadas pelo meio) e de como pais, professores e pessoas influentes na vida de uma criança, conduzem o cotidiano deste. 
"Trabalhar esses comportamentos exige um processo que leva bem mais tempo que receitar uma pílula para o TDAH". 

Ele não afirmou que as características não existem, nem menosprezou o sofrimento dos portadores de tais características, já que a pressão e o julgamento, aliados à cobrança constante, fazem com que a situação, muitas vezes, fique praticamente insuportável. O que ele enfatizou foi a necessidade de um maior envolvimento social, de mais responsabilidade por parte dos responsáveis e não, simplesmente, limitar o "tratamento" a receitar psicotrópicos, ainda mais em crianças, como vem acontecendo.

A revista Der Spiegel menciona também um outro estudo, coordenado por Lisa Cosgrove (da área da psicologia), denunciando que dos 170 membros que participaram do grupo de trabalho que elaborou o DSM - "Manual of Mental Disorders", 56% estabeleceram relações financeiras com as empresas farmacêuticas!



Texto en: 
http://actualidad.rt.com/ciencias/view/95483-psiquiatra-descubrio-tdah-enfermedad-ficticia


Falta de atenção virou doença. O nome? TDAH. A suposta solução? Um remédio tarja preta

Reportagem Revista Trip edição de setembro de 2011
http://revistatrip.uol.com.br/revista/203/reportagens/geracao-ritalina.html
21.09.2011 | Texto por Millos Kaiser Ilustração Lu Cong
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Falta de atenção e foco virou doença. O nome? Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. A suposta solução? O remédio tarja preta, do qual o Brasil é o segundo maior consumidor do mundo. Psiquiatras culpam o cérebro; outros, a sociedade. Nosso repórter ouviu os dois lados e passou uma semana sob o efeito da “droga da obediência”

LUCONG/ Gallery Henoch, NY


“Bom, é o seguinte: você tem sinais de déficit de atenção e de ansiedade. Vou te prescrever um medicamento”, sentenciou o psiquiatra. O gravador escondido no bolso marcava exatos 23 min de consulta – tempo suficiente para ele me diagnosticar com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) e escorregar pela mesa uma receita para três caixas de Ritalina. Não precisei mentir nem exagerar nada. Em resumo, relatei que vez ou outra tenho dificuldade para me concentrar em coisas que não me interessam, que prazos podem ser um problema e que faz tempo que não leio um livro até o fim. O que foi? Se identificou com alguma coisa?

Não se preocupe. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Associação Americana de Psiquiatria, cerca de 4% dos adultos e de 5% a 8 % de crianças e adolescentes de todo o mundo sofrem de TDAH, “uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade”, antigamente chamada apenas de DDA (déficit de atenção). Em uma sala de aula com 40 crianças, por exemplo, estima-se que pelo menos dois sejam portadores. E cada vez mais o destino delas é o mesmo que o meu: o consultório de um psiquiatra.

Grande parte da psiquiatria vê o TDAH como uma doença neurobiológica, causada por um desequilíbrio químico no cérebro, tal qual a depressão. O diagnóstico é feito a partir de entrevistas, isto é, não há exames que detectem a doença. Seus “defensores”, por assim dizer, afirmam existir mais de 10 mil estudos relatando seus sintomas, os primeiros datando dos anos 1700.

Todavia, isso são hipóteses, teorias. Muitos profissionais, especialmente de outros ramos da medicina, questionam a causa, o diagnóstico, o tratamento com remédios e a utilização do transtorno como justificativa para desempenhos fracos na escola. Alguns, mais radicais, duvidam até da própria existência do TDAH.

Muitos profissionais questionam a causa, o diagnóstico, o tratamento com remédios e a utilização do transtorno como justificativa para desempenhos fracos na escola
Mesmo assim, resolvi seguir as recomendações do meu médico. Durante uma semana, vivi sob o efeito do remédio tarja preta (leia o diário no fim do texto), apelidado por seus críticos de “droga da obediência”. Nem a Novartis, laboratório fabricante, nem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revelam os números de vendas. Mas previsões do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (Idum) dizem que, em tese, nos últimos 11 anos, elas galoparam cerca de 3.200%. O número coloca o Brasil como o segundo maior consumidor de Ritalina do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.

A pesquisa não contempla o mercado negro, que, ao que parece, é bem movimentado. Bastou meia hora no Google para encontrar diversos anúncios de gente oferecendo o remédio “off label” (sem receita). Por telefone, acordei de encontrar um vendedor em uma estação de metrô na manhã do dia seguinte. Chegando lá, um motoboy me entregou em mãos um envelope pardo e pediu que eu conferisse o conteúdo: Ritalina 10 mg, 20 comprimidos, lacrada e dentro da validade. Valor: R$ 80. Nas farmácias, sai em média por um quarto do preço. Relativamente barata, fácil de conseguir e teoricamente segura, a “Rita” vem sendo usada também por estudantes e baladeiros que querem bombar a energia e espantar o sono. A moda teria surgido em clubs e colleges norte-americanos.

O efeito de cada drágea de cloridrato de metilfenidato, nome verdadeiro da Ritalina, dura em média quatro horas. Assim como outras “inas” – a cocaína, a cafeína e as anfetaminas –, ela é considerada um psicoestimulante. Seu mecanismo de ação ainda não foi completamente elucidado. Mas acredita-se que ela aumenta a produção e o reaproveitamento da dopamina e da noradrenalina, neurotransmissores associados às sensações de prazer, excitação e ao estado de alerta do sistema nervoso. A bula alerta para a dependência física ou psíquica, além de elencar uma série de reações adversas como nervosismo, dificuldade em adormecer, diminuição no apetite, dor de cabeça, palpitações, boca seca e alterações cutâneas.

No FDA, órgão governamental dos Estados Unidos responsável por controlar alimentos e medicamentos, há 186 registros de óbito citando o uso prolongado do metilfenidato. Um dos nomes é o do jovem Matthew Smith – falecido aos 14 anos, metade deles fazendo uso da substância. Seus pais fundaram o Ritalindeath.com com a missão de “prover informações sobre a verdade oculta do TDAH e das drogas usadas em seu tratamento”.

LUCONG/ Gallery Henoch, NY
TDAH - crianças obedientes, a que custo?

Laboratórios é que bancam

O site da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) é o primeiro que aparece quando se faz uma busca virtual sobre TDAH. Nele há o cadastro de médicos do país todo especialistas no assunto, onde encontrei o contato do psiquiatra que me atendeu. A associação, fundada pelo doutor Paulo Mattos e um paciente em 1999, também realiza eventos para divulgar a causa e oferece cursos de treinamento para professores.

A entidade é patrocinada pelos laboratórios que fabricam, segundo o site, “os remédios de primeira linha para o tratamento de TDAH”. São eles: Novartis, produtora da Ritalina e da Ritalina LA (mesma substância, mas com dosagens mais altas); Janssen Cilag, do sugestivo Concerta; e Shire, do recém-lançado Vevanse. “Ninguém recebe salário, exceto a secretária. Por isso precisamos de incentivos privados. Não há conflito de interesse, desde que, claro, você apresente a situação para as outras pessoas”, explica o doutor Paulo Mattos.

No ano passado, a Novartis e a ABDA promoveram em parceria o concurso “Atenção Professor”, com o objetivo de “ajudar os educadores a conhecer e lidar melhor com o TDAH”. Ganhavam as três escolas que apresentassem as melhores propostas de inclusão de portadores na sala de aula. Como prêmio, R$ 7 mil em dinheiro e uma garrafa de champanhe. Recentemente, um projeto de lei institucionalizando o diagnóstico e o tratamento de TDAH nas escolas foi aprovado no Senado, restando apenas três comissões para que a aprovação se repita na câmara dos deputados.

“Nenhum medicamento no mundo daria conta da complexidade que é o processo de atenção e aprendizado de uma criança”

“Ciência não se discute”

A psicóloga Iane Kestelman, atual presidente da ABDA, descobriu a organização quando seu filho, “sumariamente reprovado em todas as matérias na escola”, foi diagnosticado com o transtorno. “Nossa vida mudou, e para melhor. Meu filho iniciou o tratamento e passou na melhor faculdade de economia do país. Ele toma remédio há 12 anos e não virou nenhum robô, como dizem por aí”, ela conta, a voz embargada do outro lado do telefone. Orgulhosa do caso de sucesso na família, ela relativiza a epidemia do TDAH e o boom nas vendas da Ritalina: “É um bom sinal. Significa que estamos cumprindo nosso papel, que mais gente está conhecendo a doença e o tratamento adequado”.

De acordo com uma pesquisa recente realizada por USP, Unicamp e Albert Einstein College of Medicine quase 75% dos jovens brasileiros que utilizam Ritalina ou similares não foram diagnosticados corretamente. Iane e doutor Paulo Mattos, porém, furtam-se a discutir uma possível fragilidade e/ou subjetividade no diagnóstico da doença. “Achamos isso ofensivo, inclusive. Ciência não se discute. Ela não está preocupada se você concorda com ela ou não”, diz a psicóloga. “Isso é um pseudodebate. Quem duvida da existência do TDAH nunca publicou nenhum artigo sobre o assunto, não tem qualificação. Você não vai chamar um pajé para discutir com um neurocientista”, engrossa o coro seu colega.


“TDAH não existe”

Marilene Proença não é um pajé. É psicóloga, integrante do Instituto de Psicologia da USP, e opõe-se à razão de ser da ABDA. “TDAH não existe. O que existe são crianças diferentes, com formas de aprender diferentes. Algumas são mais focadas, outras mais dispersas. Não existe um padrão de aprendizado”, ela postula. Para Marilene, a solução não cabe em um comprimido branco de pouco mais de 1 cm de diâmetro: “Nenhum medicamento no mundo daria conta da complexidade que é o processo de atenção e aprendizado de uma criança. Ele envolve afetividade, desejo, representações que a criança cria”.

Para os pais aflitos, que não sabem o que fazer com seu filhos travessos, ela acena um caminho, antes que eles decidam passar a bola para um psiquiatra: “A primeira coisa é ouvir a sua criança. O que ela tem a dizer sobre a escola? Os amigos a tratam bem? O professor escuta ela? Mudar para uma escola que entenda melhor a criança também deve ser levado em consideração”.

O problema não estaria na cabeça das pessoas, mas na sociedade. É o que acredita Maria Aparecida Moyses, pediatra e professora da Unicamp: “Se tem tanta gente deprimida ou desatenta, temos que entender que elas estão sendo produzidas pelo modo que a gente vive. Nunca se tomou tanto remédio e nunca houve tantas pessoas doentes. Isso não pode estar certo. O que eles fazem é uma biologia de um corpo morto, de um cérebro sem vida, sem afeto, isolado do meio em que vive”.

Atendendo em um centro de saúde público em Campinas, ela diz já ter presenciado casos de jovens viciados no metilfenidato, que clamavam pela sua dose diária durante as férias, quando normalmente a posologia é suspendida. Pergunto então se ela daria Ritalina para um filho seu. “Sou contra”, ela retruca. “Ficar parado é, na verdade, uma reação adversa dos estimulantes. Focar atenção é sinal de toxicidade, não é efeito terapêutico.” Mas então o que você daria para ele? “Ritalina nem pensar. Daria... Rita Lee.”

Doente, eu?
Pela primeira vez na vida, nosso repórter visitou um psiquiatra. A razão: averiguar o surto nos diagnósticos de TDAH. Para sua surpresa, deixou o consultório com uma receita para três caixas de Ritalina 10 mg. Na dúvida, resolveu acatar o doutor – mesmo que apenas por uma semana.

Quarta-feira
Tomo o primeiro comprimido às 10h30. Meia hora depois, sinto um anestesiamento sutil, como se uma película me separasse do entorno. Enquanto preparo a quentinha que levarei para almoçar, meu pai fala sobre uma passeata pró-Amazônia. Tenho que parar mais de uma vez para entendê-lo, como se não conseguisse fazer duas coisas ao mesmo tempo. Sinto uma pressão na cabeça. Assim que ponho os pés na rua, percebo que esqueci a quentinha. A caminhada do ponto de ônibus até a redação, coisa de 5 min, me dá uma sede surreal. Ninguém nota nada de diferente em mim.

Quinta-feira
Acordei várias vezes durante a noite, algo incomum para mim. Sonhei que estava na escola e que entregava uma prova de matemática em branco. Desperto com uma espinha na testa e uma enxaqueca fortíssima, que dura até a hora em que tomo o comprimido do dia. Não percebo nenhum upgrade na atenção, mas meus editores se espantam quando entrego um texto de duas páginas ainda no meio do dia – nenhum recorde, mas sem dúvida um episódio inédito na minha carreira. Relendo- o, porém, não gosto tanto do resultado. Não lembro da última vez que bocejei, mesmo sem tomar um gole de café há dois dias.

Sexta-feira
Hoje o negócio bateu de verdade. Sinto o maxilar travado. Estou ansioso. E a pressão na cabeça voltou. Tomar banho, esperar o elevador, pegar o ônibus e demais atos corriqueiros parecem mais enfadonhos que o normal. Estranhamente, fico doido para chegar à redação e trabalhar. Meu chefe diz que estou com uma cara estranha. De fato sinto os músculos da face meio paralisados, as expressões limitadas. Fico abespinhado sempre que algo ou alguém me interrompe. Sinto-me mais concentrado, mas percebo que só consigo focar uma coisa por vez.

Sábado e domingo
Como o doutor disse que o medicamento só deveria ser ingerido quando a atenção fosse exigida e que ele não combina muito com os prazeres mundanos da vida, resolvo suspender o uso pelos dois dias.

Segunda-feira
Estou introspectivo. Sinto os mesmos efeitos colaterais de antes – pressão na cabeça, ansiedade, irritação –, porém mais fortes e acompanhados de uma sudorese nas mãos. O pensamento embaralhou, passo o dia todo escrevendo e deletando na mesma proporção. No fim do expediente, um saldo mísero de um parágrafo. Não sinto fome na hora do almoço – outro episódio inédito. Me forço a comer uma torta de frango, que deixo pela metade. Fico preocupado.

Terça-feira
Por conta do rendimento pífio de ontem, estou atrasado para escrever esta matéria. Dado o revertério do dia anterior, decido não arriscar e ficar clean por hoje. Doeu, mas consegui parir o texto. Concluo que, no meu caso, nada melhor do que um prazo e um editor à espreita para acertar o foco e fazer o que deve ser feito.


TDAH - Lu Cong retrata seres humanos assépticos, ostentando olhares ao mesmo tempo vidrados e perdidos.

Efeito zumbi
As imagens que ilustram esta matéria são de autoria de Lu Cong (Cong Hua Lu), artista nascido em Xangai, na China, em 1978. Formado em biologia e artes pela Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, ele começou sua carreira como pintor sem quase nenhum treinamento formal anterior, o que lhe rendeu um estilo bem particular. Críticos ressaltam seu olhar clínico, capaz de produzir imagens que oscilam entre a beleza e o terror. Nesta série, em que os limites entre fotografia e pintura são borrados, Lu Cong retrata seres humanos assépticos, ostentando olhares ao mesmo tempo vidrados e perdidos.
Vai lá: www.lucong.com



Conheça também:


TDAH - Remédio pode desenvolver ideia suicida como efeito colateral



Medicamentos usados para tratar Deficit de Atenção - TDAH - podem acarretar depressão e ideias suicidas 

DIVULGUE! SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS POR UM MUNDO MELHOR!!!



Nota em 05.junho.2013
Tenho recebido algumas mensagens meio ácidas, que respeito, embora não concorde. O tema está em questão e isso é maravilhoso.
Por julgar pertinente, incluo:

Déficit de Atenção e Hiperatividade: uma doença fictícia?
http://sociedad.biobiochile.cl/notas/2013/05/25/deficit-atencional-e-hiperactividad-una-enfermedad-ficticia.shtml
Sábado 25 de maio de 2013 | 13:55 · Atualizado: 13:55
Postado por Denise Charpentier 
A polêmica sobre o suposto excesso de diagnósticos de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) continua a falar depois de vários meios de comunicação divulgar uma suposta entrevista com o psiquiatra Leon Eisenberg, considerado o "pai do TDAH cientista", que teria dito sete meses antes de sua morte que este mal é "um excelente exemplo de uma doença fictícia" .
Conforme relatado pela NBC Latino , há um ano, Eisenberg foi citado na última entrevista antes de sua morte, expressando a frase indicada. Os comentários, que foram publicadas no semanário alemão Der Spiegel em 2012, causou um alvoroço na comunidade médica e os pais em geral, porque hoje muitas crianças são medicadas no tratamento desta doença, em meio à várias críticas ao curto e longo prazo das drogas usadas
O problema reside, principalmente, na medida em que o diagnóstico de TDAH é subjetiva, já que não há uma prova definitiva. Os médicos contam com o testemunho dos pais e professores, verificando se eles atendem certos critérios que podem em alguns casos ser simplesmente o resultado de um desenvolvimento menor do controle dos impulsos, a falta de auto-disciplina, distúrbios do sono, entre outros fatores, diz NBC.
De fato, pesquisadores britânicos da Universidade de Columbia descobriram que as crianças muitas vezes são diagnosticadas com TDAH, quando na verdade a maioria dos comportamentos ativos simplesmente responder a está em um estágio diferente de desenvolvimento que os seus pares um pouco maior. Além disso, os especialistas apontam que cerca de 30% das crianças e 70% das meninas que eram mais jovens da sua classe eram propensos a serem diagnosticados com TDAH.
Além disso, crianças com distúrbios do sono também pode ser diagnosticada e desordem de déficit de atenção e hiperatividade. Kevin Smith, psicóloga pediátrica no Hospital Mercy infantil, publicou um estudo no ano passado que descobriu que as crianças que sofrem de "distúrbios respiratórios do sono, incluindo ronco, respiração bucal e apneia, em que a criança parece parar de respirar durante o alguns segundos de cada vez, tiveram uma maior incidência de problemas emocionais e comportamentais, como hiperatividade, agressividade, depressão e ansiedade. "
Alguns médicos estão preocupados com os diagnósticos errados para TDAH, devido ao impacto futuro de tratamentos para a saúde a longo prazo de crianças, alguns estudos relatam graves consequências - como possível tendência à depressão e ao suicídio, entre outros.

E estes outros:

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/05/deficit-de-atencao-nas-criancas-francesas.html - 

http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/assunto+de+interesse/noticias/estudo+aponta++tendencia+de+crescimento+no+consumo+de+metilfenidato

Inventor de TDAH: "O TDAH é uma doença fictícia"

P.O. Box 223 
CH-8044 Zurich 
+41-44-350 65 50 
04 junho de 2013
Zürich

por Moritz Nestor

Felizmente, o suíço Otfried Höffe, presidente da Comissão Nacional Consultiva de Ética Biomédica (NEK) comentou criticamente sobre o uso do medicamento ADHD Ritalin no seu parecer de 22 de novembro de 2011 intitulado "Valorização humana, por meio de agentes farmacológicos" 1 : O consumo de agentes farmacológicos alterou o comportamento da criança, sem qualquer contribuição de sua parte.
Que totalizaram interferência na liberdade da criança e direitos pessoais, porque os agentes farmacológicos induziram alterações comportamentais, mas não conseguiu educar a criança sobre como conseguir estas mudanças comportamentais de forma independente. A criança foi assim privada de uma experiência essencial: aprender a agir autonomamente e enfaticamente, o que "reduz consideravelmente a liberdade das crianças e prejudica o seu desenvolvimento da personalidade".
Os críticos alarmados pelo desastre Ritalin agora estão recebendo o apoio de um lado totalmente diferente. O semanário alemão Der Spiegel citou em sua reportagem de capa em 02 de fevereiro de 2012 o psiquiatra americano Leon Eisenberg, nascido em 1922 como filho de imigrantes judeus russos, que era o "pai científico de ADHD", e que, com a idade de 87, sete meses antes de sua morte em sua última entrevista:

"O TDAH é um excelente exemplo de uma doença fictícia" 2

Desde 1968, no entanto, cerca de 40 anos, a "doença" de Leon Eisenberg assombra os manuais de diagnóstico e estatística, primeiro como "reação hipercinética da infância", agora chamado de "ADHD". O uso de medicamentos TDAH na Alemanha aumentou em apenas 18 anos, de 34 kg (em 1993) para um registro de nada menos do que 1760 kg (em 2011) - o que representa um aumento de 51 vezes nas vendas! Nos Estados Unidos um em cada dez meninos entre 10 anos de idade já engole um medicamento ADHD em uma base diária. Com uma tendência crescente. 3
(...) Sua carreira era extremamente íngreme, e sua "doença fictícia" levou a grande aumento de vendas. E depois de tudo, ele atuou no "Comitê para o DSM V e CID XII, American Psychiatric Association" 4 2006-2009. Afinal, Leon Eisenberg recebeu o "Prêmio Ruane da Criança e do Adolescente Psychiatry Research. Ele tem sido um líder em psiquiatria infantil há mais de 40 anos através de seu trabalho em ensaios farmacológicos, pesquisa, ensino, política e social e por suas teorias do autismo e da medicina social ". 5
E depois de tudo, Eisenberg era um membro do "Comitê Organizador da Mulher e da Conferência de Medicina, nas Bahamas, 29 novembro - 3 dezembro de 2006, a Fundação Josiah Macy (2006)". 6 A Fundação Josiah Macy organizou conferências com agentes da inteligência da OSS , mais tarde CIA, como Gregory Bateson e Heinz von Foerster e durante muito tempo após a Segunda Guerra Mundial. 

Teriam esses grupos comercializado o diagnóstico de TDAH a serviço do mercado farmacêutico e feito sob medida para ele com um monte de propaganda e relações públicas
É esta questão que o psicólogo americano Lisa Cosgrove e outros pesquisadores investigam em seus estudos: os laços financeiros entre DSM-IV Membros do Painel e a Indústria Farmacêutica 7 . Eles descobriram que "Dos 170 membros do painel DSM 95 (56%) tiveram uma ou mais associações financeiras com empresas da indústria farmacêutica. Cem por cento dos membros dos painéis sobre "Transtornos do Humor" e "esquizofrenia e outros transtornos psicóticos 'tinha vínculos financeiros com empresas farmacêuticas. [...] As conexões são especialmente fortes nas áreas de diagnóstico, onde as drogas são a primeira linha de tratamento para transtornos mentais ". 8 Na próxima edição do manual, a situação mantém-se inalterada. "Dos 137 DSM-V membros do painel que postaram declarações de divulgação, 56% relataram laços da indústria - sem melhoria em relação ao percentual dos membros do DSM-IV." 9 "O próprio vocabulário da psiquiatria é agora definido em todos os níveis pela indústria farmacêutica", disse o Dr. Irwin Savodnik, professor clínico assistente de psiquiatria na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. 10
Isto é bem pago. Apenas um exemplo: O Diretor-Assistente da Unidade de Psicofarmacologia Pediátrica do Hospital Geral de Massachusetts e professor associado de psiquiatria na Harvard Medical School recebeu "$ 1 milhão em ganhos de empresas farmacêuticas, entre 2000 e 2007." 11
De qualquer maneira, não se pode chegar facilmente ao testemunho do pai de TDAH de que: "O TDAH é um excelente exemplo de uma doença fictícia".
A tarefa de psicólogos, educadores e médicos não é para colocar as crianças no "lead químico", porque toda a sociedade não consegue lidar com os produtos de suas teorias equivocadas do homem e da criação dos filhos, mas também não pode colocar seus filhos nas mãos do livre mercado farmacêutico. Voltemos à questão básica da psicologia pessoal e educação: A criança é a aquisição de responsabilidade pessoal e comportamento enfático sob orientação especializada - e isso leva a família e a escola: Nestes campos, a criança deve ser capaz de conduzir-se fora mentalmente. Este constitui o núcleo da pessoa humana. •



O TEXTO ORIGINAL da NEK CONSTA EM:
Um aprimoramento humano por meio de agentes farmacológicos, Parecer n º 18/2011, Bern outubro de 2011. 
FEDERAL OFFICE OF PUBLIC HEALTH
No. 18/2011Human enhancement by means
of pharmacological agents
Last modification: 27.10.2011 | Size: 387 kb | Type: PDF

2 Blech, Jörg : Schwermut ohne Scham. In: Der Spiegel, Nr. 6/6.2.12, p. 122-131, p. 128. 
3 Blech, p. 17:59:25) 7 Cosgrove, Lisa et al. Laços financeiros entre DSM-IV membros do painel e da indústria farmacêutica. In: Psychosom Psychother 2006; 75:154-160 (DOI: 10.1159/000091772) 8 Cosgrove, Lisa et al. Pp. 154 9 DSM Membros do Painel Ainda Conseguir fundos Pharma. URL:http://www.cchrint.org/tag/lisa-cosgrove/ (8.2.2012 Cf. http://www.cchrint.org/tag/lisa-cosgrove/

A recomendação 7 (e última) do resultado da Comissão, reza:

"7. A prática atual de prescrição de psicofármacos em crianças deve ser revista, as causas do maior consumo investigadas, e as crianças, protegidas contra o uso excessivo." (Cap. 9 - págs 140 a 150 Livro TDAH Crianças que Desafiam)


TDAH e o uso de medicamentos - Aprimoramento, liberdade pessoal, diversidade, riscos para a saúde e desenvolvimento da personalidade - A posição da NEK - Suíça


Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e o uso de medicamentos em crianças, adolescentes e adultos


Excertos de importante texto que serve de subsídios a educadores (professores, pedagogos, etc.) para reuniões, reflexões e debates sobre o tema com seus pares e com os pais dos alunos. Para os pais, interessados na felicidade de seus filhos. Trata também do uso no ambiente de trabalho.



Conheça e adquira o Livro: TDAH Crianças que desafiam 
Como Lidar com o Déficit de Atenção e a Hiperatividade na Escola e na Família
Contra o uso indiscriminado do metilfenidato - Ritalina, Ritalina LA, Concerta





Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

Escritora, blogueira e colunista
Coordenadora de Grupos,
Pós-Graduação em RH pela FGV,
International Speaker pelo IFTDO-VA-USA
Ambientalista de coração. Vegana.








51 comentários:

  1. O texto falando sobre o " Leon Eisenberg" é parcial, de uma matéria que já era parcial.

    Quanto ao post da revista TRIP, que tem dezenas de comentários reprovando a ação da revista ta também é parcial e sensacionalista. Tem uma diferença entre jornalismo e o que ela pretende apresentar.

    - O texto alega apresentar dois lados, mas quando apresenta o lado contrário a ideia que quer defender, é mediocre e reforça muito mais uma associação com empresas do que a possibilidade da doença existir.
    - O reporter possívelmente mentiu e relatou mais sintomas de TDAH do que resumiu na reportagem.
    - O efeito real de remédios contra TDHA podem demorar de 1 a 4 semanas. Os primeiros dias teria necessariamente os piores efeitos colaterais imagináveis, como é comum com qualquer remédio.
    - Um usuário que não tem TDAH usar remédio pra isso e espera realmente ficar melhor do que?

    É uma pena que pessoas que não tem experiência prática ficam reproduzindo textos sobre assuntos que não sabem e "acham" que sabem porque leram em uma Veja da vida.

    E obrigado por contribuir com preconceito de gente que é TDAH de verdade.

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    1. Fititnt, respeito seu ponto de vista embora não possa concordar. Também sugiro que respeite o meu.

      Com relação ao texto do Leon - é só entrar no link que consta no artigo. Querendo, também pode procurar pelo título na revista alemã citada.

      Você leu o outro artigo mencionado no blog, sobre o pensamento suicida que o uso contínuo desencadeia?

      Conhece (já leu) os livros de Ingrid Cañete? Conhece a p´roposta dela? Ela é psicóloga e atende amorosamente centenas de crianças, adolescentes e adultos, com o "transtorno".

      Lamento que tenhas entendido como "preconceito" o que se destina, isso sim, a uma esperança em dias mais autênticos, onde as pessoas possam ser e se expressar PELO QUE VERDADEIRAMENTE SÃO e não pelo que a sociedade espera delas e a elas impõe!!!

      Liberdade saudável, ao invés de amarras!
      Desejo Sucesso!!!

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    2. Olá, cidadão "fititnt", lamento que apesar das informações contundentes e, sobretudo, da confissão do grande responsável por todo esse engodo, o Sr. Leon Eisenberg, ainda assim demonstre não aceitar a verdade. Tente estudar o assunto específico e sobretudo as questões gerais da drogadição. Tem muita gente inescrupulosa ganhando verdadeiras fortunas com a destruição de vidas pelo mundo.

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    3. tudo verdade, Ailton! Nunca se "teve" tantas doenças, a cada edição do DSM eles estão colocando dezenas de novas "doenças mentais", neurofeedback é usado até para crianças birrentas de 2 anos!!! Indústria farmacêutica ganha mais de 600 bilhões ao ano! Segundo eles, estaremos todos "loucos"??? só eles, os que enriquecem à custa de adoecer e cronificar os corpos nas doenças, são os "sãos"??? Incrível!!! E inadmissível!

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  2. Estou enganado ou foi tirada uma parte do texto que falava sobre ações no Senado e Câmara dos Deputados.

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    1. Amarildo, se tiveres a parte do texto, por favor, envia. A tradução que estou fazendo da Comissão da NEK faz exposições de fatos, estatísticas de aumento do uso do medicamento e recomendações a toda a classe médica e farmacêutica do mundo.
      Vou rever todos os textos novamente. O que sei é que, PARADOXALMENTE ao movimento na Europa, aqui no Brasil há votações de incentivo ao uso e até cursos aos professores (isto consta da página)!!!

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    2. Olá, Amarildo!
      Retirei seu comentário por conter links. O sistema do blog direciona automaticamente para os links mencionados, caso seja acessado o artigo. Por isso, vou incluí-los no artigo original (veja acima) e servirão de referências para novas publicações sobre o tema.
      Muito grata!

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    3. Não se preocupe, desconhecia tais procedimentos, portanto me desculpe. Acabei de ler a matéria sobre Aprimoramento, estão querendo transformar as pessoas em máquinas, destruir toda a essência e individualidade da personalidade humana, enquanto uns lutam pela diversidade, outros lutam pela padronização. Mudar o sistema educativo para que todos possam desenvolver seu potencial da muito trabalho, melhor é dopar as pessoas para que possam aceitar o sistema e produzir como máquinas.

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    4. Certíssimo!!! O plano delineado é exatamente este!!! Máquinas de execução, não seres humanos em exercício de liberdade! E ainda falamos em livre arbítrio???

      Amarildo, na próxima publicação sobre a situação do consumo de Ritalina e Concerta no Brasil, posso citar teu nome? (Foi através de ti que tomei conhecimento do link da Anvisa).
      (Continua, please, a enviar links sempre que desejável e pertinente. Costumo fazer assim com todos os que enviam links através de comentários. É só uma adequação do sistema.) MUITO GRATA!

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  3. Nunca fui adepto de medicamento de espécie alguma. Minha filha Fernanda, hoje adolescente, foi diagnosticada como portadora de TDAH aos 3 para 4 anos, por uma dúzia de profissionais.
    Tudo o que é visto de fora, mesmo que se tenha experiência semelhante ou assim considerada parece facilmente diagnosticável, tratável. Às vezes, movido por motivos que só eu sei, trato de assuntos complexos cuja abordagem pode doer em muitas pessoas, já que não há duas pessoas iguais nem duas situações iguais no mundo. Este tema parece ser um destes casos. É simplista "diagnosticar" falta de atenção ou acompanhamento por parte dos pais e pressa no diagnóstico da doença. É fácil falar (como eu falo) que a solução não está em medicamentos. Mas isto no âmbito da conversa e dos achismos. A vida tem a parte teórica e a prática. A teórica é fácil; sei por mim. Viver todos os dias, ano após ano, buscando novas possíveis soluções e abordagens para quem tem TDAH, essa coisa fictícia, exige um pouquinho mais. Gosto dessas matérias, do assunto, da desmistificação, da informação não-massificada. Mas nem tudo se aplica. Obrigado...

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    1. Oi,querido Morel! Com certeza! Quando escrevo um texto, procuro sempre cercar-me do maior número possível de dados e informações pertinentes, para que a coisa não caia em sensacionalismos. Aprofundei bastante o tema, em novas pesquisas. Produzi um livro, cuja publicação depende do aval de alguma editora. As denúncias são graves. E as exigências sociais para que o indivíduo "desajustado" se "encaixe", também. Os sintomas existem e o sofrimento do "portador", assim como a pressão e exigências dos pais, também. O assunto merece um olhar mais aprofundado, para que pais não mediquem seus filhos inadvertidamente e acabem por perdê-los.

      Um grande abraço!

      (P.S.: Não sei como, sua mensagem caiu em outra caixa do blog! Não é a primeira vez que isto acontece. Somente hoje encontrei-a. Sorry, ainda que involuntariamente, pela demora na resposta!)

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  4. Muito leviano e impulsivo da sua parte. Eliminar os TDAHs vai melhorar o SEU mundo; Somente o seu. O deles ...

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    1. juro que não entendi sua colocação, "Anônimo"! como assim "leviano e impulsivo de sua parte"... parte de quem? do médico psiquiatra descobridor da doença, membro da Associação Americana de Medicina, coordenador durante anos do DSM? E quem falou em ELIMINAR? Que é isso? Creio que, como muitas pessoas, você não leu todo o artigo (nem os demais) para entender o que está escrito: ninguém está "eliminando" o portador, nem os sintomas E SIM A FORMA DE TRATAMENTO dada a muitos, sem diagnóstico preciso. E mais, mesmo quando o diagnóstico indica TDAH, a homeopatia tem medicação diferenciada, igualmente eficaz, sem os danosos efeitos colaterais do metilfenidato! Assim como outras várias terapias alternativas que trabalham o ser integral, não apenas o "comportamento dito inadequado"... Please... De qualquer maneira, agradeço sua visita ao blog e o tempo despendido em comentar. Com certeza, se mais alguém se detiver a ler os comentários, vai servir para esclarecer....e, por último, você pensa que está falando com alguém que não sabe o que é TDAH??? engano seu! (a favor de quem você está: dos portadores ou da indústria farmacêutica alopática?) abraços e votos de felicidades!

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  5. Olha Marise, eu concordo totalmente que as crianças diagnosticadas com TDAH não devem tomar ritalina. Eu sei que a deficiência intelectual existe porque eu tenho uma criança de 9 anos que foi diagnosticada com TDAH por dois neurologistas conceituados aqui do meu estado. Foi tentado um medicamento para concentração e não adiantou e depois foi receitada a ritalina (famosa) e eu, mãe amorosa que sou, pesquisei até não poder mais sobre o TDAH, sobre a ritalina e cheguei a conclusão que não iria dar a droga para o meu filho por infinitos motivos : o principal, não cura a hiperatividade e nem o deficite de atenção. Prejudica as reações naturais e instintivas do cérebro diante do aprendizado tanto na escola como na vida, a criatividade vai para as cucuias ( o pensamento fica robótico e decorado), aumento dos risco de doenças cardíacas, prejudica o crescimento a longo prazo. A criança perde o poder de interpretação e começa apenas a decorar(memorizar) informações.Não será mais o meu filho que está alí. É um robô programado. A todos os profissionais que já me perguntaram o porquê que eu não dei a Ritalina eu respodo: Ela é boa? pra quem?
    E respondo: Para a família, para os professores que terão uma criança bem quietinha? É boa para qualquer um ao redor, menos para ele. O meu filho é uma criança muito especial e que me ensinou muito. Eu nunca recebi reclamação da escola por mau comportamento, nunca agrediu nenhum coleguinha. E eu não iria dar uma droga dessas para o meu filho, lhe causando problemas de saúde só para ele se encaixar em um padrão. O rendimento escolar dele é abaixo do dos colegas mas ele vem conseguindo passar de ano com muito esforço meu e tenho cobrado das professoras uma boa aula porque o meu filho(estou me repetindo) é especial e ele só aceita o melhor de cada um de nós, é uma boa aula, uma aula interessante, interativa, com boas técnicas pedagógicas, é uma mãe e um pai especial que precisam parar e olhar para ele enquanto ele conta ou pergunta alguma coisa. Outro dia ele disse: Esse bolo é de chocolate e eu sem olhar enquanto fazia o bolo respondi "humrum" e ele disse: Tem que responder com a boca e eu rí responde: é, é de chocolate e olhei para ele. O que eu vejo no meu filho são sintomas de autismo num grau mais leve e quando ele é estimulado ele corresponde, não no tempo da maioria das crianças da idade dele, mas no tempo dele. Uso tudo para desacelerar ele: faz acompanhamento psicológico, adapto técnicas de Yoga, técnicas para diminuir o stress, técnicas de associação para o aprendizado, chás calmantes e amor, muito amor. Parabéns pelo seu trabalho, espero que consiga publicar seus livros e estou com você na luta contra a Ritalina.

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    1. Querida Mamãe!!! Muito grata por este maravilhoso e amoroso depoimento!!! Deveria se tornar o pergaminho-bandeira de toda a luta!! Não está fácil encontrar uma editora que se decida ir de encontro ao instituído e "peitar" (como se diz aqui no Sul (no sentido de confrontar) toda esta louca comercialização, onde a indústria farmacêutica seduz (e corrompe) muitos médicos que, ou incautos, ou descompromissados, não se importam de ir receitando sem medir, avaliar, que dirá, acompanhar este pequeno!!!

      Parabéns e parabéns por todo o empenho que você dedica na formação deste serzinho seleto e merecedor de uma vida digna! O amor dos pais, em todos os sentidos (agora estou pesquisando sobre a origem do mal, do porque tanta crueldade com os animais) e os resultados levam a um só: FALTA DE AMOR, falta de exemplo, falta de orientação por parte dos cuidadores (pais, babás, professores). Enfim, o exercício da compaixão (com paixão) é o caminho que todos, invariavelmente, hão de trilhar, um dia. Que bom que pra ti e os teus, este dia já chegou!!!!

      (Tu viste a homeopatia recomendada? incluo no livro - Espinheiro Marítimo - está no artigo Das Pragas - A Cura - neste blog.)

      (Estou em tratativas bem interessantes com uma editora p publicar. trocaram o título, negociamos manter o conteúdo tal qual está, senão, não há porque publicar!!!)
      Beijos e Reverências!

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    2. Querida mãe (anônimo - 05/12/2013)
      Chorei ao ler seu depoimento, pois vai de encontro com tudo o que penso, amor, atenção, carinho, respeito à criança que aprende de forma diferente, afinal ninguém é igual. Sou professora e sei que na maioria das vezes o problema é social, sou terminantemente contra remédios para condicionar nossas crianças a um comportamento "dito" adequado. Infelizmente e como já foi dito, existem outros interesses envolvidos no assunto. Como professora inclusive, sofro com o preconceito de outras pessoas mal informadas e preguiçosas que buscam sempre a forma mais fácil de fazer as coisas, pois gosto de expôr minha opinião que é embasada em muita leitura, pesquisa e prática do ofício. Agradeço por sua força e perseverança, um verdadeiro exemplo para a humanidade.Que Deus ilumine sempre você e sua criança maravilhosa, assim como esse ser humano iluminado chamado Marise Jalowitzki.

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    3. Queridas, hoje é um dia especialmente importante e tenso pra mim! Por todos estes motivos que expões, Rosangela! Breve conseguirei publicar, quando a mente e o coração conseguirem desacelerar um pouco.... sim, pois quando se sabe de tantos meandros que tecem esta intrincada teia de mercantilização da vida e da saúde, que só visa o lucro, fica-se um tanto paralisada. Mas, há que continuar, pois algumas pessoas especiais, como vocês duas, estão aí para mostrar que, sim, ainda que em uma pequena parcela, há pessoas do Bem querendo o Melhor para seus pequenos!!! Deus conosco!!!

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    1. Comentários com links serão automaticamente excluídos. Entretanto, "Anônimo", vou transcrever o que enviaste, embora teu tom ofensivo não o mereça.
      Eis o texto, apenas retirando o www que vincula, por normas do blogspot, o link diretamente ao artigo que mencionas.
      Aí vai:
      Anônimo enviou
      "Você presta um verdadeiro desserviço à sociedade. Não se toma Ritalina se você não é portador da doença, assim como não se toma antidepressivos se você está saudável. Você lê bulas? Lê artigos científicos que não tenham a mesma opinião que a sua? snopes.com/politics/quotes/adhd.asp leia, então."

      Embora respeitando o direito de teres um ponto de vista diferente, tenho pena de você, Anônimo, pela tua ingenuidade! de que lado estás? Como te ocultas no anonimato, não posso identificar se és um usuário da ritalina ou se és um "doutor" a favor do crescente uso no consumo do metilfenidato. Em nenhum momento, se exclui a possibilidade de alguém realmente precisar usar o medicamento. O alerta, feito por não menos do que O DESCOBRIDOR do transtorno, é que a coisa tomou uma dimensão tal que já ultrapassou os limites do bom senso faz tempo!!!
      Pergunto eu: onde Você se informa? Só na web? Pois se sair por aí e conversar com as pessoas (especialmente os pequenos e seus pais) vai ver o estrago que a situação apresenta. E a Associação norte americana que vai às ruas pedir a suspensão do fármaco, pelas mortes que causou em crianças que foram impedidas de viver suas vidas PELO NÃO ESCLARECIMENTO devido aos pais, sobre os riscos e possíveis efeitos??? Faça-me o favor, a realidade é muito mais dura! Se pra você faz bem, siga em frente! Você é adulto, já pode optar pelos seus atos e tomar suas decisões!!! As CRIANÇAS, não! E é por elas que estou aqui!!! Abraços e grata pela visita ao blog!

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  7. No livro do Dr.Hallowell ¨Tendência A Distração¨ são citados muitos casos em adultos. O que vc. acha disto ? Descobrir depois dos 50 anos, achar que descobriu o motivo de todos os seus problemas e começar a tomar medicação?

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    1. Anônimo. Como disse na resposta anterior, cada adulto responde por si, toma as decisões que quiser, planeja seu futuro e age. Cada um sabe o quanto lhe atrapalhou (atrapalha) DE VERDADE o seu jeito de ser. Einstein foi tido como uma das pessoas mais distraídas para as coisas do dia a dia (e eu estudei isto MUITO antes de saber de TDAH). Dizem que ele era do tipo de colocar um calçado de uma cor e modelo em um pé e outro bem diferente no outro pé e nem se dar conta disto. E isto não o impediu de ser quem ele foi! Tive um gerente que veio ao trabalho do mesmo jeito (um pé calçado com modelo diferente) - ele riu, todos rimos - nem por isso deixou de focar atentamente no projeto que estávamos desenvolvendo. Por isso, opino: o grau de sofrimento de cada um é o seu balizador. Muitas vezes passamos a vida ouvindo que deveríamos ser dessa ou daquela maneira (escrevo isso em meu livro) e, como são de pessoas que gostamos, passamos a aceitar como uma verdade. Entretanto, será mesmo que do jeito "que nos querem" é o jeito melhor para si? SE você sente que precisa de ajuda, não dispense uma boa terapia, mas, antes, passe no homeopata e converse com ele. Em outro artigo, aqui mesmo no blog, escrevi sobre. O nome do artigo é "Das Pragas, a Cura" e fala do Espinheiro Marítimo que é o equivalente, na homeopatia, à Ritalina. Boa sorte!!! Felicidades é um jeito só nosso de entender, aceitar e viver a vida!!!

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  8. Ainda bem que não tinha "ritalina" no tempo de Mozart..... iríamos perder o REQUIEM mais bonito e perfeito que já foi criado para o ouvido e a voz humana....rs . Excelente texto e pesquisa, Marise.... e concordo ponto-por-ponto! A "família" se dissolveu no mercado de trabalho, na frente da TV, do laptop e das redes sociais, e abandonou seus filhos nas escolas, querendo que a sociedade e os professores os criem, pois perdeu o controle sobre aquilo que mais deveriam amar.... seus próprios filhos. Talvez.... tristemente..... seja o "Lacrimosa" (exatamente a última coisa composta por Mozart) a música que ecoará na alma da sociedade quando virem seus filhos "abobados" e à beira do nada...... um mundo vazio, sem inspiração, criatividade e vida!!! Triste sorte da raça humana.....

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    1. Parabéns pelo seu pertinente e sensível comentário no artigo TDAH é doença fictícia, em meu blog Compromisso Consciente. Concordo com tudo! Responsabilidade e lucidez é o que se exige de pais e educadores, da sociedade adulta em geral, para bem conduzir os pequenos.
      Estamos tão distantes disso!!!
      Que façamos o nosso possível!

      A ti, desejo Felicidades Sempre!!! Gratidão!

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    2. Excelente observação Jose HM. Parabéns!!!

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  9. Marise, concordo com o exagero nos diagnósticos de TDH. Não chego a pensar que se trate de uma doença fictícia, mas de uma desordem energética e compartilho da ideia de que a sociedade não está preparada para lidar com as diferenças. Pontuo, porém, que, quando essas características comprometem a convivência social a ponto de reduzir a autoestima, apoio o uso da medicação, até que a psicoterapia surta efeitos. Não basta a psicoterapia surtir efeitos, é necessário maturidade e um pouco de sabedoria, que vem após os 40 anos, em geral. O efeito zumbi ocorre com as pessoas que não tem TDH, em que o diagnóstico foi mal utilizado. Na minha experiência, uma casa com 3 pessoas que começaram usar ritalina aos 14, 28 e 50 anos, cada um precisou fazer os seus ajustes pessoais no uso do medicamento, principalmente quanto ao horário e uso concomitante de antidepressivo e, no meu caso, ainda, regulador de humor. Com esses ajustes, não há zumbis na minha casa, mas pessoas que continuam sendo multitarefas, porém que não esquecem a chave da casa e o forno ligado, que conseguem prestar a atenção quando alguém fala com elas, que, ao final do dia, conseguem ter uma convivência familiar harmoniosa porque conseguiram cumprir melhor suas obrigações sociais. Enfim, toda a generalização é preocupante e, na verdade, a ciência ainda engatinha no conhecimento do funcionamento do cérebro. Abraço,, Fernanda.

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  11. Grata, Fernanda, pelas justas observações. Teu último comentário, transcrevo-o aqui, retirando o www que, segundo regras do blogspot, redireciona diretamente para o link indicado. Assim:

    Fernanda escreveu
    "Acresço que há uma espécie de TDH quieto, que não incomoda as pessoas. TDH não é só aquela criatura agitada, é a incapaz de se concentrar e impulsiva. A criatura passa a vida sofrendo, passando por incompetente, sem incomodar professores, colegas e família. Sugiro a leitura do livro no Mundo da Lua, de Paulo Mattos, disponível no sítio tdah.org.br/"

    Quando um artigo fica muito longo, como é o caso deste, faz-se necessário escrever outros. Por isso, todos os tópicos por ti abordados estão contemplados nos demais artigos sobre o tema, publicados neste blog, além do livro que escrevi sob o título: TDAH Crianças que Desafiam.

    Sim, os sintomas existem e, em casos mais severos, são causa de muito sofrimento. A necessidade de acompanhamento é imprescindível.

    Defendo a homeopatia no lugar dos psicotrópicos, juntamente com a terapia.

    Não concordo que crianças e jovens devam receber psicotrópicos, anfetaminas, exceto em casos graves, o que não é a realidade do exagerado consumo do metilfenidato no mundo, gerando pareceres de nações desenvolvidas contra esse exagerado consumo e comercialização.

    No Brasil, somos e estamos incipientes neste tema e o debate precisa ser ampliado, não passando apenas pela medicalização, como vem acontecendo na maioria dos casos.

    Desejo Felicidades!

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  12. Defendo uma vida com mais Amor, mais Inclusão, mais Aceitação das diferenças e menos apenas cumprir com as obrigações sociais.VIVRE LA DIFFERÈNCE!!! EXPERIMENTE A DIFERENÇA!!!

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  13. Marise,
    Concordo com você em relação a ampla indicação de remédios para TDAH em crianças, na maioria dos casos baseados em observações superficiais, mas sendo uma adulta diagnosticada tardiamente com essa doença, posso te afirmar que dizer que ela não existe é uma falácia. Não faço uso dos medicamentos para TDAH, mas tomo antidepressivo e um estabilizador de humor, que simplesmente mudaram minha vida. Para um resultado mais eficaz faço acupuntura, terapia e exercícios físicos regulares. Isso tudo para ter uma vida estável e equilibrada como todas as outras pessoas. Os sofrimentos que passei na vida, especialmente na infância, e os problemas na vida profissional me qualificam a dizer que quando se afirma que essa doença não existe, ignora-se uma série de crianças que poderiam ter um tratamento desde cedo e com resultados eficazes. Não quero que meus filhos passem pelo que passei.
    No entanto, isso não significa dizer que concordo com o excesso de medicação para as crianças, especialmente aquelas consideradas mais agitadas e que se transformam, como foi dito, em zumbis. Na minha opinião, o melhor tratamento para o TDAH nem sempre envolve remédios, mas sim uma série de iniciativas, como as que eu atualmente faço.
    O problema não é a doença e sim o seu diagnóstico.

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    1. Querida "Anônima"! Grata pela contribuição ao blog.

      Tenho repetido muitas vezes: Eu não sou TDAH. E, simplesmente não sou TDAH porque, simplesmente, no meu tempo, "não existia TDAH". Se, naquela época (infância-juventude) a doença-da-moda estivesse no topo como agora está, COM CERTEZA eu estaria diagnosticada. Muitas das coisas que fiz, ações, reações, sentimentos, sensações, estão plenamente enquadradas. Assim, isso de "existe, não existe" tem, sim, seu fundamento retórico. Nada "existe" antes que alguém assim o denomine, assim o qualifique, assim o "comprove"... invente!

      Em nenhum momento, nenhum dos especialistas, nem o próprio Eisenberg, negou a existência dos chamados "sintomas". (No texto: " Eisenberg confessa que as razões são psicossociais (determinadas pelo meio e de como pais, professores e pessoas influentes na vida de uma criança, conduzem o cotidiano deste). "Trabalhar esses comportamentos exige um processo que leva bem mais tempo que receitar uma pílula para o TDAH" - as "razões" = "sintomas".

      Tu, eu, milhões de pessoas sentem assim, para "provar" que as reações são essas mesmo e que elas dificultam, sim, o "viver em sociedade". A questão que levanto e defendo é: CRIANÇAS usando psicotrópicos, podem esperar o que na sua vida adulta? Corpinhos em formação, os possíveis (e temporais) "benefícios" justificarão os efeitos colaterais danosos? Minha resposta é: não! E vou continuar defendendo: ao invés de exigir que o pequeno se molde, fazer com que ele SEJA MOLDADO, que se questionem os adultos e o seu modo torto, intolerante, ineficaz, de viver o seu cotidiano caótico e pleno de stress, exigências, auto-exigências, culpas, julgamentos e acusações.

      E defendo a homeopatia e o tratamento psicológico (comportamental e humanista). Também acredito e defendo a acupuntura, a quiropraxia, reiki, exercícios. A indústria farmacêutica alopática cronifica mais as doenças do que efetivamente medica (que dirá curar) e não sou eu quem diz isso. Além de inúmeros e conhecidos especialistas, basta ir a um posto de saúde do INSS para saber do que estou falando.

      Sim, querida, concordamos em nossa visão de que o excesso e a pressa na emissão de diagnósticos é o mais danoso. Cada doença tem estágios. Leves, moderados, graves e graves-crônicos. O que está acontecendo é uma irresponsabilidade criminosa!
      Destaco do texto: "De acordo com uma pesquisa realizada em 2011 por USP, Unicamp e Albert Einstein College of Medicine quase 75% dos jovens brasileiros que utilizam Ritalina ou similares não foram diagnosticados corretamente."

      Ontem uma psicóloga fez a mesma pergunta que tenho feito: Porque o Brasil tem de seguir o DSM (EUA) e não o modelo europeu? Em outro artigo (também no livro) coloco sobre a posição da Suíça, que é contra o uso abusivo e indiscriminado e que claramente coloca o MPD (metilfenidato) no mesmo rol da cocaína e morfina! (Foi na Suíça que "nasceu" a Ritalina, na década de 1930-1940), um dos mais completos textos sobre o "Aprimoramento" em crianças e adultos e a visão de mundo-humano!

      E quanto ao rótulo TDAH, deixo a reflexão: Porque "doenças" e não condições? Porque "transtorno" e não características individuais? Sim, eu, como TODO MUNDO, sou ruim em algumas coisas, muito ruim em outras; sou também muito boa em outras tantas! Não quero entrar na "fôrma"!
      Como digo sempre aos meus netos: Quem verdadeiramente ama a gente, quem verdadeiramente é importante pra gente, ama do jeito que somos!"
      Evolução, sim! Moldar-se simplesmente porque nos dizem para fazê-lo, não!

      Et vivre la différence!
      Abraços! Desejo Felicidades, Sempre!

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  14. Depois do Dr. Leon Eisenberg, milhares de outros profissionais estudaram o assunto durante todos esses anos. Não é o Eisenberg o maior pesquisador deste assunto, é o Dr. Russel Barkley, que desde a juventude estuda o assunto após o irmão ser dignosticado com déficit de atenção e hiperatividade. Ele está simplesmente estudando o assunto a vida inteira! Pequise sobre ele, publique as pesquisas dele e de outros profissionais! É enriquecedor mostrar os dois lados, não apenas o pejorativo.
    Se você se nega a acreditar no termo transporto, então vamos imediatamente eliminar os seguintes: dislexia, TOC, bipolar, sindrome do panico, entre outros, afinal de contas é tudo invenção já que todos somos ruins em alguma coisa né? Sua visão se mostra, infelizmente, muito simplista e de total negação dos avanços da medicina que trata de questões neurológicas e psíquicas.

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  15. Tenho 27, precisei sofrer até os 24 para enfim saber o que eu tenho. Como sofri, vc não pode imaginar nem de longe o desserviço que você faz ao publicar algo tão unilateral quanto esse post. Assim como qualquer outra coisa desse mundo, se foi criada para um fim mas é usada para outro, claro que não vai funcionar!! Isso é fato pra insulina, pro hidroclorotiazida, pra ritalina, pra qualquer medicamento que seja! Como portadora de TDAH que lê e estuda o assunto, também já fiquei exaltada como ficou a colega Anonimo acima. Porém hoje sei que não adianta, não vai ser assim que vamos encontrar o apoio da cruel sociedade anti TDAH.

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  16. Não foi um médico que me falou, não foi alguém que disse ou alguma baboseira que li por aí, foram 24 anos de vida com TDAH sem saber o que que eu tinha!!! Sair com pé de chinelos diferentes, deixar pra trás troco de 90 reais, sair com roupa pelo avesso, reprovar no ensino médio, guardar 300 reais e só descobrir, três anos depois, que guardei (achava que eu tinha gastado com algo que não me lembrava o que poderia ter sido) ficar voando nas conversas do grupo é fichinha. Pior mesmo é amar seu filho e, apesar disso, esquecer de buscá-lo. Foi o fim pra mim, cheguei a pensar em suicídio porque eu era um perigo para meu filho! Porém, graças a Deus e à minha solitária persistência em buscar resposta ao meu problema, descobrimos (por quase três anos, eu e profissionais, neurologistas, psicólogos e psiquiatras, pois é, não foi simplista como o do coleguinha de profissão aí da matéria não) que sou portadora de TDAH. Depois disso e de iniciar o tratamento (medicamento e acompanhamento profissional) minha vida É OUTRA completamente diferente daqueles primeiros 24 anos.

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  17. Hoje já não penso mais em suicídio, já sinto mais segurança e também não sinto mais depressão. É como se eu tivesse vivido 24 anos com uma mente turva e emaranhada, é como se eu tivesse enfim visto a vida sem a dor dos esquecimentos, da perda de compromissos, da falta de noção de tempo, da dispersão completa, de perdas irreparáveis, do estigma "a atrasada" " a mundo da lua", "sem compromisso", negligente", "irresponsável" e tantos outros que um dia cheguei a quase acreditar que eu não era mesmo a boa pessoa que eu sabia que eu era. Não é questão de entrar na fôrma, pelo contrário, foi com essa visão de que tem de estar conforme a "fôrma" que Hitler matou milhões de seres humanos. Conhecer e compreender o TDAH é, pelo contrário, questão de inclusão, questão de entender que cada um tem especificidades, inclusive em problemas que acometem a saúde e a vida social, inclusão que é negada justamente por esta visão de que o TDAH, mesmo após mais de 60 sendo estudado e tratado, não existe. Não se trata apenas de sua opinião, se trata de milhões de vidas que serão afetadas por esta opinião, e eu, sinceramente, só exponho as minhas opiniões quando vejo que não vou prejudicar vidas.

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  18. E repito: não! ninguém me disse para fazê-lo! Eu fui atrás, mesmo com todos dizendo que era apenas "falta de força de vontade" (a mais clichê de todas as respostas que eu recebia). Sim, amamos as pessoas sejam elas como for, seja portadora ou não de algo que a torna diferente. Já pensou uma mãe não oferecer ao filho autista, ou a um deficiente físico, o tratamento adequado simplesmente com a justificativa "eu o amo do jeito que ele é". SIM, é justamente por amá-lo do jeito que é que vai buscar formas de melhorar a qualidade de vida desse ente amado!! As pessoas são diferentes, e isso inclui os problemas, que também são diferentes, e os tratamentos diferentes. Ainda bem que existem as diferenças, pois só assim consegui descobrir e tratar meu transtorno! Et vivre la différence! Assinado: Mírian Gomes

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  19. Que posso eu dizer-lhe, "Mirian Gomes", que já não esteja dito?
    - lamento sua ferocidade ao expor suas ideias.
    - lamento que os fármacos que tomou não tenham trazido mais serenidade a você. As homeopatias que eu tomo, não me fizeram assim exasperada! Porque não podemos conversar melhor, apenas sempre com este ar de ataque, ou é apenas isso que você quer fazer? Esse termo "desserviço" já foi usado antes! E, quem lê sobre um tema, não lê apenas um artigo, ainda mais no meu caso, com este blog, tantas publicações, um grupo onde me impediram de continuar postando (quem será que foi?), o livro que escrevi (que foi chamado de "fuleiro" sem nem ter visto, já que ainda nem tinha sido editado!). Tantas coisas!
    - Vou, sim, continuar falando em Amor, em Amar Do Jeito que É! De aceitar do jeito que é! Meus textos, todos, estão recheados de indicações de outros tratamentos, sim, pois eles existem! Homeopatia, quiropraxia, reiki, neurofeedback, terapia psicológica cognitivo-comportamental, terapia psicológica segundo a fenomenologia... tanta coisa!!! E, se você acompanha o que publico (mesmo que ainda não tenha lido o livro, que já ouvi dizer: "Nunca leria!") sabe, também, que não excluo nada, que respeito os diferentes níveis do chamado tdah e seus sintomas (que quase todo mundo tem, em graus diferentes). Ninguém descarta que você seja portadora de sintomas severos-crônicos, querida. Ainda assim, tem de haver o cuidado para com a ingestão de psicoativos por uso prolongado. Todos sabemos disso! E, ainda mais, em se tratando de crianças - que é para onde minha atenção está voltada, pelos efeitos tão danosos que os psicoativos trazem, podendo levar até à morte (e você deve saber disso!)!! Se você está bem, tudo bem! Que bom! O que não dá é deixar tantos diagnósticos irresponsáveis e apressados continuarem acontecendo!

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  20. Russel Barkley é um profundo conhecedor, sim, com certeza não sei TANTO como você a respeito dele, mas já assisti a algumas de suas declarações, também li algumas coisas e até inseri em meu livro, pela pertinência. Só que o fato de ele acreditar, como a abda, que ´metilfenidato é o tratamento de 1ª linha, com isso eu não concordo. Querida, poderia trazer MUITOS relatos aqui de mães que apostaram em seus filhos, sem administrar tarja preta neles e hoje colhem os frutos de filhos bem graduados, bem sucedidos, sabendo-se bem amados e, o melhor de tudo, sem o cérebro entupido de psicoativos e todos os demais decorrentes das "comorbidades" que advém como efeito colateral na maioria dos casos.
    Eu lamento este seu tom sempre assim agressivo, como se quisesse "varrer" o meu blog, pois poderíamos construir novas bases para muitos entendimentos indevidos neste mundo tão descompromissado. Mas, por tudo que leio, está plenamente convencida de que MPD é importante e necessário, na grande maioria dos casos (se não na totalidade, sob seu ponto de vista). A minha contabilidade é a oposta. Somente quando os demais tratamentos já foram utilizados e tenham se mostrado inócuos, é que a ritalina, concerta, ou outro, deverá ser administrado. E este não é um parecer individual, não, é uma informação e uma posição defendida por muitos especialistas de renome internacional, como Dr. Fred A. Baughman Jr. (autor, entre outros, do livro TDAH A Fraude - Como a psiquiatria transforma crianças normais em "pacientes"). (E, mesmo que fosse apenas um conceito individual, ainda assim teria valor, pois eu não o tirei de um devaneio, mas de uma vida bem sacrificada, também (e tenho bem mais do que os seus declarados 27). Sei bem o quanto a sociedade é cruel e mesquinha para com aqueles que não são do "passinho certo"! Só não fui classificada com o rótulo pois ele ainda (perdoe-me!) não havia sido inventado! (Não sei porque tantas pessoas se ofendem com isso, mas, qual a doença que não teve, um dia, um título que pode, sim, ser denominado, invenção?). Até há alguns anos homossexualismo era considerado uma doenças mental (você já deve saber disso, também!) e foi só depois que muitos e muitos órgãos e instituições brigaram, que a "doença" foi retirada!

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  21. "A Associação de Psiquiatria Americana (APA) recomenda que, para crianças, a terapia seja indicada como primeiro passo e a ação conjunta (terapia + medicamento), somente quando o medicamento seja comprovadamente necessário. Mais de 90 por cento dos especialistas desconsideram tais recomendações. Lá (EUA), como aqui, não faltam legislações. Falta quem se disponha a segui-las. Falta ética. Seriedade. E respeito pela criança e até mesmo pelos pais que, muitas vezes, nem entendem o alcance das providências tomadas pelos profissionais.
    “É obscuro porque tantos médicos que se especializam na gestão de ADHD (sigla em inglês para TDAH) – pediatras, neurologistas e psiquiatras infantis - não seguem as diretrizes recentemente publicadas para o tratamento,” declara Andrew Adesman, DM, que é investigador superior e chefe da pediatria de desenvolvimento comportamental em Nova York.
    “Com a APA estendendo agora suas diretrizes do diagnóstico e do tratamento para crianças abaixo da idade pré-escolar, é provável que mais crianças ainda mais novas estarão sendo diagnosticadas com TDAH, mesmo antes de entrar no jardim de infância. Os médicos da atenção primária e os especialistas pediatras devem recomendar a terapia de comportamento como a primeira linha do tratamento.”
    O tratamento medicamentoso deve acontecer somente quando as outras providências não tiverem fornecido o resultado esperado."
    Andrew Adesman, do Centro Médico das Crianças de Cohen, em Hyde Park, NY, coordenou um levantamento onde foram analisados dados de um total de 560 médicos pediatras especializados, incluindo cerca de 240 crianças que recebem receituário da psiquiatria infantil (tarja preta).
    (pág 57 - Livro TDAH Crianças que Desafiam)

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  22. Desejo Felicidades a todos que procuram a saúde, que acreditam na vontade de acertar, que questionam as "receitas prontas", que reivindicam mudanças no meio, que não querem apenas ser "aceitos" ou "incluídos" e, sim, que recebam entendimento e respeito pelo que são e pelo que podem dar.

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  23. Seria tão bom se fosse verdade que o TDAH é uma doença fictícia. Como gostaria que isso fosse verdade!!!

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    1. Sim, sabemos que não é uma doença fictícia, amigo Anônimo e nem foi isso que o Leon Eisenberg quis significar. O que ele denunciou (como tantos outros especialistas continuam fazendo, é que há médicos que se apressam em receitar sem concluir um diagnóstico apurado e, também, que há pais e educadores que querem "resolver logo o problema". Medicar sem critério é o que se deve combater. Os sintomas aí estão e é preciso que a sociedade se atualize e mude suas formas de cobranças e julgamentos.

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  24. Ola boa tarde. Nesse momento estou muito angustiada com a trajetória de meu Filho. Hoje ele está com 7 anos. Nasceu saudável, porém uma criança muito alergica. Demorou para falar. Aos 2 e 5 meses levei ele em uma fono, pois ele somente falava palavras isoladas, não formava frases, ela me disse que estava normal e que aos 3 anos ele deveria formar frases. Com 2 anos 7 meses começaram as crises de bronquite. Muita tosse pulmão chiando , e assim aos 3 anos coloquei ele na escola. Passava a noite toda tossindo e as 7 h da manhã estava ele na escola. Chorava muito. Fui chamada na escola pois ele não aprendia NADA. Tudo o que a professora falava que ele não fazia, em casa eu ensinava e mostrava pra ela. A tarde ou a noite corriamos para o consultório ou hospital com ele tossindo. No final da turma de 3 anos( ele já tinha 4 anos pois ele faz ano no mês 7) levei ele a um famoso Lergista que mudou todo o seu quadro respiratorio. A mudança dele na escola foi fantástica. De chorão para bagunceiro. A rinite dele se mantem, mas nada comparado ao quadro de antes. Porem sua fala não estava boa, mas vinha melhorando. Fui a outras fonos que diziam que ia melhorar. Hoje, no ano de 2014 ele cursando o 1 ano do fundamental conseguimos alfabetiza lo. Mas pra escola ainda não esta bom ( mesma escola, e o conteudo dado pela escola muito puxado. Bem diferente da forma que minha filha foi alfabetizada. Ele ler e escreve sabe fazer contas de somar e diminuir, presta muita atencao, e organizado e na maioria das vezes obediente) mas pra escola ainda não esta bom. Por isso levei ele numa neuropediatra. Ela esta desconfiada de déficit de atenção. Já li sobre o assunto e ele não se encaixa. Ele já perdeu alguns lapis, já deixou livros na escola. Mas SM casa lembra de tudo[ ate das promessas nao cumpridas) arruma as coisas que eu mando, as vezes tem preguiça, mas termina tudo. A medica me pediu para voltar com a fono com enfase em interpretação verbal e escrita. Me pediu um teste com uma psicologa WISC IV. Um teste para mim e a escola fazer sobre deficit de agenda e hiperatividade. Li o as perguntas. Ele se encaixa em algumas mas NAO o tempo todo. Por outro lado o pai não faz nada de homem com o filho. Sera que esse atraso(agora fala de tudo) com a fala não interferiu com o aprendizado? Ou sera a é falta de estímulos? Ou sera que é sua personalidade? Lembrando que tudo o que ensino ele aprende. Quando não sabe é porque ainda não lhe foi dito, pois eu explico e ele aprende e não esquece mais. Ou a solução seria troca lo da escola? Cada criança tem um tempo de maturacao? Estou com muita cobranca com meu pequeno? Espero uma palavra sua. De uma mãe que já não sabe o que pensar. Jo


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    1. Querida Jo
      Vou passar as respostas que tu mesma já deste:
      "...presta muita atencao... mas pra escola ainda não está bom"
      "...déficit de atenção. Já li sobre o assunto e ele não se encaixa."
      "Ele se encaixa em algumas mas NAO o tempo todo."
      "Ou sera a é falta de estímulos? Ou sera que é sua personalidade? Lembrando que tudo o que ensino ele aprende. Quando não sabe é porque ainda não lhe foi dito, pois eu explico e ele aprende e não esquece mais. Ou a solução seria troca lo da escola? Cada criança tem um tempo de maturacao? Estou com muita cobranca com meu pequeno?"

      Mais uma vez, digo: Pobres crianças! A pressão que a escola, em muitos casos, exerce, é cruel! Quando especialistas mundiais dizem. Precisamos avaliar muito mais o empenho que a criança dedica às tarefas, do que resultados! Esta é uma mudança de ótica fundamental! Uma escola que prepara apenas para "passar de ano" não é uma instituição formadora, é uma fábrica de produtos genéricos! Já vi muitos queridos se esforçando pra caramba em concluir um tema, pessoinhas com dificuldade, e, ao final, TUDO CERTO, a pro escrever apenas: "FALTOU CAPRICHO!" . Estes crimes dários que acontecem à autoestima de uma criança, ferindo a sua dignidade e autoconfiança para sempre, precisam ser denunciados!

      A personalidade de cada criança precisa ser preservada. Respeitada. Os estímulos devem acontecer nas coisas que realmente lhe despertem a atenção. A responsabilidade de tornar a escola uma local prazeroso, onde a criança tem vontade de estar, é construção de responsabilidade dos corpor docente (direção, professores, orientadora pedagógica). NUNCA das crianças! Elas são o objetivo, a razão da escola existir e precisam receber carinho, inclusão, afeição, acolhimento digno.

      Com relação ao diganóstico de TDAH: todos os especialistas sérios são unânimes em afirmar - os sintomas precisam acontecer sistematicamente em dois ou mais ambientes frequentados pela criança. Ou seja: se em casa ele está bem e as "inconformidades" só são realçadas pela escola, onde está o "problema"???

      Com certeza, se as exigências são constantes, elas se tornam um gigantesco desestímulo para o aluno, que passa a ver no estudo um fardo. Mata a vontade de aprender. Trocar de escola pode ser uma solução altamente eficaz para, literalmente, salvar seu filho! Embora a escola precise ser sacudida em seu marasmo pedagógico! Um bom alerta ou mesmo um processo tem apresentado excelentes resultados no caso de muitas instituições que são acionadas pelos pais, depois de retirar seu pimpolho deste "lugar de provas"... - provação diária!

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  25. Sim, cada criança tem um tempo de maturação e são vários os artigos (blog) e capítulos (livro) onde detalho isso. Comprovação pura. Caso a criança seja respeitada em seu tempo, ela chega em pouco tempo ao mesmo nível dos demais (geralmente 3 anos de diferença é regra geral, sem alardes ou angústias).

    Sim, a resposta a esta pergunta ("Estou com muita cobranca com meu pequeno?") é: Sim.É a cobrança que muitas e muitas mães jogam sobre os ombros de seus pequenos, movidas pela pressão recebida na escola. Elas (as mães) querem 'satisfazer' as exigências dos professores e orientadores, se desesperam para "provar" à escola que seu filho não é um "filho-problema", ainda mais agora que tudo está sendo classificado como "transtorno mental"!! Qual a mãe que não se angustia quando começa a notar que seu filho está sendo estigmatizado, rotulado, excluído? Quando não vítima de bullying, por vezes da parte da própria professora??

    Mães e pais precisam munir-se de coragem, enfrentar esta situação de cabeça erguida e com resolução. Escola não é fábrica para gerar produtos iguais. Cada ser é um ser único. É dever da escola acolher, modificar metodologias, inovar na didática, aplicar novas formas de obter aprendizagem. Há alunos que, simplesmente, não conseguem ler linearmente. E aí? A solução é rotulá-los e medicalizá-los ou reiventar a forma de aprender a ler??? (Este já não é o caso de teu pimpolho!)

    Para mãe e filho, desejo um feliz final de ano e um excelente 2015! Respirem, dêm-se a chance de reconectar com o bem maior que une uma mãe e um filho, que é o Amor! Planejem melhores estratégias (o que pode incluir uma nova escola, sim!).

    Tomem chazinhos, podem procurar um homeopata para diminuir o grau de ansiedade, ou procurem os Florais, que não possuem contraindicação e são livres de receita, por autorização da ANVISA, pela isenção de efeitos colaterais.

    Vida mais saudável, retirada de alimentação industrializada, pouco ou nada de refrigerantes, retirar os eletrônicos do quarto... são muitas as providências simples que fazem uma diferença muito grande. E, sem dúvida, o Amor e a Compreensão são as mais fortes!!

    E, em tempo: Com todas as questões já incluídas para o "diagnóstico" em tdah, não existe uma pessoa no mundo que não se encaixe em alguns deles!!! ... pense nisso, mamãe, e não aceite os rótulos! Diferentes sensibilidades não são, nem nunca foram, sinônimos de doença!

    Com carinho, recebe meu abraço, Jo!

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  26. Que palavras. Estou sufocada pelas lágrimas. Minha amiga ( assim desde já a considero), fiquei sem palavras. Na questão de conteúdos, todas a mães que converso acham que o conteúdo da escola não é compatível com o raciocínio das crianças. É uma escola boa, sou amiga de todos, e o preço da mensalidade é bom. Todas as mães que converso colocaram professores particular, pois todas dizem ( não é só palavra minha) que se fosse na escola, não alfabetizados. O meu Enzo foi eu que alfabetizei. Só que agora no fim de ano deram uma prova que já mostrei para outras professora que acharam um absurdo. A criança tinha que ler e responder sozinha. O meu Enzo acabou de ser alfabetizado, ler de vagar, o vocabulário da prova incompatível com a realidade dele. Segundo palavras da professora muitos conseguiram fazer boa prova, outros não, o meu é o que menos a preocupa pois foi alfabetizado agora e para começar a interpretar falta pouco. Ela ( a professora) pediu para dar provas diferentes para os alunos mas a coordenadora pedagogica disse que o conteudo foi o mesmo para todos tinha que ser cobrado igual. ( diferente da opinião da professora). Na turma de 5 anos ( mesma escola) eles só brincavam. Chegando na turma de 6 cobraram uma postura de criança bem mais velha. Quando iniciou a turma de 6 ele escrevia somente com o son das vogais ( bala era AA) e falava bem errado. Quando fui agora na neuropediatra ela me disse que a fala estava boa ( veja só, eu cobrava tanto e não tinha percebido que estava falando corretamente) ela que da fono que o ajude a melhorar a rota fonológica. Falei para a professora e ela concordou ela me disse que entende tudo o que ele fala e ela começou a ensinar divisão e ele deu um show de respostas achando que uma professora particular resolve o problema dele. ( problema?) o que esperar do 1 ano ? Ele lê, escreve, soma e diminui. Mas na prova deram questões de soma por decomposição. Isso é pra idade dele? São por essas questões que me frustraram. Estou cortando jogos e afins. E pude ver como ele não foi estimulado pro mundo. Estou explicando tudo a ele ( pois na escola o vocabulário é puxado) e não descartou mudá lo de escola. Hoje vou na psicologa e gostaria de continuar relatando e ouvindo suas belas palavras que confortaram minha alma. É minha amiga, num mundo com tantos estímulos estamos perdendo a essência do que realmente importa para vivermos plenos e felizes. Um grande abraço fica com Deus. Jo.

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    1. Amiga, não há como reverter esta situação? Nesta escola vale apenas a palavra da orientadora? Já tentaste a direção? Pede auxílio para a psicóloga que acompanha o Enzo, pede para ela ir contigo lá na escola!
      Não é possível que não tenham esta sensibilidade!
      Aconteceu o mesmo com meu neto mais velho! Choro até hoje ao lembrar! Foi reprovado na primeira série, em dezembro. E, em final de janeiro, quando iniciou o novo ano letivo (escola particular), a professora teve a coragem de chegar em minha filha e parabenizá-la:
      "-Viu, mãe, como ele conseguiu? Não disse que faltava pouco? Agora ele alcançou os outros!"
      Só que ele estava reprovado!!
      Pequeno, amoroso, querido por todos, não entendia porque tinha de ficar em outra sala, distante dos amigos!!!
      Cruel demais!
      Depois, já no finalzão do Fundamental, fez questão de assistir a formatura dos primeiros coleguinhas, que se formaram antes dele!
      Neste caso, foi a professora quem decidiu e a orientadora concordou.

      Tenta resistir, Jo! Daqui, vou ficar torcendo!
      Quando o atraso é muito pronunciado, vá lá! E, mesmo assim, este modelo pedagógico arcaico está sendo revisto em várias instituições de ensino, não avaliando mais por "ano" e, sim, por aquisição de conhecimento.
      Mas, quando são apenas pequenas diferenças, há que se rever!

      O trauma que uma criança sente é enorme!

      Fica com Deus também, querida!

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  27. Só pra informar: Dr Leon nunca disse que era fictício e sim que era um excelente exemplo de doença fabricada. Ele disse que TDAH estava sendo diagnosticado erroneamente e rápido demais. Ele afirmou que que se deve levar em conta todos os aspectos biológicos, sociais e emocionais das crianças. Que deve se avaliar cada caso, investigar se há problemas familiares e não só levar em conta a genética.
    Procurem o texto original e vejam

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    1. Lu, compreendo que o artigo é longo, compilei vários textos para dar conhecimento amplo do que circula pelo mundo. Também entendo que os comentários são vários e díspares (com costumam ser). Mas, sim, é exatamente como dizes e que eu também afirmo e divulgo. Coloco isto inclusive em meu livro TDAH Crianças que Desafiam, agora com um ano de divulgação.

      E, no próprio artigo ('acima') menciono em vermelho:

      "Poucos meses antes de morrer, Eisenberg declara que as razões são psicossociais (determinadas pelo meio) e de como pais, professores e pessoas influentes na vida de uma criança, conduzem o cotidiano deste.
      "Trabalhar esses comportamentos exige um processo que leva bem mais tempo que receitar uma pílula para o TDAH".

      Ele não afirmou que as características não existem, nem menosprezou o sofrimento dos portadores de tais características, já que a pressão e o julgamento, aliados à cobrança constante, fazem com que a situação, muitas vezes, fique praticamente insuportável. O que ele enfatizou foi a necessidade de um maior envolvimento social, de mais responsabilidade por parte dos responsáveis e não, simplesmente, limitar o "tratamento" a receitar psicotrópicos, ainda mais em crianças, como vem acontecendo."

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  28. Ao assistir televisão,temos vários canais para assistir. Se um canal não chama a atenção do telespectador, esse canal poderia dizer que o telespectador está com déficit de atenção.

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    1. muito bem colocado! simples assim! que se aprimorem os canais televisivos!!

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