quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Poluição como causa de ataques cardíacos


Estudo sueco comprova a relação dos contaminantes no sangue e a propensão ao entupimento de artérias - Foto - Petróleo em chamas em alto mar


A Poluição como causa de ataques cardíacos

Por Marise Jalowitzki
19.outubro.2011
http://ning.it/pkkTOZ

Há tempos que as pessoas sofrem devido aos poluentes encontrados no ar, na água, no solo que produz alimentos, na carne dos animais que se alimentaram de produtos com agrotóxicos e pesticidas, nossos próprios alimentos, plenos de transgenias e conservantes.

Muitas vezes, porém, a comunidade científica era reticente em afirmar cem por cem que as causas eram essas. Quem geralmente levava a responsabilidade, era a mãe sobre o "pouco cuidado" para com o filho; o idoso e a sua "pouca precaução" para as ações arriscadas, o adulto "desatento", etc.

Agora, finalmente, pela primeira vez, cientistas comprovaram que pessoas com maiores níveis de contaminantes circulando no sangue são mais propensos a várias doenças, especialmente entupimento das artérias e os copnsequentes ataques cardíacos e apoplexias.


Os resultados obtidos são de um estudo sueco publicado dia 11 de outubro na revista norteamericana Environmental Health Perspectives.

Esta pesquisa investigativa foi a primeira a analisar a relação que existe entre a exposição aos poluentes e a probabilidade de sofrer de arteriosclerose. Levou em consideração o tipo de exposição (a quais poluentes), o tempo e a intensidade dos materiais particulados presentes na exposição tóxica.
Vivemos rodeados de substâncias tóxicas, muitas delas com efeito de longa duração no meio ambiente. As dioxinas, os bifenis policlorados (PCB) e os pesticidas se acumulam no tecido adiposo do corpo e no interior das paredes dos vasos sanguíneos, por vezes durante décadas, causando problemas que podem levar a doenças importantes e até mesmo à morte.



No estudo dos cientistas suecos, foram avaliados 1.ooo cidadãos residentes na cidade de Upsala (sudeste da Suécia).  Os níveis destes componentes químicos foram medidos no sangue dos voluntários, bem como os níveis de arteriosclerose na artéria carótida, utilizando tecnologia de ultrassom.

Mesmo que os contaminantes estejam proibidos, eles permanecem por décadas no meio ambiente e depositados em nosso corpo


Ficou comprovado que aqueles que apresentaram número mais alto de contaminantes circulando no sangue eram mais propensos a sofrer um endurecimento das artérias e a ter sinais de acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos.


Lars Lind, professor do departamento de ciências médicas da Universidade de Upsala e responsável pela programa, declara:


"Estas descobertas indicam que os tóxicos ambientais de vida longa orgânica podem estar implicados no aparecimento de arteriosclerose e, portanto, levar no futuro à morte devido a doenças cardiovasculares."

Os países industrializados são os mais propensos a aumentar o número de doentes cardiovasculares, já que a causa principal é o endurecimento das artérias.


Os contaminantes vão se depositando no sangue e interferindo nas paredes internas das artérias.

Os fatores de risco incluem dietas ricas em gordura, tabagismo, diabetes e pressão alta.


Segundo Monica Lind, co-autora do estudo e professora associada de Medicina Ambiental do Instituto Karolinska, mesmo que muitos contaminantes já estejam regulamentados ou proibidos em todo o mundo, eles podem permanecer no ambiente por décadas, o que justifica a sua presença no sangue humano, mesmo em pacientes que estejam levando uma vida mais consciente.

Imaginem no Brasil, líder no consumo mundial de agrotóxicos e vice-líder mundial em uso de transgênicos!! E, ainda mais, com a irresponsabilidade de muitos, que utilizam os pesticidas proibidos, adquiridos irregularmente pelas fronteiras clandestinas (já que o preço é bem menor).


"Na Suécia e em muitos países do mundo muitas destas substâncias são proibidas hoje, mas porque sua vida é longa ainda persistem no nosso ambiente", argumenta Lind.


"Nós ingerimos estas substâncias tóxicas com os alimentos que comemos e enquanto são armazenadas no nosso corpo, seus níveis aumentam à medida que envelhecemos", acrescenta.


Sobre a placa que entope as artérias: Até há bem pouco os especialistas acreditavam que a placa se desenvolvia em direção ao interior do vaso, ou seja, num movimento de fora para dentro. Mas os exames de imagem têm demonstrado justamente o contrário. Na verdade a parede do vaso, cheia de gordura, primeiro cresce no sentido externo, de dentro para fora.

Fontes: Terra e UOL

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Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente




Escritora, especialista em Desenvolvimento Humano,
ecologista,pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil

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