sexta-feira, 17 de junho de 2016

Mitos da psiquiatria que são erros - Peter C. Gotzsche - Universidade de Copenhagen - Denmark - Assista também os videos


Excertos do video "Medicamentos Letais e Crime Organizado - Como a indústria farmacêutica corrompeu a saúde" Peter C. Gotzsche, MD - Diretor do Nordic Cochrane Center - Professor e Coordenador de Projetos de Pesquisa da Universidade de Copenhagen - Denmark
(autor de "Deadly Medicine and Organised" - Medicina Mortal e Organizada)

"Há alguns anos havia mil vezes menos diagnósticos para depressão.
No DSM III (Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais o luto só era considerado depressão depois de um ano.
No DSM IV, o tempo caiu para 2 meses!!
E agora, no DSM V, são apenas 2 semanas!!!
Por pior que tenha sido a relação, quem pode ultrapassar este estágio de perda em duas semanas?"
Peter C. Gotzsche, MD - Diretor do Nordic Cochrane Center - Professor e Coordenador de Projetos de Pesquisa da Universidade de Copenhagen - Denmark
(autor de "Deadly Medicine and Organised" - Medicina Mortal e Organizada)

Mitos da Psiquiatria - Que são ERROS!

1) "Medicamentos psicotrópicos são eficazes" - Um dos piores erros! A indústria farmacêutica só divulga 1/10 dos reais efeitos adversos.

Os medicamentos para depressão, por exemplo, deveriam ser anunciados como "O comprimido que destrói a sua vida sexual". (8'04")
De acordo com a indústria farmacêutica, o efeito adverso (disfunção sexual) é de apenas 5%, quando, na verdade, aumentasm em 50% os efeitos.
Os psiquiatras remunerados pela indústria farmacêutica prescrevem mais antipsicóticos a crianças que os psiquiatras sem vínculos com os grandes laboratórios. Os psiquiatras que servem ao Ministerio da Saúde também são financiados pela indústria farmacêutica.

ISRS -
Os resultados não são confiáveis. (10'50")
Os antipsicóticos são mortalmente perigosos. Fiz um levantamento e calculei que só a Zyprexa provavelmente custou a vida de 200.000 pessoas!
O médico deve pensar muito, e muito bem, antes de prescrever antipsicóticos, especialmente para um paciente psiquiátrico.

Sobre placebo (12'30")

Benzodiazepinas são iguais a narcóticos.

Ritalina - "O pequeno ajudante da mamãe."
Por que alguém com transtorno de ansiedade ou com TOC, sem relação alguma com depressão, após medicado por mais de 6 semanas, e, interrompendo o tratamento, tem os mesmos sinais de abstinencia que um depressivo?

2) ISRS são tão necessários como a insulina para os diabéticos." Isso não é verdade! (18'13")

A hipótese de que a depressão é causada por falta de serotonina no cérebro nao tem o menor cabimento!
Os estudos sérios nunca confirmaram isto. Nunca se provou a existencia deste desequilíbrio..

O risco de suicídios aumenta ao tomar ISRS e também ao aumentar as doses, também quando alteramos qualquer coisa no tratamento com ISRS e até mesmo quando suspendemos a droga. (20')

3) Alardeada recuperação - Dizem que o tratamento diminuiria o número de pessoas necessitando do auxílio desemprego. Não é verdade.
Dados oficiais mostram que jovens com menos de 18 anos, que se tornaram dependentes de assistencia social, depois da introdução dos ISRS, o índice teve um aumento de 3.400%! (21'39")

Sim, em casos isolados e se usados por pouco tempo, podem produzir efeito positivo. (21'54")

Segundo Whitaker, 10% das crianças que recebem medicação para TDAH, convertem seu quadro para transtorno bipolar, antigamente chamado transtorno maníaco-depressivo. (22'12")

Nós somos os "Médicos Sem Patrocínio", por isso recebemos doações e vendemos nossos livros. Falamos aquilo que a indústria farmacêutica não quer que seja divulgado.
A Dra. Lisbeth Kortegaard, por exemplo, é pediatra infantil em Jutland. Ela é membro de "Médicos sem Patrocínio", "Médicos contra a Corrupção". Ela vem sendo muito, muito pressionada pela gestão do hospital onde trabalha porque retira mais medicação de seus pacientes do que prescreve.
Ela diz que a situação mais dificil é convencer os pais para o desmame dos medicamentos. (25'46")

Suicídios - (29'26")

4) O Papel dos Conselheiros médicos (33'15")
Os conselheiros médicos constituem uma categoria criada pelos grandes laboratórios para manter os médicos em fidelidade. Funciona assim: Após um jantar promovido pela farmacêutica, recebem um certificado e passam a ser chamados de conselheiros. Eles viram consultores, dão palestras, dão "dicas", influenciam até mesmo nos órgãos do Ministerio da Saúde, apresentam reivindicações no Parlamento Europeu. Tem acesso a estudos que a indústria não divulga e contam uma historia bem diferente. O laboratório Cilag, por exemplo, chega a ter 19 mil conselheiros! (34')

5) Credibilidade da indústria farmacêutica (34')
Tente entrar nos sites de busca, como o google e outros, digite o nome das dez maiores empresas farmacêuticas e junte a palavra "fraude" (que inclui a ideia de 'propaganda enganosa' e 'desfalque')...você vai se surpreender.

O uso de medicamentos são a 3ª maior causa de morte no mundo, só ficam atrás dos problemas cardíacos e cancer. EUA, União Europeia e Noruega confirmam estes dados.

E as mortes acontecem mesmo que o paciente tenha seguido todas as recomendações (dosagens, horários, tempo). (38'11")

Ou seja, a metade dessas mortes se deve aos muitos efeitos adversos do tratamento.
A outra metade das mortes acontece por causa de erros na posologia, por exemplo, superdosagem.

6) Tratamento de Idosos com psicotrópicos (39')
Idosos recebem medicamentos diferentes para cada problema que apresentam. Acabam tomando, em media, 5 a 10 drogas cada um. Interações? Quem conhece todas? Ninguem sabe ao certo o que vai acontecer!

pseudo-soluções! "fake-fixes", "procure o médico"!! (40'27")

Somente 5% do dinheiro gasto com remedios seria necessário.

A situação atual está tão séria que precisamos nos unir para mudar o rumo! (43'33")

Pergunta da plateia (médicos): "Com que podemos substituir a medicação durante o desmame?" (44'33")

Peter Gotzsche: Devemos usar estes medicamentos o mínimo possível. Se eu tivesse um transtorno psiquiátrico eu não aceitaria tomar estas drogas. Nenhum tipo. Não teria coragem. Pessoas saudáveis que tomamarm Fontex apresentaram comportamento suicida.
Foi demonstrado que o exercício físico é tão eficaz quanto o uso de ISRS inicial.
Praticar esportes. Movimentar-se.
Psicoterapia ajuda bastante, especialmente em transtorno de ansiedade, e também na depressão.

Allan Holmgren dispuk.DK - "É preciso testar as alternativas para ver o que é melhor para cada paciente. E, em primeiro lugar, evitar a solidão e não morar sozinho.


O que pode ajudar pessoas com esquizofrenia? Diálogo aberto, sem julgamentos.

"Remédios" para incontinencia urinária ou "bexiga hiperativa" aumentam a taxa de suicídio em adultos. (47') Um dos "remédios" que mais causaram suicidalidade em pacientes com "bexiga hiperativa" foi Cymbalta, da Eli Lilly, um antidepressivo aprovado na Inglaterra para incontinencia urinaria.

Quanda a FDA não aprova um medicamento, o laboratório se recusa a divulgar as pesquisas. (47'16")

Plateia: Por que até agora nenhum político tomou uma medida para acabar com isso? As coisas que V.Sa. apresentou hoje lembram os debates dos anos 80! (47'39") Há anos as associações de consumidores vem reclamando disso. A sua documentação é bem sólida. Mesmo assim, os políticos não intervêm. Por que?

Peter Gotzsche: Os políticos se concentram mais em pesquisas sobre o câncer. Na psiquiatria multiplicam-se os doentes devido à incompetencia no manejo dos medicamentos. Estou começando a pensar que precisamos seguir no sentido oposto, não esperar pelos governos, ir direto no paciente e esclarecer, porque a situação fugiu do controle.

Uma psicóloga pergunta: O que fazer com pacientes que fazem terapia e tomam 4, 5 remédios psiquiátricos?

Peter Gotzsche: Pegue o meu livro, pegue o livro do Whitaker e leia com seu paciente! Sugira, mas esclareça! É muito importante advertir ao cliente que é como ser viciado em drogas ilícitas. Pode ser uma experiencia muito desagradável o desmame. "Você vai sentir uma urgencia em voltar a tomar medicação." Lembrem-se: os drogadictos passam por este mesmo conflito!

7) Médicos subvencionados pela industria farmacêutica (50') Os professores, nas faculdades de medicina, temem desobedecer as orientações dos médicos-chefes de seus hospitais.

Os mais bem recomendados impõem esse espírito a todos no hospital. "Aqui a prática é essa!"

Farmacêutico Bertel Rüdinger: Alguns colegas prescrevem medicamentos que tem interação com outros. O sentimento é de raiva, é de tristeza, de impotencia.


8) Comorbidades
Peter Gotzsche: Não falamos ainda sobre um grave mal-entendido: Os efeitos adversos graves que os pacientes tem de suportar são atribuídos a "doenças" (comorbidades) (52')
As empresas farmacêuticas são especialistas em convencer os médicos de que, por mais terríveis que sejam os efeitos adversos dos medicamentos, são sintomas da doença e é preciso continuar com a medicação! E se os efeitos se intensificarem é sinal de que é preciso aumentar a dose ou utilizar 2-3 medicamentos ao mesmo tempo. Isto é um absurdo!

Fontes:
Medicamentos Letais e Crime Organizado - legendado em português - https://www.youtube.com/watch?v=klcrbIBOVAk





https://www.youtube.com/watch?v=dozpAshvtsA
https://www.youtube.com/watch?v=jVylSIqW5MU






 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:
www.compromissoconsciente.blogspot.com.br


LIVRO TDAH CRIANÇAS QUE DESAFIAM
Informações, esclarecimentos, denúncias, relatos e dicas práticas de como lidar 
Déficit de Atenção e Hiperatividade

Tarja Preta: Os Segredos que os médicos não contam


POR Marcia Kedouk

Nós não podemos esperar que os médicos perguntem, temos de chegar lá e dizer na frente deles. Jantares, programas de educação médica continuada, consultoria- tudo isso funciona muito bem, mas não se esqueçam do cara a cara. É aí que precisamos estar, segurando a mão deles e sussurrando em seus ouvidos."
"Nada deixa um médico mais interessado num remédio do que um estudo. Use o poder do estudo para abrir portas, mas não perca muito tempo com isso e não diga que você pode conseguir um estudo para ele. Nós não temos muito dinheiro sobrando."
"Se algum deles perguntar por dados adicionais, diga que estamos reunindo tudo, depois sugira que o médico coloque alguns pacientes em tratamento com a droga."
Os diálogos que você acabou de ler estão no depoimento  que o cientista David P. Franklin deu à Justiça americana sobre como os promotores de venda e consultores médicos da farmacêutica Parke-Davis, comprada depois pela Pfizer, eram orientados a falar com os profissionais da saúde.
Franklin entrou na empresa em abril de 1996 e pediu demissão menos de três meses depois, principalmente por não concordar com práticas de promoção do remédio Neurontin. Ele gravou e registrou várias conversas e e-mails para comprovar as denúncias.
O Neurontin foi lançado em 1994 como medicamento coadjuvante contra crises de convulsão em pacientes epiléticos que não respondiam bem a outros tratamentos. Era um mercado relativamente pequeno. Acontece que as vendas anuais do medicamento passaram de 97,5 milhões de dólares em 1995 para 2,7 bilhões de dólares em 2003- um crescimento de 2.700%. E não foi exatamente porque tivesse aumentado o número de doentes com esse quadro tão específico.
Segundo Franklin, a companhia contratava consultores médicos para atuar exclusivamente como representantes de venda e oferecer dinheiro a quem receitasse o medicamento e conseguisse influenciar o maior número de colegas a fazer o mesmo. Os consultores eram orientados também a dizer que estavam "envolvidos em pesquisas", para passar maior credibilidade, quando na verdade só estavam envolvidos mesmo em engordar suas contas bancárias. Não havia estudos relevantes nem dados comprovados para divulgar.
No mundo ideal, consultores médicos trabalham em funções médicas, científicas, sem nenhum vínculo com departamentos de vendas. No mundo ideal, eles são treinados para oferecer informações técnicas (e verdadeiras) sobre os produtos da empresa para onde trabalham, de modo a ajudar os médicos nos consultórios.
Mas o mundo real pode ser diferente. De acordo com o depoimento, a farmacêutica fornecia informações falsas sobre o medicamento, plantava pessoas na plateia de congressos para fazer perguntas sobre os benefícios do remédio, promovia medicamentos para usos não aprovados, dava dinheiro para que médicos permitissem a presença de representantes do laboratório nas consultas e ainda distribuía uns trocados para aqueles que fornecessem gravações de conversas com pacientes que estavam em tratamento com a droga. Eram US$ 50 por cabeça mais pagamentos de despesas gerais. Teve médico que mandou mais de 300 áudios, diz Franklin, embolsando US$ 15 mil na brincadeira. Segundo ele, essas gravações não serviram, na época, para compor nenhum estudo clínico. O negócio ali era incentivar os participantes a colocar mais pacientes em tratamento contínuo com o remédio. A conclusão da Justiça é que essas práticas tiveram potencial de induzir erro ou abuso nas prescrições.
Quando um remédio consegue registro no órgão regulador (Anvisa, no Brasil; FDA, nos EUA), o fabricante só tem permissão para promover a medicação para o tratamento indicado na bula. Mas o médico pode prescrever, por conta e risco, para uso off-label (fora da bula, em tradução livre), para qualquer condição, se analisar as evidências disponíveis e julgar adequado.
É que uma substância química costuma ter várias ações no organismo, boas e ruins. De repente, uma droga contra um tipo de câncer funciona para outro, um antidepressivo pode curar ejaculação precoce, um comprimido para tratar epilepsia se mostra eficiente para ataques de pânico.
Acontece com a bupropiona, o princípio ativo de antidepressivos que promovem a circulação de dopamina no cérebro. Ela é receitada para combater a perda de libido causada por outra classe de antidepressivos, a dos serotoninérgicos, que bombam a serotonina. Estes últimos são os mais populares, tendo o Prozac (fluoxetina) e o Lexapro (escitalopram) na família. Já os próprios serotoninérgicos são muitas vezes receitados contra ejaculação precoce. O efeito deles na redução da libido pode ser benéfico para quem se afoba demais na cama, promovendo relações sexuais mais duradouras, desde que administrados na dose exata para evitar broxadas.
O caso mais famoso de remédio em que o efeito colateral passou a ser visto como o principal é o do Viagra. Os pesquisadores faziam testes com o princípio ativo da droga, a sildenafila, para tratar uma doença cardiovascular e perceberam que os voluntários relatavam ereções frequentes e duradouras, mesmo aqueles com impotência sexual crônica. Então os estudos caminharam nessa direção e a companhia entrou com pedido de aprovação no FDA para o tratamento de disfunção erétil.
Nos casos em que a droga já está no mercado, aprovada para outro fim, o laboratório precisa voltar uma casa e fazer testes específicos de eficácia e segurança das novas utilizações se quiser tirar proveito comercial delas. O processo leva tempo, custa dinheiro e nem sempre termina bem. Acontece, por exemplo, de os estudos mostrarem que o remédio não faz efeito para outros males ou, pior, que aumenta o risco de morte em determinados grupos de pacientes. Pode ser também que o trâmite da aprovação demore e saia quando a patente do produto estiver para expirar.
Por conta disso, a indústria às vezes tenta pegar atalhos e aumentar, ela própria, o número de consumidores de seus comprimidos vendendo-os pelo efeito colateral. Escondida.
Receitar essas alquimias não tem nada de ilegal, como já dissemos. É parte da função de um médico. Esse poder que os doutores têm, por outro lado, atiça os laboratórios a dar-lhes mais agrados, começando o círculo vicioso.


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