quarta-feira, 16 de março de 2016

Microcefalia e Desnutrição - Pesquisa mostra relação de quadros de desnutrição infantil e perímetro cefálico


"Num futuro breve teremos verdadeiras legiões de mutilados cerebrais, de seres humanos inferiorizados física e mentalmente, com sua capacidade de aprendizagem e educação reduzida ao mínimo." (declaração de Nelson Chaves, médico e nutricionista pernambucano - 1971)

Esta figura constou da Prova de Geografia - 1996 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Nélson Chaves abandonou o exercício da medicina para dedicar-se ao estudo da nutrição. Foi um dos mais dedicados estudiosos da desnutrição infantil no nordeste brasileiro; desenvolveu a tese do nanismo nutricional em crianças da zona da mata pernambucana. Foi também criador do Nutriente V, um alimento à base de feijão, farinha de milho, cálcio e vitaminas, que nasceu com o objetivo de combater os efeitos da desnutrição infantil.



Microcefalia e Desnutrição - Pesquisa mostra relação de quadros de desnutrição infantil e perímetro cefálico

PESQUISA AVALIA PERÍMETRO CEFÁLICO E DESNUTRIÇÃO INFANTIL 

"Foi objeto de estudo o perímetro cefálico de 89 crianças com desnutrição moderada e grave, em idades compreendidas entre zero e dois anos, que deram entrada no Hospital J.M. de los Rios, no período de janeiro a setembro de 1994. Foram relacionados a circunferencia cefálica com a idade, sexo, estratificação socioeconômica, motivo da hospitalização, grau de desnutrição, tipo de desnutrição clínica, tamanho e fórmula de Boyd. 

O perímetro cefálico em crianças com desnutrição proteico-calórica é muito menor em comparação com os padrões de referência para uma população normal


ID:230711
autor:Ortega, Heriberto; Vivas, José; Figueroa, Olga; Martinez, Juana.
título:circunferência da cabeça em crianças desnutridas com menos de 2 anos / circunferência Cabeça de má nutrição crianças menores de dois anos
Fonte:Arch. Venez. pueric. Pediatr ; 60 (3): 107-11, em julho-setembro.1997. ilus, tab.
idioma:É.
Eu resumir:Foi estudado o perímetro da cabeça em 89 crianças com desnutrição moderada e grave com idade entre 0 e 2 anos; ingressados no Hospital "JM de los Ríos" no período de janeiro a setembro de 1994. Relacionou-se o perímetro cefálico com a idade, o sexo, a estraficação socioeconômica, razão da internação, grau de desnutrição, tipo de má nutrição clínica, o tamanho e a fórmula Boyd. O perímetro cefálico em crianças com desnutrição proteico-calórica é muito menor em comparação com os padrões de referência para uma população normal.
Descritores:Cérebro - Crescimento e Desenvolvimento
Transtornos da Nutrição do Lactente - diagnóstico
Sistema Nervoso - lesões
microcefalia - patologia
Desnutrição protéico-calórica - diagnóstico
limites:Humano
Masculino
Feminino
PRÉ-ESCOLAR
Tipo de Publ:Revisão
responsável:VE1.1 - Humberto Garcia Arocha Biblioteca
VE1.1

Pesquisa 2307/11 - realizada entre julho e setembro de 1997 


Mais informações na mesma linha, dando como motivo a desnutrição

GERAÇÃO DE NANICOS NOS CANAVIAIS DO NORDESTE  


"Das enfermidades que vitimam a população da Zona da Mata-Sul, mais de oitenta por cento decorrem de doenças para as quais há meios de evitá-las: pela ingestão de uma dieta mínima de sustentação de suas forças." 
(...)
"O saudoso professor Nélson Chaves, famoso nutricionista brasileiro, denunciou que nessa região se está criando uma geração de nanicos pela fome endêmica, de geração a geração. (...) Os métodos que aferem a capacidade mental do ser humano registram ali (...) um quociente intelectual muito aquém do assinalado na zona urbana mais pobre do nordeste. (...) Num futuro breve - vaticinava pessimista o professor Nélson Chaves - teremos verdadeiras legiões de mutilados cerebrais, de seres humanos inferiorizados física e mentalmente, com sua capacidade de aprendizagem e educação reduzida ao mínimo." Paulo Cavalcanti -  Livro NOS TEMPOS DE PRESTES: Memórias Políticas - Cap II - Geração de Nanicos Nos Canaviais do Nordeste - O Caso Eu Conto, como o Caso Foi - 

Nos tempos de Prestes: Memórias Políticas





A NUTRIÇÃO, O CÉREBRO E A MENTE - A IDADE VULNERÁVEL E A EDUCAÇÃO

Nélson Chaves abandonou o exercício da medicina para dedicar-se ao estudo da nutrição. Foi um dos mais dedicados estudiosos da desnutrição infantil no nordeste brasileiro; desenvolveu a tese do nanismo nutricional em crianças da zona da mata pernambucana. Foi também criador do Nutriente V, um alimento à base de feijão, farinha de milho, cálcio e vitaminas, que nasceu com o objetivo de combater os efeitos da desnutrição infantil.
(...)
Em relação aos estudos acerca dos efeitos produzidos pela desnutrição e outros fatores sobre o sistema nervoso das crianças assistidas pelos CERNs, Chaves (1971:73) relata, entre outros fatos, que foram observadas “elevadas incidências de alterações psicomotoras, sendo comum encontrar crianças de 2 e 3 anos de idade ainda engatinhando, falando muito pouco e apáticas”.

A Nutrição, o Cérebro e a Mente (Nélson Chaves, 1971)
A Geografia da Sub-nutrição e da Fome - Roberto Romanelli Maia

A DESNUTRIÇÃO DA 

CRIANÇA NORDESTINA 

E SUAS CONSEQUÊNCIAS

"A fome alimentar é, pois, caros leitores, o maior fabricante de distrofias e má nutrição proteica em nossa região.
Ela faz parte da minha vida de médico pediatra, convivendo há 51 anos com as crianças da minha região, com os seus sofrimentos e suas dores." (Pediatra Milton Hênio - Médico, Pediatra e Escritor - Pernambuco)
(...)
Falta de saneamento básico, de instrução, de trabalho, de assistência médica, transforma o viver de uma boa parte da gente do Nordeste em um verdadeiro pesadelo. 
(...)
- Com uma área de 1 milhão 674 mil e 298 quilómetros quadrados (19,4% do território nacional) o Nordeste tem 62% de seu território localizado no chamado “Polígono das Secas”, uma das regiões mais pobres do Brasil, sujeita a secas periódicas. Segundo dados do IBGE, (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiística), atualmente a população nordestina é de 54 milhões de habitantes, dos quais 15% não sabem ler nem escrever.
(...)
Temos 58 milhões de crianças e adolescentes espalhados por esse imenso território. Por trás desse número, entretanto, se esconde uma dolorosa realidade: um país que optou pelo crescimento econômico a qualquer preço, concentrou a renda e deixou 58 % dos brasileiros na miséria. 
(...)
O Nordeste participa com apenas 2,2% da produção industrial brasileira; 44% das sedes dos seus municípios têm sistema de abastecimento d’agua e o que é impressionante meus senhores, apenas 15 milhões dos seus habitantes têm emprego ou trabalho fixo sendo que, desses que trabalham, 40% ganham o equivalente a um salário mínimo. 
Vejam, portanto, os senhores, que essa população com renda baixistíssima, não tem condições de adquirir os alimentos necessários à sua sobrevivência.
(...)

SINAIS CLÍNICOS DA DESNUTRIÇÃO

O primeiro e dos mais importantes sintomas é a parada do crescimento e do desenvolvimento físico e mental. Nelson Chaves, grande estudioso do problema, pernambucano dos mais ilustres, já alertava ha muitos anos que o Brasil estava criando uma geração de nanicos. Do tempo de seu alerta até os nossos dias o quadro de agravou em muito. 


SINTOMAS NEURO-PSÍQUICOS da Deficiência Alimentar
"A criança quando atinge 3 a 4 anos de idade começa a sentir na marcha a deficiência nutritiva do seu organismo: tem câimbras a toda hora, ao ficar de pé começa a tremer e senta a seguir pela impossibilidade de caminhar. Sente dor da cabeça, vômitos reflexos quando as dores musculares aumentam." 

MORTALIDADE INFANTIL

A desnutrição é o fator desencadeante da mortalidade infantil que nos envergonha perante as outras Nações. A nossa pequenina Alagoas tem sido uma das campeãs no Brasil. Nossas taxas são altíssimas: 41 a 50 por mil. Houve épocas em que em algumas cidades do Nordeste estas cifras atingiram a 80 por mil. Apreciada em conjunto, a mortalidade infantil constitui um problema fundamentalmente social. Retrata, por assim dizer, as condições econômicas do meio. Conserva-se alta nas zonas pobres e subdesenvolvidas. Entra em declínio, quase automaticamente, à medida que melhoram as condições financeiras e se eleva a cultura da população. Penedo, por exemplo, o nível de mortalidade infantil é baixíssimo pela assistência médica e o nível de instrução de sua população. Só se consegue diminuir essa mortalidade infantil no Nordeste com medidas de caráter profundo e geral, capazes de afetar a miséria e a ignorância – seus principais fundamentos. Medidas que incrementem as fontes de produção, dêm combate as endemias e epidemias, enfrentem o analfabetismo, estimulem a cultura e a educação dos jovens, enfim, que haja bem estar para toda a população. O assunto pelo seu alcance e gravidade não se resolve com providências débeis, frágeis, parciais e fragmentares; requer um programa inflexível, inteiriço e completo. 

CEMITÉRIO DE CRIANÇAS

A denominação leva anualmente em torno de 200 mil crianças do Nordeste que morrem antes de completar 3 anos de existência. É uma verdadeira guerra. Apenas porque não há barulho de canhões, espocar de bombas, matraquear de metralhadoras, roncos de aviões, a sociedade fica indiferente a ela. Quando os senhores ouvirem dizer que uma criança morreu desidratada no sertão do nosso Nordeste ou em qualquer outra região, não pensem que foi só disenteria que a matou. É um engano. A disenteria foi apenas uma colaboradora da morte, apenas um pretexto para que aquela criança morresse. A disenteria foi apenas o “carrasco” que a executou; o juiz que determinou a sentença daquela criança foi a desnutrição, a fome. Se olharmos para o Nordeste veremos que o sofrimento de suas populações são os da doença de massa, justamente a doença da pobreza, para não dizer da miséria, da vida humana em níveis sociais ainda rudimentares, de renda per-capta ainda insignificante.

Mário Pinotti, grande higienista que em certa época ocupou o Ministério da Saúde, dizia o que se aplica ainda hoje: “Povos sadios são os povos economicamente organizados com distribuição equitativa dos bens que a técnica e o progresso foram aperfeiçoando. Povos doentes, banidos e devastados pelo flagelo das doenças de massa são os pobres, de economia insipiente, desorganizados e incultos”.

Hoje em dia, aproximadamente 7 bilhões de pessoas habitam o nosso Planeta, dos quais 2 bilhões têm menos de 16 anos de idade. Nos próximos dez anos haverá mais 1 bilhão e meio de crianças na Terra e os recursos não irão aumentar na mesma proporção. Como ficarão nossas crianças? Há muito tempo se diz que o Brasil é um país de jovens... que nossa juventude é a maior riqueza nacional. Temos 58 milhões de crianças e adolescentes espalhados por esse imenso território. Por trás desse número, entretanto, se esconde uma dolorosa realidade: um país que optou pelo crescimento econômico a qualquer preço, concentrou a renda e deixou 58 % dos brasileiros na miséria. A meta, portanto deve ser o homem, investir na educação, erradicar o analfabetismo que é a chaga mais pestilenta de uma Nação. O analfabeto é o maior entrave ao progresso de qualquer comunidade. Dessa forma só com a reforma do homem seremos capazes de tornar o Brasil uma grande Nação. 

O RETIRANTE

Todos os dias, caros amigos, vemos a cidade repleta de retirantes; são adultos e crianças em busca da sobrevivência, em busca de melhores dias. Nas esquinas os meninos se acotovelam pedindo dinheiro e às vezes nos importunam. Mas, de quando em vez, vemos um quadro que nos choca, nos entristece quando nos defrontamos com o olhar de uma menina de 5 ou 6 anos, magra, esquálida como a nos dizer, através da súplica, os versos de Judas Isgorogota: 

“Vocês não queiram mal aos que vêm de longe, / Rasgados, famintos de dar compaixão / Com os olhos na terra, os rostos queimados / Pisando saudades calcadas no chão / Vocês, da cidade, não sabem o que é / Sofrimento, na vida de um homem / E nunca saberão / É a seca no mato, é o mato rangendo / É a terra tostando virando carvão. / É a gente morrendo de fome de sede e de dor / E angustiado de ver a morte do boi sofredor”. 

SOLUÇÕES

O egoísmo, a falta de vontade de querer corrigir o problema, o interesse pessoal e não coletivo daqueles que têm partículas de poder, determina a manutenção desse drama de pobreza do nordestino que se arrasta há séculos. Falta de saneamento básico, de instrução, de trabalho, de assistência médica, transforma o viver de uma boa parte da gente do Nordeste em um verdadeiro pesadelo. Só mesmo com o melhor padrão de vida, só mesmo com a elevação do quoeficiente econômico, sanitário e espiritual da grande massa da população, será possível atenuar a tarja negra da mortalidade infantil e da desnutrição. Até quando iremos esperar para resgatar nossas culpas? Até quando ficaremos ausentes desse drama que dura séculos? Eis que a grande Elisabete Lesseur nos manda esta peregrina mensagem: “Na vida somos culpados não só do mal que fizemos, como do bem que deixamos de fazer”.

Vamos pedir a Deus que ilumine os homens que dirigem os nossos destinos para que ajudem o progresso de nossa região, dando ao seu povo trabalho, saúde e educação. Poderemos então exclamar contentes: Agora sim, o nosso Nordeste é um região desenvolvida.

Milton Hênio - médico pediatra e escritor - 04.outubro 2014 - A Desnutrição da Criança Nordestina e suas Consequências 
Para ler na íntegra - http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas/noticia.php?c=253097 )




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Fiocruz desmente boatos de que Zika cause problemas neurológicos em crianças - São necessários mais estudos, diz.


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou em nota que, até o momento, não há qualquer comprovação científica que ligue ocorrências de problemas neurológicos em crianças e idosos ao vírus Zika.
É por declarações assim como essas e algumas outras poucas coisas que ainda ACREDITO NO BRASIL!! Viva! Onde se viu, depois de constatar o virus em UMA autópsia, em um querido bebezinho morto, já sair alardeando como se fosse caso consumado??


Por Marise Jalowitzki
09.dezembro.2015
http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/2015/12/fiocruz-desmente-boatos-de-que-zika.html



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Philippe Grandjean




TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, autismo, síndrome de 

Asperger, dislexia, paralisia cerebral - A "epidemia silenciosa" de toxinas 

químicas ferem nossos filhos




Por Marise Jalowitzki
19.janeiro.2015










De um modo geral, todos sabemos a resposta:
quanto mais ignorante a população, quanto mais seduzida
por outros chamamentos, mais manipulada será.



14.março.2015






Sério demais! O Roundup continua sendo utilizado livremente no Brasil, vendido clandestinamente ou sob outros nomes! Pedido de reavaliação do produto, no Brasil, encaminhado ao Ministério da Saúde, está parado há 6 anos!





17.abril.2015
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/04/serio-demais-metade-de-todas-as.html





Conheça a íntegra do artigo publicado pelo INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS


16.fevereiro.2016






Mosquitos transgênicos receberam radiação nuclear

OMS defende uso de mosquito transgênico e contraria ambientalistas

Publicado neste blog em 16.fevereiro.2016

Os pesquisadores de genética da Universidade Duke publicaram suas descobertas na revista Neuron, no dia 16 de outubro. A pesquisa sobre o aminoácido não essencial começou quando duas famílias separadas em Israel, ambas de ascendência judaica iraniana, tiveram filhos com circunferência da cabeça menor que cresce progressivamente atrofiada, acompanhados por profundo atraso no desenvolvimento e convulsões. 

18.dezembro.2015



 Marise Jalowitzki é educadora, escritora, blogueira e colunista. Palestrante Internacional, certificada pelo IFTDO - Institute of Federations of Training and Development, com sede na Virginia-USA. Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas. Criou e coordenou cursos de Formação de Facilitadores - níveis fundamental e master. Coordenou oficinas em congressos, eventos de desenvolvimento humano em instituições nacionais e internacionais, escolas, empresas, grupos de apoio, instituições hospitalares e religiosas por mais de duas décadas Autora de diversos livros, todos voltados ao desenvolvimento humano saudável. marisejalowitzki@gmail.com 

blogs:

http://tdahcriancasquedesafiam.blogspot.com.br/

Para adquirir e obter mais informações, veja no blog  (AQUI) ou encaminhe e-mail para:
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