quinta-feira, 2 de julho de 2015

Energia Nuclear no Brasil e o lixo atômico em Angra 3


Quando concluída, Angra 3 vai gerar menos da metade da energia prevista para cada uma das hidrelétricas do rio Madeira (RO). O custo para sua conclusão está estimado em mais de R$ 7 bilhões, além do dinheiro já gasto na compra dos equipamentos e na manutenção do canteiro de obras.


Blog Compromisso Consciente
02.julho.2015
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2015/07/energia-nuclear-no-brasil-e-o-lixo.html



A urgência de um plano para a energia nuclear



por Jailton Ferreira — publicado 09/06/2014 19h27, última modificação 10/06/2014 12h51
Para além do risco de guerra que emerge da situação na Ucrânia, é fundamental que o Brasil aprimore seu Plano de Emergência para dirimir possíveis impactos radiológicos ao ambiente

A insensatez política da União Europeia ao propor à Ucrânia um tratado de associação que, se aceito, praticamente obrigaria o país a escolher a UE à custa da Rússia resultou na crise que aí está, envolvendo a última e os países da OTAN. Um dos efeitos imediatos é o aumento do principal risco que o uso da energia nuclear apresenta: o de guerra nuclear.

Além desse, há outros riscos nucleares cujas consequências são intencionalmente procuradas e que constituem a maior parte do gênero. Estes se referem ao uso por terroristas ou insurgentes de explosivos nucleares; ao uso de explosivos nucleares contra terroristas ou insurgentes; e ao ataque a instalação nuclear que armazene grande quantidade de material radioativo e que resulte na dispersão de parte considerável do material pelo ambiente.
Pouco se fala do perigo de falhas nos sistemas de armamentos nucleares que resultem em disparos acidentais com explosões, particularmente em períodos de crise. Essas, aliadas à ameaça de acidentes em instalações nucleares (especialmente os severos, em centrais nucleares) constituem o principal risco nuclear devido a imprevistos.
É surpreendente o conformismo de populações com o fato de seus Estados serem detentores de armas nucleares. Não só não se sentem ameaçadas por elas, como costumam entender que são necessárias para a sua segurança. Embora a operação de uma central nuclear não seja simples, não existe a presença real ou potencial de um adversário astucioso como há nos cenários militares. Contudo, desde que centrais nucleares têm sofrido acidentes severos, e o estado de segurança destas instalações pouco difere do existente nos sistemas de armamentos nucleares, é de se esperar que algum disparo acidental com explosão nuclear catastrófica ocorra.
Comparado aos efeitos de uma guerra nuclear, limitada ou não, as consequências de um acidente severo em uma central, com vazamento substancial de material radioativo para o ambiente, são relativamente pequenas, embora bastante sérias.
Por várias razões, há anos a opinião pública mundial tem se mostrado mais preocupada com acidente em reatores do que com uma guerra. Essa impressão pode mudar agora com a atual crise ucraniana.
Para o Brasil, qual o risco? Se, em caso de guerra nuclear, o tratado de Tlatelolco for observado pelos Estados em conflito, a América Latina e o Caribe não serão alvos. Falta Índia, Paquistão, Coréia de Norte e Israel aderirem ao tratado. Mesmo assim, sofreríamos, entre outros, os efeitos climáticos e a contaminação com os materiais radioativos trazidos pelos ventos.
No curso de uma calamidade dessa natureza, teríamos a ameaça da destruição de cidades inteiras caso não fornecêssemos certos produtos e serviços ou abrigo a populações sobreviventes. Também há a possibilidade de ser usado pulso eletromagnético para destruir em massa os chips presentes nos equipamentos eletrônicos e para obliterar dados em mídias magnéticas. Uma única bomba nuclear de um megaton explodindo a 500 km sobre Brasília produziria tal pulso.
Abstraindo os riscos de guerra e terrorismo nuclear, os grandes perigos estão na central de Angra: o de ataque aos reatores e o de acidente severo em algum deles. Em ambos os casos, as consequências incluiriam impacto radiológico considerável ao ambiente.
Como minimizar esse cenário? A qualidade do Plano de Emergência (PE) para o caso de um acidente em Angra é o ponto crucial. Parte dele também será útil na eventualidade de um ataque com armas convencionais aos reatores. É sabido que um acidente dessa ordem requer medidas de intervenção que alcançam distâncias de 100 a 300 km da central acidentada; sendo possível que estas distâncias cheguem a 500 ou 1.000 km. O projeto flexRISK mostrou isto.
O planejamento de emergência não pode desconsiderar a evacuação de uma população comparável à do município de Angra dos Reis (com 170 mil habitantes) e realocá-la a uma distância igual ou superior a 80 km da central. O planejamento necessita envolver, pelo menos, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Tal como os desastres aéreos, aeroespaciais e ferroviários, os acidentes nucleares resultam de certo número de causas independentes. Uma combinação não prevista ou descartada de causas que rapidamente conduz à catástrofe. Um acidente sério na central de Angra pode vir em dia sem chuva, sem deslizamento de encostas e sem bloqueio de estradas. É um erro primário, ao fazer um estudo dos cenários possíveis, entender que aqueles previstos são os que podem ocorrer.
É fundamental que a população do Sudeste, onde medidas de intervenção podem ser requeridas, recebam informação de qualidade. A conscientização leva ao aumento da rejeição da energia nuclear como alternativa para a produção de energia elétrica, posto que não é agradável para alguém estar ciente de que, na eventualidade de certo tipo de acidente, necessitará deixar seu lar, seus bens, seu animal de estimação e tomar a rota de fuga para o destino indicado, dependendo de terceiros para a retirada de parentes próximos que se encontrem na área a ser evacuada.
É impraticável reduzir substancialmente o Plano de Emergência para adequá-lo aos recursos humanos e materiais ora disponíveis. Na ocorrência de um acidente que exceda amplamente o PE em vigor, este entrará em colapso: áreas previstas para receber a população realocada necessitariam estar despovoadas; novas áreas teriam de ser improvisadas, e certamente logo estariam em condições deploráveis; haveria caos e congestionamento nas vias de fuga; contaminação, evitável, com material radioativo de pessoas; exposição à radiação devido à falta de medidores Geiger; flagelados sendo discriminados, estejam contaminados ou não. Teríamos então uma catástrofe nuclear seguida por uma crise humanitária.
Não há como negar a uma sociedade o direito de construir reatores nucleares a fissão com a confiabilidade operacional que o estado-da-arte ora permite, mas esta sociedade merece estar informada tanto dos benefícios quanto dos riscos – que poderá, então, aceitar correr. Jailton da Costa Ferreira é engenheiro. A opinião do autor não expressa a da Comissão Nacional de Energia Nuclear onde trabalha.
Jailton da Costa Ferreira é engenheiro. A opinião do autor não expressa a da Comissão Nacional de Energia Nuclear onde trabalha.

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Conheça o que foi publicado neste blog sobre energia nuclear. Seguem duas páginas de link (Angra dos Reis, Caetité-BA, Césio em Goiânia, Chernobyl, Fukushima)


TRAGEDIA NUCLEAR - JAPÃO E CHERNOBYL


Estudo revela problemas sérios na usina nuclear Angra 3

por Urgewald






As organizações não governamentais Urgewald e Greenpeace apresentaram hoje(6) um estudo técnico sobre a usina nuclear Angra 3 elaborado por doiscientistas brasileiros. O estudo analisa as condições de segurança e o perigo de um acidente nuclear na usina. Investiga ainda se foram integrados mecanismos de segurança adicionais depois do acidente de Fukushima.
O estudo tem com objetivo avaliar se a usina está protegida adequadamente contra eventos externos como terremotos, deslizamentos e enchentes. Também responde à questão da segurança dos planos de emergência para a população local.
“Muitos fatores levaram ao desastre em Fukushima. A catástrofe foi consequência de hipóteses erradas, local inadequado, técnica obsoleta e falta de fiscalização. Estes fatores de risco existem também para Angra 3”, diz Barbara Happe, da ONG Urgewald, que já trabalha há muitos anos com o assunto.
Francisco Corrêa, um dos autores do estudo, explica: “No licenciamento de Angra 3, a Eletronuclear apresentou dados inadequados e não foram utilizados dados apropriados para o reator, como características locais, condições meteorológicas e topográficas. Portanto, este parecer da Eletronuclear não serve para avaliar os reais riscos do projeto e planejar cenários realistas de emergência.”
O estudo também menciona que a localização de Angra dos Reis não atende aos critérios que a própria Eletronuclear está usando atualmente para identificar locais adequados para futuras usinas nucleares. Por estes critérios, são inadequados para a construção de usinas nucleares áreas propensas a deslizamentos de terra ou perto de cidades densamente povoadas. Angra 3, no entanto, está localizada em uma área com encostas instáveis e perto de uma cidade densamente povoada, Angra dos Reis. “Portanto, os novos critérios do governo são uma admissão involuntária de que a localização de Angra não é adequada para uma usina de energia nuclear.”, diz Corrêa.
Além disso, Angra 3 apresenta um projeto ultrapassado, que não cumpre vários requisitos atuais de segurança desenvolvidos após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Nem sequer atende totalmente aos requisitos de segurança aplicáveis para seu reator de referência original Grafenrheinfeld na Alemanha, construído a partir de 1974. A contenção de Angra 3 tem apenas a metade da espessura desse reator, proporcionando assim menos proteção em caso de eventos como uma explosão de hidrogênio ou um impacto de avião.
Este ponto é enfatizado por Tobias Riedl, especialista em assuntos nucleares do Greenpeace: "O reator nuclear de Angra 3 operará com uma tecnologia de segurança totalmente ultrapassada. É por isso que na Alemanha todos os reatores deste tipo em breve serão desativados. Ao incentivar e apoiar a construção deste reator (que já virou sucata antes mesmo de ser concluído) com uma garantia financeira bilionária, a chanceler Angela Merkel demonstra que não tirou nenhuma lição de Fukushima."

Por isso, as ONGs Urgewald e Greenpeace acham irresponsável a atitude dogoverno alemão de decretar o fim do programa nuclear no próprio país, mas apoiar a construção de uma usina nuclear insegura em outros países com um crédito de exportação.
As ONGs afirmam: “As lições de Fukushima e deste estudo são que não deveria ser aprovado um crédito de exportação para Angra 3. Além disso, é necessário que o governo pare de aplicar/garantir este tipo de subvenção para a exportação de bens nucleares.”
Sobre os cientistas e a garantia Hermes:
Os autores do estudo são o professor Célio Bermann, do Instituto de Electrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, e Francisco Corrêa, que já tem feito vários estudos técnicos para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), entre outras instituições, também sobre Angra 3.
Para apoiar a exportação de bens produzidos na Alemanha, o governo alemão concede garantias financeiras de exportação, chamadas de “garantias Hermes”. Estas garantias servem como seguro para indenizar os exportadores alemães que não receberem os créditos concedidos ao cliente no exterior, seja por motivo comercial ou político.
A finalidade política destas garantias é de abrir novos mercados em países em desenvolvimento para a indústria de exportação alemã. Em fevereiro de 2010, o governo alemão aprovou, em princípio, uma garantia Hermes de exportação no valor de 1,3 bilhão de euros. Entretanto, ainda não foi transformado em uma garantia definitiva. ONGs alemães lutam para que isso não aconteça mais depois do acidente em Fukushima.


Leia os estudos dos cientistas:

» Avaliação dos aspectos de Segurança do Projeto da Usina Nuclear Angra 3, Celio Bermann

» Is a nuclear catastrophe potentially possible in the Angra 3 plant and what are possible scenarios for this, based on the weaknesses of the planned design and the lessons learnt from Fukushima?, Francisco Corrêa
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Funcionário da Eletrobras observa o depósito 2B, que estará plenamente ocupado em 2018 - Márcia Foletto


Falta de espaço para lixo atômico põe usinas de Angra em risco

Alerta é do TCU, que identificou saturação de depósitos para rejeitos e combustível no município.

A usina nuclear Angra 2, em Angra dos Reis, corre o risco de ser desligada em 2017 em razão da saturação dos depósitos de rejeitos radioativos, segundo uma avaliação da própria Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) — responsável por fiscalizar o setor — remetida ao Tribunal de Contas da União (TCU). O mesmo deve ocorrer com a usina Angra 1 em 2018 ou 2019. E Angra 3, um empreendimento ainda em construção, pode deixar de entrar em operação por conta da crítica situação de armazenamento dos rejeitos.
Uma auditoria do TCU no sistema que guarda o lixo atômico descobriu o iminente esgotamento dos depósitos de resíduos de baixa e média radioatividade e das piscinas que recolhem o combustível usado, de alta radioatividade, decorrente da geração de energia. O mais grave é que a construção do novo depósito e da nova piscina está praticamente na estaca zero, um prenúncio da paralisia forçada do sistema.
O pente-fino dos auditores transcorreu sob sigilo, prática comum quando se trata de assuntos relacionados à política nuclear e aos órgãos federais envolvidos, a Cnen e a Eletrobras Eletronuclear. No último dia 30, quando a auditoria foi submetida à análise em plenário, o ministro relator, André Luís de Carvalho, derrubou o sigilo, o que levou à transferência do processo da sessão secreta para a aberta. O relatório foi aprovado, com a definição de um prazo de 90 dias para que os órgãos responsáveis definam as providências.
A situação mais crítica é a das piscinas para o destino final do combustível nuclear irradiado nas usinas. A de Angra 2 se esgota em 2018 e a de Angra 1, em 2020. A Eletronuclear precisará construir uma unidade de armazenamento complementar, o que ainda não teve início, como concluiu o TCU. “Caso a unidade não esteja licenciada e comissionada até 2018, possivelmente a geração elétrica das usinas estará comprometida, uma vez que não poderão operar sem que exista a possibilidade de armazenamento de seus combustíveis irradiados”, afirmam os auditores.
Os mesmos auditores reproduzem uma tabela com a taxa de ocupação dos depósitos que abrigam rejeitos de baixa e média radioatividade. Um deles estará totalmente ocupado neste ano. A área de caixas não terá mais espaço em 2015. E, em 2018, um depósito com 2,3 mil tambores de lixo radioativo atingirá a capacidade máxima. Em média, os depósitos conseguirão abrigar os rejeitos até 2020. Depois disso, a Cnen e a Eletronuclear precisarão efetivar uma solução. Os materiais de baixa radioatividade são papéis, plásticos, roupas e ferramentas usados nas usinas. Os de média, filtros e resinas.
A informação sobre um tipo de material colocado no depósito interno de Angra 2 despertou preocupação nos técnicos que conduziram o pente-fino. A Coordenação de Rejeitos e de Transporte de Materiais Radioativos e Nucleares (Corej) da Cnen apontou a existência no espaço de “80 embalados de alto nível de radiação, representando 17,39% do total”. A Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas, chegou a afirmar que, na verdade, “existem 552 embalados de alto nível de radiação no CGR (Centro de Gerenciamento de Rejeitos)”. Depois, no curso da auditoria, a Cnen sustentou não existir esse tipo de material nas dependências das usinas.
O assunto é tão controverso que, em resposta aos questionamentos do GLOBO, a Cnen disse ter havido um “equívoco de classificação nos dados repassados ao TCU”. “Buscaremos esclarecer junto ao tribunal. A Cnen tem conhecimento de todos os rejeitos radioativos estocados nas usinas nucleares e afirma que não há rejeitos de alto nível de radiação no local”, citou o órgão. A Eletronuclear também negou a existência de “embalados de rejeitos de alta atividade”: “Todos os embalados nos depósitos são de baixa e média atividade”.
Um dos motivos para o TCU decidir fazer a auditoria, além dos riscos existentes numa área tão sensível, foi o valor do dinheiro público a ser gasto com os rejeitos radioativos: mais de R$ 1 bilhão. O transporte e a armazenagem dos resíduos a serem transferidos custarão R$ 226 milhões. A nova piscina está orçada em R$ 577 milhões. E o depósito, a ser construído numa cidade brasileira que se disponha a abrigar o lixo, consumirá mais R$ 261 milhões.
O Repositório de Rejeitos de Baixo e Médio Nível deveria atingir 45% do cronograma físico das obras em 2015, conforme meta da Cnen, o que não se concretizará. Até agora, não se escolheu nem a cidade que abrigará os rejeitos, mediante benefícios como royalties. Quatro fatores são considerados críticos pelo TCU para a construção do depósito: a escolha do local; o licenciamento ambiental e nuclear; a contratação de terceiros; e a destinação de recursos no Orçamento da União.
Faltam depósitos intermediários
A orientação do governo federal foi para a Cnen selecionar terras de propriedade da União. Uma área chegou a ser escolhida, mas o termo de cessão não foi assinado, conforme a auditoria do TCU. “O processo de seleção do local é bastante complexo e sensível à aceitação pública”, cita o relatório. A Cnen, em razão da reação esperada por parte dos moradores das cidades previamente escolhidas, mantém o mistério sobre a futura sede do depósito.
Em 2012, a 1ª Vara Federal de Angra determinou que a União incluísse no orçamento recursos para a construção do novo depósito. A Cnen, conforme a mesma sentença, deveria apresentar o local do depósito em um ano. O órgão recorreu contra a decisão, e os efeitos da sentença estão suspensos. Uma das condicionantes para a concessão da licença ambiental a Angra 3 estabelece a necessidade de se resolver o problema dos rejeitos de Angra 1 e 2. Por isso, os auditores do TCU entendem que a usina pode ter o início do funcionamento adiado por conta do acúmulo de resíduos.
A auditoria constatou ainda que nenhum dos depósitos intermediários de rejeitos radioativos no Brasil está “devidamente licenciado”. “Não há como garantir que estejam cumprindo os requisitos e padrões de segurança recomendados pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica)”, diz André de Carvalho. Municípios que abrigam rejeitos, como Angra e Rio, não estão recebendo as compensações financeiras, o que só estaria ocorrendo com Abadia de Goiás, destino do lixo radioativo resultante do acidente com o césio 137 em Goiânia, em 1987. Diante da falta de estratégias expressas em lei ou norma sobre o gerenciamento de rejeitos, o TCU determinou que se adotem providências para a tramitação de um projeto sobre licenciamento de depósitos.


Fonte: O Globo
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Risco em Angra: Eletronuclear diz que ‘rearranjos’ vão prorrogar sistema de armazenamento
Empresa prevê que nova piscina para combustível estará pronta em 2018
POR O GLOBO
12/05/2014 7:24 / ATUALIZADO 12/05/2014 8:46


Leia mais sobre esse assunto em 
http://oglobo.globo.com/brasil/risco-em-angra-eletronuclear-diz-que-rearranjos-vao-prorrogar-sistema-de-armazenamento-12457549#ixzz3ekwcBvXA
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13/09/2014

Angra 3 só vai funcionar em dezembro de 2018

http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2014/09/13/noticiasjornalbrasil,3314107/angra-3-so-vai-funcionar-em-dezembro-de-2018.shtml

O início da operação comercial da Usina Nuclear Angra 3, no Estado do Rio, deve passar de maio para dezembro de 2018, devido "à desmobilização do canteiro de obras civis por parte da construtora Andrade Gutierrez". Foi o que declarou ontem o diretor de Planejamento da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães. Segundo ele, isso vai ser "sacramentado" quando o contrato for assinado, mas a operação comercial deve começar em dezembro de 2018, quando a usina estará pronto para ser comandada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
Mais em: 
http://www.petronoticias.com.br/archives/51623







Caixa Econômica vai financiar em R$ 3,8 bilhões obras de construção de Angra 3

http://www.portugaldigital.com.br/economia/ver/20095061-caixa-economica-vai-financiar-em-r-38-bilhoes-obras-de-construcao-de-angra-3

O contrato que garante a continuidade do financiamento da parte importada para a construção da Usina Nuclear Angra 3 deverá ser assinado com a Caixa Econômica Federal na próxima semana.


Rio de Janeiro - O contrato que garante a continuidade do financiamento da parte importada para a construção da Usina Nuclear Angra 3 deverá ser assinado com a Caixa Econômica Federal na próxima semana.
A informação é do diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães. A estatal, controlada pela Eletrobras, administra a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, no município fluminense de Angra dos Reis. O financiamento com a Caixa é de R$ 3,8 bilhões.  "Nós estamos nos procedimentos administrativos [com a Caixa] para efetivamente assinarmos o contrato. Isso garante a continuidade da parte importada, dos fornecimentos que vêm do exterior. Já é uma grande vitória".
Apesar das dificuldades de financiamento para a conclusão das obras de Angra 3, a Eletronuclear tem a expectativa de continuidade do programa nuclear brasileiro. "O próprio ministro [de Minas e Energia, Eduardo Braga] vem se colocando de forma muito afirmativa sobre a necessidade da geração nuclear na matriz energética brasileira do futuro", disse Guimarães. Para ele o crescimento do setor é viável e pode contribuir na geração de energia limpa e de base, ou seja, com fator de capacidade acima de 90%.
Entretanto, o financiamento da parte nacional para as obras de Angra 3 ainda é um problema enfrentado pela estatal. A Eletronuclear tem empréstimo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 6,15 bilhões. Este valor, no entanto, não é suficiente para assegurar a conclusão da usina. Segundo Leonam Guimarães, é necessário um complemento de financiamento da ordem de R$ 4 bilhões.
"Para resolver esse problema e poder complementar esse financiamento, nós precisaríamos de um ajuste no preço de venda futura da energia de Angra 3", disse o executivo. A questão está sendo tratada no Ministério de Minas e Energia e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Eletronuclear espera conseguir uma parcela dos R$ 4 bilhões com o próprio BNDES. "A gente não consegue elevar a parcela financiada porque o valor da tarifa de Angra 3 não nos permite aumentar o valor de financiamento para não comprometer o índice de cobertura do serviço da dívida".
O diretor defendeu que é necessária uma revisão do preço de energia de venda futura de Angra 3, que equivale hoje a R$ 201 por megawatt-hora (MWh). "Com o valor desse recebível futuro, nós temos dificuldade de cumprir as regras do índice de cobertura do serviço da dívida dentro dos padrões exigidos pelo BNDES". Guimarães esclareceu que se os R$ 4 bilhões complementares vierem somente do BNDES, a tarifa ajustada que resolveria o problema seria da ordem de R$ 230 por MWh. "Mas se uma parcela disso vier do mercado privado, tem que aumentar um pouco [o valor] para compensar isso".
A Eletronuclear só poderá negociar com o BNDES sobre esse complemento de empréstimo depois que o contrato de energia reserva com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para venda futura de energia de Angra 3 for aditivado. "O sistema está em análise pela Aneel. Nós aguardamos a resposta definitiva sobre esse tema para fazer a emissão da portaria ministerial que nos permita fazer um aditivo a esse contrato de energia reserva".
As obras de Angra 3 estão em andamento, mas não no ritmo pretendido pela Eletrobras, admitiu o diretor. Segundo  ele, isso se deve a dificuldade do cumprimento do saque do saldo remanescente, em razão do problema de contrapartidas que a estatal tem que dar. Leonam Guimarães disse o ministro Eduardo Braga deve dar uma solução para o problema em breve. Desta forma, sua expectativa é que Angra 3 seja entregue ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (PNS), em dezembro de 2018. O orçamento para construção da usina foi reajustado em setembro do ano passado em 13%, com base na última inspeção de monitoramento do Tribunal de Contas da União (TCU). O custo passou para R$ 13,9 bilhões. Agência Brasil.



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TCU aponta sobrepreço de r$ 227 milhões em Angra 3

22.07.2009
http://www.brasilagro.com.br/conteudo/tcu-aponta-sobrepreco-de-r227-milhoes-em-angra3.html#.VZXK8flViko

Obra da usina, que ficou parada 23 anos, deve atrasar se tribunal exigir nova licitação . Plenário do TCU pode votar hoje proposta de acordo de valores da renovação de contrato de 1983 entre estatal e Andrade Gutierrez. 
Por divergências de preços entre a Construtora Andrade Gutierrez e o TCU (Tribunal de Contas da União), a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 poderá exigir uma nova licitação. Acórdão do tribunal identificou irregularidades graves no contrato, como o sobrepreço de R$ 227 milhões. 
A construção da terceira usina nuclear brasileira está suspensa há cerca de 23 anos e, para recomeçar, depende agora de um pronunciamento final do tribunal sobre as condições do contrato, previsto para hoje. O relator do processo, ministro José Jorge, disse à Folha que a possibilidade de uma nova licitação "existe", embora não a considere "provável". Uma nova licitação para as obras civis é prevista em acórdão do TCU de setembro do ano passado, para o caso de as condições de renovação do contrato entre a estatal Eletronuclear e a Andrade Gutierrez não serem consideradas "satisfatórias" para a administração pública. Esse acórdão identificou o sobrepreço de R$ 227 milhões, sem considerar os bônus e custos indiretos da obra. 
Segundo o último balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), divulgado pela Casa Civil no mês passado, a retomada das obras estava prevista para o final de junho. O atraso será ainda maior caso o reinício das obras tenha de passar por nova licitação. Ao decidir concluir a construção de Angra 3, depois de um longo debate sobre a conveniência de levar adiante o programa nuclear brasileiro, o governo optou por não promover uma nova licitação e manter -com revisão de preços- o contrato assinado em 1983 com a empreiteira Andrade Gutierrez. A decisão foi avalizada pelo TCU, mas está condicionada a um aval do tribunal às condições do contrato. A votação final do TCU entrou na pauta do tribunal em 17 de junho. O então relator do caso, ministro Marcos Vilaça, propôs nova redução de R$ 78 milhões no valor do contrato para as obras civis, já depois de revisão de preços feita entre a empreiteira e a Eletronuclear. O voto de Vilaça representa um corte de 5,7% no valor total do contrato, de R$ 1,368 bilhão, segundo o tribunal. 
O custo da obra será bancado com dinheiro do Orçamento da União. A votação foi interrompida a pedido do ministro José Jorge, encarregado de levar ao plenário do tribunal hoje uma nova proposta de acordo. Ontem, ele disse que ainda não havia concluído seu relatório e poderia adiar a votação em mais uma semana. "A discussão é em cima dos preços", afirmou. Parte do debate trata dos custos indiretos da obra, chamados de BDI (Bônus e Despesas Indiretas). A Eletronuclear e a Andrade Gutierrez já concordaram em reduzir de 37% para 30,37% o percentual de BDI sobre o custo direto da obra, mas os auditores do TCU insistem em um percentual ainda menor: 16,9%. 
Quando concluída, Angra 3 vai gerar menos da metade da energia prevista para cada uma das hidrelétricas do rio Madeira (RO). O custo para sua conclusão está estimado em mais de R$ 7 bilhões, além do dinheiro já gasto na compra dos equipamentos e na manutenção do canteiro de obras.
A usina passou por um polêmico processo de licenciamento ambiental, e o início das operações -previsto para 2014- está condicionado à definição de depósitos de longo prazo para o combustível usado, à base de urânio. Esse depósito segue sem local definido (Folha de S.Paulo, 22/07/09)

Mais sobre o tema, neste blog:
ENERGIA NUCLEAR - A REALIDADE BRASILEIRA
BRASIL SEM ENERGIA NUCLEAR!!!
 Não à Energia Nuclear! Não às usinas nucleares!


http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/brasil-sem-energia-nuclear.html



Tragédia Nuclear - Radioatividade permanece!

 
Detalhes da tragédia que assolou o Japão
 
http://t.co/jbksFiU




Aqui você encontra diversos links sobre o tema (em ordem cronológica de publicação)



Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente



Escritora, especialista em Desenvolvimento Humano,
Ambientalista, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil








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