sexta-feira, 9 de março de 2012

Porque não estou falando tanto sobre Energia Nuclear - ELA ESTÁ MAIS SEGURA, diz Yukiya Amano, da AIEA

Usinas Nucleares estão mais seguras, diz AIEA


Porque não estou falando tanto sobre Energia Nuclear - ELA ESTÁ MAIS SEGURA, diz Yukiya Amano, da AIEA

Por Marise Jalowitzki

Alguns amigos virtuais que acompanham meus artigos desde o Japão enviam e-mails com o seguinte questionamento:
- Porque não está mais falando no Japão?
- Faz tempo que não posta mais nada sobre energia nuclear e o acidente em Fukushima!
- Foi só para fazer uma cobertura do desastre durante a catástrofe?

Que posso eu dizer?
Tudo que faço, faço com ênfase, por acreditar naquilo que escrevo. De um tempo para cá, em algumas questões, limito-me a ouvir, ler e observar. Desânimo? Talvez! Descrença? Com certeza! Sensação de impotência? Absoluta!

Continuo vendo o povo se reunindo no Japão, quase todos os dias há passeatas. Leio reportagens mentirosas, que asseguram o quanto a energia nuclear é importante, barata, cada dia com tecnologias mais potentes, que deixam os riscos "quase" a zero. Tomo conhecimento dos acordos sendo assinados, das autoridades de muitos países (incluindo Japão e Brasil) assegurando que é impossível viver nos moldes atuais de "desenvolvimento" sem o uso da energia nuclear. ATÉ O DALAI LAMA AFIRMOU ISSO! O que esperar? Que as mãos dadas de 60 países, de milhões de habitantes do planeta, irão fazer a diferença? Para serem ouvidos por quem? Por Deus, talvez! Pois, aqui na Terra, todos os governos parecem cegos e só estão interessados em obter lucros e lucros.

Digo com isso que é inútil a manifestação popular? Não. Mas, também sinto, sinto que as coisas ainda vão continuar do jeito que estão por algum tempo, e sinto, também, que só se acontecer catástrofes do jeito como visionários, vampiros e cientistas estão prevendo e anunciando, é que o freio de mão será puxado às pressas. E a custa de quantos milhares de mortos, desta vez?

Pois se ninguém, dos que possuem o poder nas mãos, usa o cajado para trazer novas e urgentes idéias de MUDANÇA no atual foco de lucro fácil e imediato, está claro que a humanidade, na sua maioria, continuará refém de todas as circunstâncias.

Há alguns dias escrevi sobre o AEROVOR, um aparelho barato, que despolui água contaminada e a deixa limpa e potável. Quanto se economizará em energia usando este sistema? Que falar de TODO O LIXO que enfeia, empesta e adoece a população, que pode ser transformada em energia? E o Linro Project, que ainda não saiu do papel? 


Povo, há que se convencer que governantes são governados pelas corporações trilionárias e que, a estes, só o lucro imediato e sempre crescente, interessa. 

Não vou publicar novas imagens de deformidades. O que há neste blog, em todos os blogs sérios, na web toda, são imagens mais do que suficientes para sensibilizar quem realmente tem olhos de ver e ouvidos de ouvir.

Vou utilizar a mesma frase de Yukia Amano, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA):
"A complacência pode matar."

Quando jovem, aprendi que há três demônios principais: Lúcifer, Besta e Satã. Um é obcecado pelo Poder, outro pelo sexo e o terceiro pelo dinheiro.... quais as forças que, infelizmente, movem o mundo? As três! 



Se ISTO não bastou para saber o quão danosa é a ENERGIA NUCLEAR, o que mais será preciso acontecer?



Energia nuclear está mais segura um ano após Fukushima, diz AIEA


VIENA, 9 Mar (Reuters) - A energia nuclear está mais segura agora do que há um ano, quando um terremoto seguido de tsunami atingiu a região da usina nuclear de Fukushima, disse o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, na sexta-feira. O Greenpeace, entretanto, afirmou que nenhuma lição foi aprendida.

Em um comunicado divulgado antes do primeiro aniversário (no domingo) da pior crise nuclear do mundo desde Chernobyl em 1986, Amano afirmou que foram tomados passos significativos para fortalecer a segurança nuclear global depois de Fukushima.

"A segurança nuclear está mais forte do que era há um ano", disse ele. "Sabemos o que deu errado e temos uma tomada clara de ações para combater essas causas - não apenas no Japão, mas em todo o mundo."

Amano acrescentou: "Agora temos de aproveitar a ocasião. A complacência pode matar."

A tragédia de Fukushima foi deflagrada em 11 de março de 2011, quando um forte terremoto sob o mar gerou o tsunami que deixou 19 mil mortos ou desaparecidos. Ele também atingiu a usina nuclear situada na costa, causando uma série de falhas catastróficas na instalação.

As imagens da usina atingida e da enorme devastação que o tsunami provocou ao redor do Japão abalaram a confiança do público na usina nuclear e forçaram a indústria nuclear a lançar uma campanha para defender seu histórico de segurança.

Após Fukushima, Alemanha, Suíça e Bélgica decidiram abandonar a energia nuclear e desenvolver fontes de energia renováveis alternativas. Outros quase 50 países que vinham operando, construindo ou planejando construir usinas nucleares, entretanto, continuam a depender da energia nuclear, mesmo enfrentando custos mais altos.

O comunicado da AIEA disse reconhecer que o acidente do ano passado representou um golpe à indústria nuclear, às agências reguladoras e aos governos, mas afirmou que muito poderia ser feito para evitar uma repetição.

"Ele foi deflagrado por uma força gigantesca da natureza, mas foi a fragilidade existente do design com relação à defesa contra os perigos naturais, da supervisão dos agentes reguladores, no gerenciamento do acidente e na resposta de emergência que permitiu que ele se desenrolasse como aconteceu", disse a AIEA
Veterano diplomata japonês, Amano acrescentou: "Falhas humanas como essas não são exclusividade do Japão...Os países ao redor do mundo estão buscando os elos frágeis em seus sistemas e tomando medidas para fortalecê-los."

O grupo ambiental Greenpeace, no entanto, que se opõe à energia nuclear por razões de segurança, disse que "nenhuma lição real" parece ter sido aprendida com Fukushima.

"A indústria e os políticos ao redor do mundo rapidamente executaram os chamados testes de estresse apenas para concluir que nenhum reator no mundo é inseguro nem precisa ser fechado", disse Jan Beranek, chefe da campanha nuclear do Greenpeace.

"Não há dúvida que mesmo Fukushima Daiichi teria passado nesses testes", disse ele em um email à Reuters. A AIEA "até disse que o principal problema era como restaurar a confiança pública - em vez de buscar como proteger melhor as pessoas. Isso precisa mudar ou o próximo desastre nuclear é inevitável."

(Reportagem de Fredrik Dahl)


Querendo, leia mais na página de links:

BRASIL SEM ENERGIA NUCLEAR!!!

 Não à Energia Nuclear! Não às usinas nucleares!



E sobre o Desastre Nuclear no Japão: http://t.co/jbksFiU


Detalhes da tragédia que assolou o Japão

Tragédia Nuclear - Radioatividade permanece!
  
 Tragédia nuclear - Japão e Chernobyl 


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, Educadora, Ambientalista
Coordenadora de Dinâmica de Grupos,
Especialista em Desenvolvimento Humano,
Pós-graduação em RH pela FGV-RJ,
International Speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil
 


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