quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Crise do Euro: É fechado acordo, a dívida da Grécia é reduzida em 50% e líderes da UE comemoram

Crise européia: Dívida da Grécia recebe perdão em mais 50% 

Crise do Euro: É fechado acordo, a dívida da Grécia é reduzida em 50% e líderes da UE comemoram

27.outubro.2011
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Líderes celebram acordo europeu 


para enfrentar a crise

27 de outubro de 2011 • 07h00 •  atualizado 07h0



Do Terra 
Várias autoridades políticas e econômicas saudaram nesta quinta-feira o acordo anunciado nesta madrugada em Bruxelas pela Eurozona para enfrentar a crise da dívida.
O plano, apresentado como uma resposta contundente à crise, consta de três pontos principais: o resgate financeiro da Grécia, a recapitalização dos bancos europeus e o aumento do potencial do fundo de resgate europeu.
O ministro britânico das Finanças, George Osborne, elogiou os "ótimos avanços" com o acordo e insistiu em sua rápida aplicação. "Os países membros da Eurozona conseguiram ótimos avanços sobre assuntos básicos nos quais deveriam avançar. É um bom acordo", disse Osborne, antes de destacar que detalhes ainda precisam ser decididos e pedir a aplicação rápida das medidas.
O presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, classificou de "etapa importante" o acordo. "Sou otimista de que esta primeira etapa importante permitirá ter um enfoque mais amplio para ajudar a fazer com que a economia mundial encontre outra vez o crescimento", declarou Zoellick, que está nas Filipinas.
Na Ásia, os governos de Japão e China também se manifestaram sobre o acordo. O ministro japonês das Finanças, Jun Azumi, prometeu que Tóquio tomará as medidas necessárias para ajudar a Europa a sair da crise da dívida.
Segundo ele, o Japão tem interesse em uma "Europa estável". O país já investiu 2,68 bilhões de euros em empréstimos emitidos pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).
A China afirmou que o plano anticrise da Eurozona deve levar confiança aos mercados. "A China saúda o consenso sobre a crise da dívida na reunião de cúpula europeia. Pensamos que ajudará a sustentar a confiança dos mercados promovendo um desenvolvimento econômico duradouro da UE e da Eurozona, e estimular uma nova vitalidade da integração europeia", disse a porta-voz do governo, Jiang Yu.
Na Rússia, o conselheiro econômico do Kremlin, Arkadi Dvorkovich, afirmou que o acordo europeu é "suficiente no momento" e manifestou um "otimismo prudente".
Apesar do anúncio de ajuda aos bancos, a ministra espanhola da Espanha, cujos bancos são os que mais precisam de recapitalização no continente, afirmou que as empresas do país teriam capacidade de obter os fundos para recapitalização por conta própria, sem a necessidade de ajudas públicas.
Os bancos do país começaram a revelar as necessidades de capital: o BBVA anunciou que precisa de 7,087 bilhões de euros. De acordo com cálculos da AFP, o Santander, número um da Eurozona em capitalização, precisará até junho de 2012 de 14,97 bilhões de euros.


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UE e bancos acordam elevar perdão da dívida grega a 50%
27 de outubro de 2011 • 00h54 •  atualizado 03h2



A zona do euro conseguiu na madrugada desta quinta-feira com os bancos credores uma redução de 50% na dívida da Grécia, eliminando o último obstáculo para um ambicioso plano de resposta à crise da dívida, informou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, em Bruxelas. O líder francês estimou que a dívida grega terá um alívio de 100 bilhões de euros após a aceitação, pela maior parte dos bancos, de uma redução superior a 50% do valor dos títulos da dívida.
Esta decisão "representa um esforço de cerca de 100 bilhões de euros", disse Sarkozy ao final da cúpula europeia, que permitiu alcançar um amplo acordo para se enfrentar a crise da dívida. "Os credores privados farão um esforço voluntário de 50%", e esta solução evitará que a Grécia entre em ''default'' com uma redução de 100 bilhões da dívida total de 350 bilhões de euros, que será reduzida a 120% do PIB até 2020.
Segundo o presidente francês, o esforço será similar para todos os bancos credores, tanto gregos como estrangeiros. "Estão previstas condições iguais para todos os bancos". Sarkozy revelou que ele e a chefe de governo alemã, Angela Merkel, estiveram "em contato com representantes dos banqueiros não para negociar, mas para informá-los das decisões dos dezessete" países da zona do euro. Os banqueiros "refletiram e concordaram".
"Acredito que ficamos à altura das expectativas e fizemos o que era preciso pelo euro", disse Merkel ao final do encontro. A questão da dívida grega era o último grande obstáculo para a elaboração de uma resposta visando impedir o contágio da crise a países da zona do euro com economias maiores.
O Instituto de Finanças Internacionais (IIF), que representa os grandes bancos, saudou o acordo e afirmou que quer "trabalhar com a Grécia". "Em nome do setor privado, o IIF está de acordo em trabalhar com a Grécia, com as autoridades da zona do euro e com o FMI para desenvolver um acordo voluntário e concreto sobre a base firme de uma redução de 50% da dívida nacional grega", declarou Charles Dallara, diretor do Instituto.
Sarkozy informou ainda que os líderes europeus acertaram o aumento da capacidade de resposta do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) para 1 trilhão de euros, ao final de mais de dez horas de reunião na capital belga. Dotado atualmente de 440 bilhões de euros, o Fundo é insuficiente para socorrer um país como a Itália, terceira economia da Eurozona.
A cúpula de Bruxelas também acertou elevar os fundos de capital próprio dos bancos para 9% do total de seus ativos até 30 de junho de 2012, contra os 5% atuais. Até que se chegue a esse objetivo, os bancos terão que ficar sujeitos a certas obrigações sobre a divisão dos dividendos e o pagamento de bonificações. Em troca, a Eurozona se comprometeu a recapitalizar os bancos europeus com o dinheiro necessário para reduzir o impacto do prejuízo.
A Autoridade Bancária Europeia (EBA, da sigla em inglês) calculou na quarta-feira que os bancos europeus necessitam de 106 bilhões de euros, sendo 30 bilhões para os gregos, 26,161 bilhões para as instituições espanholas, 14,770 bilhões para os italianos e 8,840 bilhões de euros para os bancos franceses.
Sarkozy felicitou o Banco Central Europeu (BCE) por estar "por trás das decisões adotadas", e citou o próximo governador do BCE, o italiano Mario Draghi. A decisão em Bruxelas foi qualificada de "nova era" para a Grécia pelo primeiro-ministro Giorgos Papandreu. O presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy, festejou os resultados: "somos todos conscientes de que a situação é séria e que esta crise ameaça toda a Eurozona".
Entenda
No auge da crise de crédito, que se agravou em 2008, a saúde financeira dos bancos no mundo inteiro foi colocada à prova. Os problemas em operações de financiamento imobiliário nos Estados Unidos geraram bilhões em perdas e o sistema bancário não encontrou mais onde emprestar dinheiro. Para diminuir os efeitos da recessão, os países aumentaram os gastos públicos, ampliando as dívidas além dos tetos nacionais. Mas o estímulo não foi suficiente para elevar os Produtos Internos Brutos (PIB) a ponto de garantir o pagamento das contas.
A primeira a entrar em colapso foi a Grécia, cuja dívida pública alcançou 340,227 bilhões de euros em 2010, o que corresponde a 148,6% do PIB. Com a luz amarela acesa, as economias de outros países da região foram inspecionadas mais rigorosamente. Portugal e Irlanda chamaram atenção por conta da fragilidade econômica. No entanto, o fraco crescimento econômico e o aumento da dívida pública na região já atingem grandes economias, como Itália (120% do PIB) e Espanha.
Um fundo de ajuda foi criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE), com influência da Alemanha, país da região com maior solidez econômica. Contudo, para ter acesso aos pacotes de resgates, as nações precisam se adaptar a rígidas condições impostas pelo FMI. A Grécia foi a primeira a aceitar e viu manifestações contra os cortes de empregos públicos, programas sociais e aumentos de impostos.
Os Estados Unidos atingiram o limite legal de endividamento público - de US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) - no último dia 16 de maio. Na ocasião, o Tesouro usou ajustes de contabilidade, assim como receitas fiscais mais altas que o previsto, para seguir operando normalmente. O governo, então, passou por um longo período de negociações para elevar o teto. O acordo veio só perto do final do prazo (2 de agosto) para evitar uma moratória e prevê um corte de gastos na ordem de US$ 2,4 trilhões (R$ 3,7 trilhões). Mesmo assim, a agência Standard & Poor's retirou a nota máxima (AAA) da dívida americana.


http://not.economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201110270254_AFP_80398335
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"Estou cansado de que você nos critique e nos diga o que fazer!" - Sarkozy (França) para Cameron (Grá-Bretanha)





Eurocéticos - Mundo em colapso - União Européia em crise - O que não está em crise?


Por Marise Jalowitzki
24.outubro.2011
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