domingo, 7 de agosto de 2011

O mundo deve se reorientar e se livrar da ditadura do dólar


A mudança está nos corações e de como vemos a vida. Não nas moedas de troca. Novos modelos econômicos são imprescindíveis para que a miséria deixe de assombrar tantos milhões de pessoas.


Que o momento seja de unificação. Sei que é bem difícil de pensar nisso, quando os interesses ainda se mostram assim egoístas. Mas que é uma boa oportunidade, é. Pensar o novo. Querer o novo. Gerar o novo. Abrir brechas nas filosofias velhas de ver o mundo. Manifestar-se. Viver e Ser o novo mais justo, mais equânime.

Um novo mais solidário, mais sensível.


Foto: Somália e sua miséria crassa. Somália tem uma das piores  crises de fome da história. Unicef conclama a novos auxílios. Novos modelos econômicos são imprescindíveis para que a miséria deixe de assombrar tantos milhões de pessoas.
O mundo deve se reorientar e se livrar da ditadura do dólar

Por Marise Jalowitzki
06.agosto.2011
http://t.co/RmLYaz5

Desde pequena me pareceu estranho que a moeda de um único país fosse a bússola para um planeta inteiro. Mesmo sendo superpotência, era uma clara visão de subserviência de todos. Um foco mono, único que, invariavelmente, também implicava em usar amplamente, como se passaporte fosse, um idioma específico, copiar a cultura, o modo de pensar, o modo de vestir, influenciando canções, roteiros de filmes, modo de castigar e de louvar.

Quando apareceu o Euro (2002), não considerei como uma "saída" para o "império do dólar", pois Europa é um continente e, também, intentava contemplar apenas um segmento, uma fatia. Mas, parecia um ensaio para um olhar mais abrangente, uma moeda única que fosse a moeda que proporcionasse o entendimento a todas as nações envolvidas. Era, porém, APENAS, um novo segmento, sectarizado, fechado em si. Uma união parcial que parecia querer se contrapor ao império do dólar.

Agora, com a crise da superpotência (UE - União Europeia), toda a funcionalidade (chamada por muitos de modelo neoliberal) está em cheque. Espero que não se inicie uma nova fase, onde os pseudo-vencedores de hoje queiram tripudiar sobre quem usou o trono por séculos.

Até porque o modelo gerado, baseado no modo de vida preconizado pelos EUA de muito, muito, muito consumo, vem sendo utilizado e ovacionado por seguidores ferrenhos nos quatro cantos deste mundo redondo (redondo pode ter quatro cantos...).

Que o momento seja de unificação. Sei que é bem difícil de pensar nisso, quando os interesses ainda se mostram assim egoístas. Mas que é uma boa oportunidade, é. Pensar o novo. Querer o novo. Gerar o novo. Abrir brechas nas filosofias velhas de ver o mundo. Manifestar-se. Viver e Ser o novo mais justo, mais equânime.

Um novo mais solidário, mais sensível.

Há pouco tempo, quando vi chegar novamente às manchetes dos jornais a questão da Somália e sua histórica degradação, miséria e fome, não quis nem acreditar na hipocrisia do mundo moderno. Minha filha, que hoje já tem seus filhos adolescentes, se condoía comigo ao ver os corpos magrinhos das crianças, adultos e idosos totalmente subnutridos. Uma situação insustentável [paradoxo] sustentada há décadas, como mais uma disfarçada forma de sensibilizar os incautos. É sabido que erradicar a fome no mundo é possível, sim, e com bem menos esforço do que acreditam muitos. Três semanas sem produzir armamentos bélicos dá para suprir toda a fome do planeta por um ano!!!

Dólar (EUA) ou Euro (Europa, exceto Reino Unido), Amero ou Pacha (primeira proposta para o nome da moeda única dos países sul americanos), nada isso fará a diferença se as pessoas que ocupam os cargos governamentais e direcionam o modo de fazer e ser de bilhões de pessoas não mudar a sua ótica. Para isso, a mobilização pacífica de toda a população, de todos os países, se torna cada vez mais importante e necessária.


(Wikipedia)

“As regras financeiras devem permitir espaço para os desenvolvimentos nacionais e o mesmo deve acontecer com as regras sobre comércio e meio ambiente” (Samuel Pinheiro Magalhães, Alto Representante-Geral do Mercosul)

“A arquitetura de um processo de integração deve ser induzida por projetos nacionais e tudo deve começar com um dos atores, em geral o de maior peso, dispondo-se a fazer concessões. É a diplomacia que impulsiona a economia, e não o contrário. Ela constrói o ambiente que produz saldos comerciais e financeiros positivos no longo prazo, facilita a inserção de empresas e enraíza a interdependência econômica”. (Lassance)

A manifestação popular pode proporcionar revisão de ações e influenciar decisões para que sejam mais justas ( Foto Jean Jeremias)


AMIGOS, A MANIFESTAÇÃO DE NOSSA FORMA DE VER E SENTIR O MUNDO E NOSSOS SEMELHANTES, DE NOSSAS NECESSIDADES, NOSSOS ANSEIOS E VONTADES, DEVE SER UMA CONSTANTE PREMISSA!

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Também li:
Revista Desafios do Desenvolvimento - SBS, Quadra 01, Edifício BNDES, sala 1515 - Brasília - DF - Fone: (61) 3315-5334 - http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2575:catid=28&Itemid=23

Mais sobre Somália: http://cliohistoriablog.blogspot.com/2010/05/o-pior-inferno-do-mundo-somalia.html  

Foto da Libélula: Libélula Elaine - biólogo Jean Jeremias


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente





compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, educadora, coordenadora em dinâmica de grupo, 
ambientalista de coração,
pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA

Porto Alegre - RS - Brasil

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