sexta-feira, 1 de abril de 2011

Japão - Oceano Pacífico com radioatividade e os girassóis de Chernobyl



Japão - Além do lençol freático, também o Oceano pacífico recebeu radiação nuclear - Contaminação das águas

Japão - Oceano Pacífico com radioatividade e Os girassóis de Chernobyl




Por Marise Jalowitzki
01.abril.2011
http://t.co/6tv6GaJ


Em Fukushima, as ações desesperadas para conter a vazão da radioatividade nos reatores, no Japão, trazem sempre novos e inusitados dados. O esforço para tentar regularizar a situação é constante. Centenas de operários, bombeiros e soldados se empenham, derramando dia e noite milhares de toneladas de água, tentando baixar a temperatura dos reatores, para que não ultrapasse o ponto de fusão.


E é justamente essa água, após escorrer pelos reatores, que vai para as galerias subterrâneas e desemboca nos mares, levando a contaminação. O Oceano Pacífico tem, hoje, uma larga faixa com altos índices de iodo radioativo e plutonio.



Japão - iodo radiativo e plutonio estão em lençol subterrâneo e também no oceano!

Iodo radioativo 131 foi descoberto num lençol d'água situado a 15 m sob a central nuclear acidentada de Fukushima, declarou a Tepco - Tokyo Electric Power em 30.março.2011.


A radioatividade encontrada em lençol d'água subterrâneo, um lençol freático, amplia a gama de problemas a serem enfrentados. Ou seja, está em perigo a população (ar, água e alimentos), a fauna (terrestre e marinha) e a flora, tanto terrestre como marinha. Foram detectados índices radioativos em brócolis, espinafre, cenouras.


As autoridades não deram maiores detalhes, como: qual a extensão do lençol freático, onde vai desembocar, a quais áreas abastece, qual a profundidade do solo.


O clima permanece em tanta incerteza.


Lembro que, em Chernobyl, após o terrível desastre nuclear, as autoridades voltaram-se para as tentativas de descontaminar águas afetadas.


Foram várias as tentativas, para míseros resultados. Em 1996, 10 anos após o trágico evento, um grupo de cientistas deu uma sugestão que acabou dando certo. A Phytotech (EUA) pegou pés de girassóis e os colocou em um tanque junto a um reator que havia explodido há 10 anos. Em 10 dias as plantas absorveram 95% dos agentes radioativos - césio e estrôncio - da mistura de metais que havia no local. As plantas não metabolizaram os elementos.


Foi um assombro!


Depois, estenderam 24 pés de girassóis, amarrados em uma espécie de balsa e pontilharam uma lagoa de 75 metros quadrados, contaminada com radioatividade.



Fukushima - Japão e Chernobyl - Ucrania - Girassóis descontaminam radioatividade

Os níveis de radiação das raízes dos girassóis eram de tal forma elevados que a equipe de cientistas da Universidade de Rutgers (Nova Jersey, EUA), enfrentou sérios desafios para conseguir cruzar a fronteira da zona de exclusão criada à volta de Chernobyl.


Os pés de girassol "puxaram", absorveram a radioatividade.
Abençoadas plantas, possuem a capacidade de absorver a radioatividade, limpando as águas.
Esse processo recebe o nome de fitorremediação (Saiba mais em: http://t.co/eqXMuYu )


Entretanto, devido ao alto nível de radiação que vazou dos reatores, tanto em Chernobyl como, 25 anos mais tarde, no Japão, seria preciso uma intervenção gigantesca neste sentido, já que, para despoluir as águas, é necessário, também, igual processo no entorno.


Com o atual quadro de caos em que está imerso o norte do Japão, tudo isso fica em termos de postergação.
Como adotar medidas em meio ao caos?
Destroços por toda a parte.
Milhares de corpos soterrados.
Chorume e necrochorume por toda a parte.
Radiação nuclear pelo ar, terra e água.
Informações pouco precisas.
A  população querendo confiar na voz de seus governantes.
Qual o futuro?
Incertezas!


Faz tempo que a humanidade brinca de Deus!

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Detalhes sobre a tragédia no Japão: Link -  http://t.co/jbksFiU


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente



 Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil



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