sexta-feira, 8 de abril de 2011

Belo Monte sai de qualquer jeito

Governo não abre mão de Belo Monte, diz ministro

Belo Monte sai de qualquer jeito

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Governo não abre mão de Belo Monte, diz ministro
07 de abril de 2011 • 18h13 •  atualizado 18h17


O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse nesta quinta-feira que o governo não abre mão da construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Após se encontrar com cerca de 450 mulheres do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB), o ministro ponderou que outras reivindicações do grupo poderão ser objeto de diálogo com o governo, mas não Belo Monte. "Belo Monte não vai ter como atender", disse o ministro, após o encontro que contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff.





Entre as reivindicações do movimento, entregues á presidenta Dilma Rousseff, está a imediata suspensão da construção da usina. "Em relação à Belo Monte não dá para avançar, nós não vamos deixar de fazer (a usina)", disse o ministro. "Dá para fazer Belo Monte de um jeito ou de outro. O papel deles (dos movimento sociais) é cobrar da gente que seja da forma mais humana, mais respeitadora possível, levando em conta todos os direitos dos atingidos, das culturas tradicionais. Essa é a parte do diálogo que dá para a gente fazer", afirmou.





A construção da Usina Belo Monte é alvo de críticas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). O organismo multilateral pediu a imediata suspensão do processo de licenciamento da usina.





O governo considerou descabida a posição da OEA, tomada em resposta a denúncias apresentadas por várias comunidades da Bacia do Rio Xingu, onde a hidrelétrica será construída. Em nota, o Itamaraty disse que as solicitações são"precipitadas e injustificáveis".





O ministro disse que o governo pretende estar mais presente nas mesas de negociações entre empresários, trabalhadores e comunidade e adotará uma agenda de reunião de dois em dois meses para cada canteiro de obras. "As negociações com eles não podem ser feitas somente pelas empresas. O governo precisa estar mais presente. Naturalmente, quando se trata de indenizações, quando se trata de realocações, o Estado tem que estar mais presente", disse o ministro.





O ministro também ponderou que as recentes revoltas em canteiros de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como os que ocorreram nas usinas Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, serviram para demonstrar que o governo precisa prestar mais atenção ao que pode se repetir em relação à Belo Monte. "O evento de Jirau e Santo Antônio está nos levando já a antecipar (o que pode ocorrer) em relação à Belo Monte, ter uma presença mais forte do Estado. É preciso antecipar cuidados com a saúde, com a segurança, com saneamento, para que o impacto da obra no local não seja tão pernicioso para as populações".





Belo Monte será a maior hidrelétrica totalmente brasileira, considerando que a Usina de Itaipu é binacional (em sociedade com o Paraguai), e a terceira maior do mundo. A usina terá capacidade instalada de 11,2 mil megawatts de potência e reservatório de 516 km quadrados. Até o momento, o empreendimento tem apenas uma licença parcial do Ibama para instalar o canteiro de obras.

Do Terra

2 comentários:

  1. Marise Jalowitzki, parabéns pelo Blog e pelas postagens pertinentes. Não podemos permitir que um novo "apocalipse Maia" destrua nossa Civilização. Como você bem sabe, umas das causas mais plausíveis, segundo estudiosos, para o colapso da avançada Civilização Maia, foi o intenso desflorestamento. O fato ocasionou sérias mudanças no regime das Chuvas e Clima. Seu Blog Compromisso Consciente é, sem dúvida, um dos bastiões em defesa de nossas Sagradas Florestas! Meus Parabéns, Companheira! Paulo Augusto Farina, Blog ARQUIVOS (DES)CONEXOS.

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    1. Amigo Paulo Augusto! Essas coisas que não sei porque acontecem!!! Só vi HOJE teu comentário! Muito Grata pelas carinhosas palavras! Retribuo na mesma intensidade! Infelizmente, mesmo passado todo este tempo, o desmatamento continua!!! a presidente do Brasil, deu sua aprovação para a construção de uma grande central hidroelétrica (a terceira maior do mundo). A barragem vai inundar cerca de 400 000 hectares de floresta, desalojando tribos, animais e acabando com a floresta!

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