sábado, 30 de abril de 2011

Torturadores riam, diz vítima da ditadura que receberá R$ 200 mil




Pelo fim da Tortura! Crime de tortura não prescreve!

Torturadores riam, diz vítima da ditadura que receberá R$ 200 mil
 
Publicação neste blog: http://t.co/xMZ5ZzF
30 de abril de 2011 13h22 atualizado às 14h45
 
Flavia Bemfica
Direto de Porto Alegre
Preso e torturado aos 16 anos durante o regime militar, hoje, Airton Joel Frigeri, 57 anos, tem um escritório de contabilidade em Caxias do Sul, na Serra gaúcha, no mesmo bairro onde cresceu e para onde voltou após ter sido libertado. Passados 41 anos, fala dos episódios de 1970 com indignação, mas não se lamenta. Apesar de omitir os detalhes mais escabrosos das torturas, eles são quase visíveis em sua narrativa.

O caso de Frigeri ganhou repercussão após o Tribunal de Justiça do RS considerar o dano moral gerado pela tortura ponto central. A história recente está repleta de casos de vítimas ilustres da ditadura, que seguiram carreira política, ao contrário de Frigeri, que permaneceu um "cidadão comum".

Entre as referências estão figuras como a presidente Dilma Rousseff (PT) e seu ex-marido, o ex-deputado pedetista Carlos Araújo, o deputado estadual gaúcho Raul Pont (PT), o coordenador do Assessoramento Superior do governador Tarso Genro, o secretário Flávio Koutzii (PT), e o juiz do Tribunal Militar do Estado do RS, João Carlos Bona Garcia (PMDB).

"Na época, ele (Frigeri) era só um adolescente, nunca foi provado nada contra ele. Podia ser meu filho, podia ser o seu. É a humanidade deste caso que chama a atenção", resume o desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, relator da ação no TJ. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista que Frigeri concedeu com exclusividade ao Terra.

Terra - O que significa para o senhor esta decisão do Tribunal de Justiça?
Airton Joel Frigeri - Essa ação ingressou em 2008 e, na primeira instância, a Justiça entendeu que estaria prescrito. Ainda cabe recurso, mas a Procuradoria Geral do Estado (PGE) já informou que não vai recorrer da prescrição. O importante é que se eles recorrerem é de valor, algo assim, ou seja, o que mais importa nisso tudo é a decisão de que a tortura é um crime de lesa-humanidade. Não fui só eu que fui torturado, foi todo mundo lá, e barbaramente. Acho importante que isso desperte o interesse da imprensa e de quem atua na educação, para que se conte essa história recente do país, que está escondida e mal contada. Não se pode simplesmente com a anistia colocar uma pedra em cima e dizer que entre 1964 e 1985 não aconteceu nada.

Hoje ainda ouvimos pessoas dizendo que desejavam que os militares voltassem ao poder porque aí a corrupção acabava. Ora, na verdade, naquela época, havia corrupção e banditismo. Só que não tinha divulgação, havia censura prévia. E além de haver tudo isso na política, as pessoas que tentavam fazer alguma coisa iam presas. A gente até 68 conseguia fazer alguma coisa. Depois, ia para a clandestinidade e tentava motivar os demais.

Era da mordaça, que imperou a partir de 1964 no Brasil, felizmente, chegou ao fim a partir de 1984


Quando o senhor começou a ser perseguido?
Comecei no movimento estudantil com 15 anos. E começaram a me perseguir logo depois, no final de 69. Eu viajei para o Rio de Janeiro e fiquei clandestinamente lá até fevereiro de 70. Voltei e no dia 9 de abril me prenderam. A acusação era de que eu era subversivo.

Quanto tempo o senhor ficou preso?
Do início de abril ao final de agosto de 1970. Fui preso em Caxias por ordem do DOPS (o então Departamento da Ordem Política e Social) porque apreenderam alguns documentos em que havia meu nome. Um colega meu já havia sido torturado. O DOPS contatou Caxias e a Delegacia Regional, por coação moral, tentou arrancar alguma coisa de mim. Antes eu já havia sido detido inúmeras vezes. Fui preso às 20h, em casa, quando a gente estava jantando. Eu era um guri de 16 anos, desarmado, e eles cercaram a casa com 15, 20 homens da Brigada Militar (a PM gaúcha) com fuzis, e policiais civis com metralhadoras.

Nós não usávamos armas. O movimento de que eu participava aqui na região era de conscientização. Éramos da União dos Estudantes Secundaristas do Nordeste do Estado. Ela representava as entidades municipais que, por sua vez, agregavam os grêmios estudantis. Deixou de ser legal a partir do AI-5 e eu fiquei muito em evidência porque era jovem, brigava bastante pelas coisas em que acreditava e circulei em toda a região. Não me arrependo de nada.

Como era a rotina no DOPS?
Fui transferido para o DOPS naquela mesma madrugada, à 1h. Fiquei lá 25 dias. Era assim: um deles torturava, os outros riam, e demonstravam o quanto estavam gostando. O pessoal do DOPS foi treinado pelo pessoal do DOI-CODI (o Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna). Aperfeiçoaram a tortura, de forma a ser pior, mas a deixar menos marcas.

A tortura, ela não dói só em ti, ela dói demais no outro. Eu lembro de quando éramos obrigados a ficar em um círculo, vários de nós. Nesse círculo havia uma moça só, que era obrigada a ficar nua, e levando choques intravaginais, na nossa frente, sendo ainda mais degradada, e nós éramos obrigados a assistir. A sala da tortura, que era chamada de "fossa", ficava no terceiro andar do Palácio da Polícia, na avenida João Pessoa. Eles empilhavam livros e jornais em todas as paredes externas, para abafar os nossos gritos, mas faziam questão de deixar aberta, para sermos ouvidos pelos outros.

Uma outra sala, também no terceiro andar, foi cedida para o serviço secreto do 3º Exército. Ficava no lado oposto, porque o prédio faz um U. Era onde eram feitos os Inquéritos Policiais Militares (os IPMs) e ali acontecia tortura também. Quem ficava lá dentro ouvia tudo. Quanto mais a gente passava por aquilo, mais difícil era de suportar.

O senhor tentou esquecer?
Isso tu não esqueces. Não tem como a gente ficar igual. Durante muito tempo eu sonhava, ficava lembrando. Tive problemas de saúde. Eles praticamente me arrebentaram, entre os choques e pancadas nas costas. Nas costas eles usavam um instrumento que chamavam de papalégua. É assim um pedaço de madeira de mais ou menos uns 40, 50 centímetros, com uma tira de borracha, de pneu. Durante o choque, eles batiam com aquilo nas minhas costas.

Eu lembro de um jornalista de Tapes, que não participava de movimento nenhum, e foi preso só porque tinha escrito umas coisas. O coronel chegava lá de manhã e dizia: "olha, daqui a pouco venho te buscar para te torturar". Aí passavam duas horas e nada. Então o coronel vinha de novo, mascando chicletes, e falava de novo. Ficava nisso o dia inteiro. Quando chegava a noite eles pegavam o cara e começavam a tortura. Teve uma ocasião em que ele ficou tão fora de si que deu um soco em uma parede de madeira e quebrou tudo. Precisaram levá-lo para o hospital. Acho que ele só não se matou porque não tinha como. Muito pouca gente presa entre 69 e 70 não foi torturada.

Os torturadores se mostravam incomodados?
Não, não. Era assim, conforme a vontade deles. Eles sabiam que muita gente ali não tinha o que revelar, às vezes perguntavam qualquer coisa. Quando a pessoa desmaiava, eles davam um tempo. Era o prazer de torturar. Eles ficavam mascando chicletes, rindo. Principalmente três pessoas do DOI-CODI do Rio de Janeiro que estavam aqui. Eles me usaram de cobaia para os ensinamentos, para aquela tortura que estava ficando mais elaborada. Ali, tu és uma coisa. Para eles, não era algo do tipo: preciso fazer isso porque cumpro ordens. Era uma coisa absurda. Acho que cria aquele poder: não tem lei e eu posso fazer tudo.

Na época, o deputado Pedro Simon (hoje senador pelo PMDB-RS) tentou me visitar. A gente ficava incomunicável nos primeiros 30 dias, justamente porque nos arrebentavam. Aí, só permitiram que ele falasse comigo assim, ele em uma janela e eu na outra. Eu estava todo arrebentado. Mas, por baixo, um agente ficava me mandando dizer que estava tudo bem porque, senão, eles iam deixar as coisas piores.

Eles também jogavam para a opinião pública. Lembro que no jogo em que o Brasil ganhou o tricampeonato, o DOPS nos surpreendeu. Arrumou umas mesas, colocou uns aparelhos de TV e nos convidou a assistir o jogo. Tinha até refrigerante. A gente achou aquilo muito estranho, mas logo entendeu. Não deu cinco minutos e entrou na sala toda a imprensa, para testemunhar o quanto éramos bem tratados. E nós na verdade todos arrebentados.


Presidio Pedras Brancas - Porto Alegre - RS



Depois do DOPS o senhor foi para onde?
Fui transferido para a Ilha do Presídio (Pedras Brancas). Lá não havia tortura. Quando precisavam torturar alguém, buscavam e levavam para o DOPS. A ilha era só concreto e grades, que davam para o (lago) Guaíba. Os colchões eram no chão e o frio era terrível mesmo. Ali fiquei o resto do tempo. Eu tinha advogado e eles não tinham mais como me manter preso. Como não havia julgamento, precisaram ir liberando as pessoas. Depois, quando aconteceram os julgamentos, um que outro foi condenado. Mas já haviam cumprido parte das penas.

No meu caso, fui julgado pela Justiça Militar em Porto Alegre e absolvido. A Procuradoria de Justiça Militar recorreu ao Superior Tribunal Militar, que também me absolveu. Mas nunca mais tive sossego. Recebia ameaças do DOPS e do SNI (o antigo Serviço Nacional de Informações) e era chamado aqui no 3º Exército para prestar esclarecimentos.

A decisão favorável ao seu caso tem sido considerada inovadora porque se refere a tortura em específico, ao dano moral, ao reconhecimento por parte de um tribunal estadual. Os torturadores devem ser apontados e responsabilizados? Ou há como se valerem da Lei da Anistia?
Um dos motivos que me levou a ingressar com a ação foi esse, que eu falei, de ouvir as pessoas defendendo a ditadura. O dinheiro é importante, porque o que aconteceu me prejudicou muito. Mas eu pensei: "espera aí, isso não pode ficar escondido". E tem gente defendendo. Houve tortura e ela foi absurda. As pessoas precisam ser responsabilizadas.

Entendo que a anistia é ampla e irrestrita. Mas ela é política. O crime de tortura não é político. Não há conflito no momento em que tu estás dominado pelo Estado. Como é que um menino que na ocasião tinha 47kg, 50kg, e estava sob a guarda do Estado, pode passar por aquilo? A tortura não é caso de anistia política. Ela é um crime previsto em tratados internacionais que o Brasil assinou. O preso comum hoje, ele não pode ser torturado. Isso também é importante nesta decisão. Ela tem reflexos nos dias atuais, vai fazer mais gente pensar que tortura nunca mais. Uma democracia, por pior que ela seja, sempre vai ser melhor que a melhor das ditaduras.



Anos de chumbo - para não esquecer - Ação de Frigeri é pelo Fim da Tortura!



Leia mais:

Tortura "repugnante e covarde" praticada contra jovem de 17 anos (26.04.11)
Panoramio.com


O Estado do RS foi condenado pela 5ª Câmara Cível do TJRS ao pagamento de R$ 200 mil, por danos morais, a torturado durante o regime militar. Então com 16 anos, Airton Joel Frigeri foi buscado em casa em 9 de abril de 1970 e levado algemado à Delegacia Regional da Polícia Civil de Caxias do Sul, depois ao Palácio da Polícia em Porto Alegre e preso na Ilha das Pedras Brancas, conhecida como "ilha-presídio".
 

Na época da detenção, ele estudava no Ginásio Noturno para Trabalhadores, no prédio do Colégio Presidente Vargas, e trabalhava de dia como auxiliar de escritório no Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul. Foi posto em liberdade em agosto do mesmo ano.

O autor da ação narrou que, com o objetivo de conseguir informações sobre outros participantes da VAR-Palmares, foi interrogado várias vezes por meio de tortura por choques elétricos nas orelhas, mãos e pés, por meio de um telefone de campanha, chamado "maricota". Frigeri permaneceu longos períodos com algemas nos braços.

Recebeu golpes com o "papaléguas", pedaço de madeira preso a uma tira de borracha de pneu com cerca de 40 cm de comprimento por 4 cm de largura.

O torturado descreve que "na Ilha do Presídio não havia chuveiro elétrico, os banhos eram tomados em uma lata de tinta furada, de onde escorria a água de um cano. Os banheiros eram abertos sem paredes e com uma abertura gradeada dando direto para as águas do rio.  As celas não possuíam janelas e as grades davam para um corredor, sem porta ou vidro algum, onde o vento gelado do inverno gaúcho soprava diuturnamente. O chão era de puro concreto".  

Saindo da prisão, Airton Joel Frigeri foi proibido de voltar a estudar tanto em escolas públicas como em particulares. Continuou sendo visitado por elementos do SNI, DOPS e Polícia Civil, que o procuravam no local de trabalho, em casa, ou até mesmo na rua.  A última visita ocorreu no final de 1978, mais de um ano depois de ser absolvido pelo Superior Tribunal Militar.  

Afirmou também que passou os anos posteriores se tratando de uma gastrite de fundo emocional, com crises de depressão e insônia, utilizando tranquilizantes e outros remédios.

Em dezembro de 1974, o Conselho Permanente de Justiça do Exército absolveu Airton por falta de provas de acusações com base na Lei de Segurança Nacional, decisão confirmada em Brasília pelo Superior Tribunal Militar. Em outubro de 1998, a Comissão Especial criada pelo Estado do RS acolheu o pedido de indenização realizado com base na Lei Estadual RS nº 11.042/97 e fixou o seu valor em R$ 30 mil, quantia entregue a Airton em dezembro do mesmo ano.

A lei prevê a concessão de indenizações a pessoas presas ou detidas, legal ou ilegalmente, por motivos políticos entre os dias 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, que tenham sofrido sevícias ou maus tratos que acarretaram danos físicos ou psicológicos, quando se encontravam sob guarda e responsabilidade ou sob poder de coação de órgãos ou agentes públicos estaduais.

Em 2008, considerando que a indenização já deferida foi insignificante frente aos danos causados, Airton Frigeri requereu na Justiça do valor, em cifra significativamente maior. Em setembro de 2009, o Juízo da 2ª Vara Cível de Caxias do Sul julgou extinta a ação. Dessa sentença, o autor recorreu ao TJRS.

Para o desembargador Jorge Luiz Lopes do Canto, relator da apelação, "não há dúvidas quanto à ilicitude dos atos praticados pelos agentes públicos, nem quanto ao nexo causal ou dever de reparar, insculpidos no art. 186 do Código Civil, nem ao menos da responsabilidade objetiva que cabe ao Estado em função da prática de tortura comprovada no feito e realizada por aqueles".

Lopes do Canto salientou que "a dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, e a tortura o mais expressivo atentado a esse pilar da República, tanto que reconhecer imprescritibilidade dessa lesão é uma das formas de dar efetividade à missão de um Estado Democrático de Direito, reparando odiosas desumanidades praticadas na época em que o país convivia com um governo autoritário e quando ocorria a supressão de liberdades individuais consagradas".

O julgado da 5ª Câmara considerou que é inaplicável o prazo prescricional previsto no Decreto nº 20.910/32 e reconheceu a imprescritibilidade da ação de indenização referente a danos ocasionados pela tortura durante a ditadura militar.  A respeito da indenização já deferida com base em lei estadual, afirmou o julgador, o autor foi contemplado com o valor máximo estabelecido na norma. No entanto, o colegiado concluiu que "o martírio experimentado pelo autor foi em muito superior à ínfima reparação deferida".

Prossegue o desembargador Jorge do Canto avaliando que "causa repugnância a forma covarde com que o autor foi tratado, um adolescente que pouca ou nenhuma ameaça poderia produzir ao regime antidemocrático instaurado, denotando-se que as agressões mais se prestaram a satisfazer o caráter vil dos agressores, do que assegurar a perpetuação do regime, atitudes que eram incentivadas – ou ao menos toleradas – pelas autoridades competentes".

O valor de R$ 200 mil deverá ser corrigido monetariamente pelo IGP-M, a partir da decisão (20 de abril último), sendo aplicados juros moratórios a partir do pedido administrativo dirigido à Administração Pública.

O Estado do RS ainda foi condenado ao pagamento das custas processuais e dos honorários (20%) da advogada Caroline Sambaquy Giacomet, que atuou em nome do autor. (Proc. nº 70037772159)



Porto Alegre e o Mundo merecem viver em PAZ!
Foto Anderson Vaz

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Haiti - Luta sem guerra e cheia de golpes baixos - Há esperança?

Haiti - ação desesperada - fazer bolinhos de barro para servir de alimento às crianças!


Haiti - Luta sem guerra e cheia de golpes baixos


Por Marise Jalowitzki
29.abril.2011
http://t.co/UMvQGBz


Esta frase - com a qual concordo inteiramente - foi usada pelo jornalista Régis Rösing ao iniciar uma reportagem sobre um atleta boxeador formado no Haiti, cheio de sonhos e planos para seu futuro e o dos seus.


Tirar as pessoas da miséria e devolver-lhes os sonhos. Ideal que deveria ser compartilhado por todos.


Certa vez deparei com uma imagem de bolinhos de barro e a menção de que eles seriam oferecidos às crianças, na extrema fome pela qual estavam passando. Não quis acreditar. Sabia da miséria triste e dolorida na qual vivem milhares de irmãos haitianos; também senti o que é falta de alimento em uma parte de minha infância, mas...bolinhos de barro??? Aquelas crianças bochechudas, que são assim pela quantidade de bananas que, usualmente, comem... Barro? Era demais!


Há semanas, ouvi novamente a menção "alimentar" dos bolinhos de barro no Esporte Espetacular, programa apresentado aos domingos pela manhã pela tv aberta Globo. O repórter Régis Rösing também havia presenciado! Gente, dá para imaginar?


Após a terrível realidade do terremoto, o Haiti foi assolado pela epidemia do cólera. Cadáveres fizeram parte da "paisagem" durante semanas! E as verbas recebidas pela ajuda internacional, desviadas por um governo corrupto.


Um governo corrupto até março, que desviou praticamente tudo que foi encaminhado de dinheiro pelas organizações internacionais. Agora, com o novo governo, pouquíssimo está claro! E as pessoas de lá continuam sentindo fome, como todos nós, todos os dias. Continuam precisando beber água potável, como todos nós, todos os dias. Que dirá moradia, vestes, higiene, saneamento, educação! Tudo tão distante!


Resolvi compartilhar a competente reportagem. Há muita coisa que emociona, ali. De uma realidade duríssima. Onde a Vida continua teimando em continuar. Um menino corre para receber, como troféu, uma banana!


O que fazer em meio a esse quadro de tanta corrupção, desvio e necessidade?


Os haitianos que aportaram aqui no Brasil, após a tragédia, em busca de trabalho, receberam ordem de expulsão!!!
Mas isso é tema para o próximo artigo.


http://www.youtube.com/watch?v=uKUFAXjNXpQ






Pesquisa: Leia mais sobre o Haiti neste blog.

http://compromissoconsciente.blogspot.com/2010/11/sobre-os-caixoes-da-fema-e-o-haiti.html


Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil










quinta-feira, 28 de abril de 2011

Terremotos e Tremores em 2011 no Brasil

Terremotos no Brasil estão aumentando

Terremotos e Tremores em 2011 no Brasil

Por Marise Jalowitzki
28.abril.2011
http://t.co/KCgnxoG

Nota de 22.agosto.2011
Os tremores continuam a contecendo com intensidade e frequência no nordeste brasileiro. Deixo de registrar pontualmente, marcando o link Sismos do Nordeste - oficial - para que você continue acompanhando ( http://www.sismosne.blogspot.com/  ).

É minha convicção de que a ocorrência de sismos tem direta relação com escavações de petróleo (Veja link: http://t.co/998Dw63 ). Espero que, pelo menos, os órgãos competentes (incluindo a Petrobras), crie novas estações de monitoramento nas outras regiões da costa brasileira onde também estão sendo intensificadas as instalações das plataformas para exploração em águas profundas.


Atualização:
08.julho.2011 - Hoje, às 05:53 UTC (02:53 hora local) ocorreu um tremor de magnitude 5.3, no meio do Oceano Atlântico, na cordilheira meso-oceânica. O tremor ocorreu a 336 km do arquipélago de São Pedro e São Paulo e a 1227 km de Natal.

- Em 15.maio.2011, um terremoto no Rio Grande do Norte - magnitude 6 - afirma especialista, sem perigo de tsunami na costa (Veja ao final desta página).

Quando os habitantes de Caxias do Sul, no RS, sentiram a terra tremer, ficaram logo assustados. Há dois anos havia acontecido o mesmo. Será que há alguma falha que a região desconhece? A dúvida persiste. A USP analisa o caso, já que a estação local não detectou sinal em seu equipamento.

As regiões brasileiras com maior incidência são o Nordeste e o Acre.

“Um terremoto destrói, em apenas um segundo, a mais arraigada de nossas convicções, a de que caminhamos sobre terreno sólido. Isso gera um sentimento de insegurança que só pode ser entendido plenamente por quem passou por essa experiência.” A declaração é de Charles Darwin (1809-1882), o famoso biólogo inglês, logo após ter vivenciado um tremor violentíssimo durante suas pesquisas no Chile, em 1835.

Embora, felizmente, o Brasil não tenha um histórico de terremotos severos, os tremores estão sendo divulgados cada vez mais, sem que haja, em igual proporção, o compartilhamento dos estudos e das conclusões dos especialistas. 

Procurando na midia, encontrei alguns dados bem importantes.

O físico George Sand da França, da UNB, está registrando todos os tremores que são divulgados na internet, desde 2006. O aumento deles é significativo. Transcrevo os que o cientista registrou, apenas de 13 de março para cá.

Vejam este último, de magnitude 5,1, em 24 de abril.2011.
http://www.sismosne.blogspot.com/  


Sismo de 5,1 na Ilha da Trindade, Brasil - em 24.abril.2011 dois tremores de igual magnitude, com uma hora de intervalo 


·  24.abril - Dois tremores de magnitude 5.1 -  2027 km SSE da Ilha da Trindade, Espirito Santo

O primeiro

Magnitude 5.1 - Dorsal meso-atlântica
2011 April 24 - 21:09:35 UTC


O segundo
Magnitude 5.1  - Dorsal meso-atlântica
2011 April 24 - 22:44:16 UTC

E os demais:




Últimos Tremores no Brasil

·  22 e 23 de abril - Massapé - CE - Mais um tremor de terra é sentido na região de Massapé CE.
Localizada a 18 km de Sobral, Massapé vem sentindo pequenos abalos sísmicos, estes estão sendo registrados pela estação sismográfica da UFRN instalada na serra do Jordão, no município de Sobral.

O mais recente tremor sentido na região ocorreu ontem 22/04/2011 as 23:58 h (hora local) 02:58 utc, teve a magnitude preliminarmente calculada em 2.7.


·  19.abril - Caxias do Sul - RS -  22 hs (horário local) - tremor sentido nos bairros Santa Fé, São José, Fátima e Pioneiro, que ficam a cerca de dois quilômetros do Centro do município. Há dois anos foi sentido igual tremor. USP averigua.

·  18.abril - Mais um tremor de magnitude 2.7 é sentido na região de Sobral - CE. O tremor ocorreu as 22:19 h (hora local), sendo sentido na serra da Meruoca, Alcântara e Sobral, sua localização preliminar e magnitude foi calculada próximo a Serra do Jordão.

A área epicentral deste tremor foi diferente do ultimo tremor forte sentido no inicio deste mês, também de magnitude 2,7 localizado mais próximo do município de Massapé CE, segundo o Sub-Tenente Marcos Costa da Defesa Civil de Sobral, que teve na estação sismográfica da UFRN instalada na região.

O Laboratório Sismológico da UFRN monitora os sismos


·  14.abril - Chã Grande - PE - 10 h - perto do Fórum Municipal
·  04.abril - Massapê-CE - 04.abril - 12h e 18 min -2.7 (há 3 anos houve um tremor intenso)
·  04.abril - região de Sobral - CE - 15h20min
·  28.março - Jaraguá do Sul-SC - Meia-noite e 4 horas da manhã (150 imóveis danificados)
·  17.março - Caruaru-PE - 17.março - dois tremores em 24 horas  - 1,9
·  16.março - Ibirá-SP (400km da capital) - 12 horas
·  16.março - Caruaru-PE - mag 2.0 - 17 horas
·  13.março - Mara Rosa e Mutonópolis - Goiás
·  13.março - Montes Claros - Minas Gerais


 Para ver a relação completa entre no site do prof George Sand de França - da UNB

MacroSismo do Brasil 11/2006 a 2011 – Internet
2011


Notícias on-line  de tremores desde novembro de 2006. - Esse projeto ajuda manter as informações jornalísticas de tremores do Brasil
Prof. George Sand de França (Observatório Sismológico-SIS)


Sismos do Nordeste

·  O blog Sismos do Nordeste tem por finalidade divulgar notícias sobre os tremores de terra que ocorrem no nordeste brasileiro, e assuntos correlatos. É de responsabilidade do Laboratório Sismológico da UFRN (LabSis/UFRN), pertencente ao Departamento de Geofísica (DGEF), Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET). O LabSis/UFRN participa na formação de alunos de graduação em Geofísica e de pós-graduação (PPGG/UFRN), e recebe financiamento da Petrobras, CNPq, CPRM, USGS, DNOCS, entre outros..
·  Contatos
e-mail: sismo@geofisica.ufrn.br
telefone: 84 3215-3796


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Leia também:

Terremoto em Minas Gerais, em 2007
Análises sísmicas são fundamentais em barragens, instalações nucleares e de exploração de petróleo, dizem especialistas da UFRJ

28.abril.2011
LINK: http://t.co/iwzWJBZ




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Especialista: tremor na costa do RN não provocará tsunami15 de maio de 2011 21h46 atualizado às 21h48

Um tremor de magnitude 6 graus na escala Ritcher no meio do Oceano Atlântico, na cordilheira meso-oceânica, a 1.276 km de Natal, foi registrado neste domingo às 10h08 (horário de Brasília). O primeiro alerta foi dado pela Defesa Civil Estadual.

De acordo com Joaquim Mendes Ferreira, coordenador do laboratório sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), não existe a possibilidade de que um tsunami atinga a costa brasileira.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5131762-EI306,00.html

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Mais sobre Tremores de Terra no Brasil:  http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/tremores-de-terra-e-outros-eventos.html

Tremores de Terra continuam aumentando no Brasil


Tremores de Terra e outros eventos sísmicos e climáticos no Brasil

Por Marise Jalowitzki
04.novembro.2011
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/tremores-de-terra-e-outros-eventos.html

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Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente


compromissoconsciente@gmail.com
Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil










Análises sísmicas são fundamentais em barragens, instalações nucleares e de exploração de petróleo, dizem especialistas da UFRJ


Terremoto em Minas Gerais, em 2007


Análises sísmicas são fundamentais em barragens, instalações nucleares e de exploração de petróleo, dizem especialistas da UFRJ

Por Marise Jalowitzki
28.abril.2011
http://t.co/iwzWJBZ

Por diversas vezes tenho enfatizado a necessidade de conhecer os estudos que, porventura, estejam acontecendo no Brasil sobre os impactos ambientais que mega projetos, como hidrelétricas, plataformas para extração de petróleo, estações navais e as terríveis usinas nulceares. Nós, como brasileiros, merecemos ter acesso às conclusões que chegam os especialistas, embora saibamos que, quando os interesses falam mais alto, muitas vezes, passa-se por cima dos efeitos colaterais danosos que tais projetos possam acarretar.

No caso dos deslizamentos advindos de chuvas, escutamos agora o Sistema de Alerta e Prevenção, que consiste em alguns megafones que soltam uma sirene aguda, afim de que a população saia de suas casas e se dirijam para lugares seguros.

Mas, e com relação aos grandes empreendimentos em que os governos tanto investem (e disputam entre si)? O que vem sendo feito? Quando publiquei, há poucos dias, sobre Angra II, que funciona há dez anos sem uma licença permanente de funcionamento, o fato causou estranheza a muitos. Também pudera! Uma energia assim perigosa deveria estar revestida de todos os estudos possíveis, em permanente revisão e atualização.

Com a ocorrência do maremoto/terremoto seguido de tsunami no Japão, em 11.março.2011, cresce o interesse, no Brasil, sobre a ocorrência de terremotos, maremotos e tremores em geral. E o que vem sendo feito pelos órgãos responsáveis para tentar minimizar os danos, na previsibilidade de alguma ocorrência.

Não adianta fechar olhos e ouvidos e tentar não comentar o assunto. Brasil está registrando vários tremores, principalmente no Nordeste. Precisamos conhecer e aprofundar informações.

Edson Farias Mello do Departamento de Geologia do Instituto de Geociências da UFRJ e Maria Cascão Ferreira de Almeida, do Departamento de Mecânica Aplicada e Estruturas da Escola Politécnica, ambos da UFRJ, enfatizam:

"Embora o Brasil se situe em região de baixa sismicidade (no meio da placa tectônica americana) a ocorrência de terremotos não pode ser desprezada nos projetos de engenharia, uma vez que tais eventos podem promover sérios danos estruturais, com conseqüências catastróficas, tanto do ponto de vista sócio-econômico como ambiental."

Por isso, ressaltam:
"Análises sísmicas são fundamentais para grandes projetos de engenharia, tais como barragens, instalações nucleares, centros petroquímicos e sistemas de exploração de petróleo."

Leia mais:
"As pessoas se perguntam se sismos ocorrem no Brasil. Sim, embora estejamos numa região intraplaca tectônica, com sismicidade menor que regiões em bordas de placas, sismos ocorrem no Brasil e em qualquer região do planeta.

Para ser notícia, entretanto, é preciso que causem algum efeito sobre as pessoas. Este foi o caso do sismo de magnitude 4.9 ocorrido em Minas Gerais, em dezembro de 2007, tendo sido o primeiro sismo brasileiro com vítima.

Sismo em Montes Claros - MG causou vítima

Embora existam outras fontes sísmicas, os sismos ocorrem, em geral, pela movimentação da crosta terrestre.
(...)
Existe, atualmente, uma crescente preocupação e uma conscientização internacional em relação à necessidade de se prevenir quanto à ocorrência de sismos em regiões intraplacas. Antigamente, os tremores que ocorriam nessas regiões não causavam muitos problemas pelo fato de as cidades serem menores, com densidades demográficas menores e sem prédios altos. Hoje, com as grandes estruturas, o ideal é a prevenção por meio de projetos de estruturas resistentes aos sismos.
 (...) 
O Brasil conta hoje com uma norma técnica para projeto de estruturas resistentes a sismos e temos desenvolvido, na UFRJ, pesquisas visando o estabelecimento de metodologias capazes de fornecer subsídios para a verificação da segurança de estruturas existentes e para a elaboração de futuros projetos com base em dados sísmicos brasileiros."


Fonte: Terremotos no Brasil? http://www.olharvirtual.ufrj.br/2006/index.php?id_edicao=190&codigo=4

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Leia também sobre a relação entre ocorrências de terremotos e extração petrolífera:
É minha convicção de que a ocorrência de sismos tem direta relação com escavações de petróleo (Veja link: http://t.co/998Dw63 ). Espero que, pelo menos, os órgãos competentes (incluindo a Petrobras), crie novas estações de monitoramento nas outras regiões da costa brasileira onde também estão sendo intensificadas as instalações das plataformas para exploração em águas profundas.

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Mais sobre Tremores de Terra no Brasil: http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/tremores-de-terra-e-outros-eventos.html

Tremores de Terra continuam aumentando no Brasil


Tremores de Terra e outros eventos sísmicos e climáticos no Brasil

Por Marise Jalowitzki
04.novembro.2011
http://compromissoconsciente.blogspot.com/2011/11/tremores-de-terra-e-outros-eventos.html

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Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente




Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil





terça-feira, 26 de abril de 2011

Apesar de pedir "verdade", presidente russo Dmitri Medvedev vai desenvolver energia nuclear

Ucranianos choram pelos parentes mortos no acidente - presidente russo Dimitri Medvedev aposta em energia nuclear

Apesar de pedir "verdade", presidente russo Dmitri Medvedev vai desenvolver energia nuclear

Por Marise Jalowitzki
26.abril.2011
http://t.co/9r6GTpy

Todos estão a publicar e republicar o impacto que as palavras do presidente russo causou - referindo-se aos desastres nucleares de Chernobyl e Fukushima - ao pedir dos governos a "verdade" sobre os fatos. "Falar a verdade" é sempre uma frase de efeito, que a população gosta de ouvir. As pessoas "precisam" acreditar, é mais cômodo, dá uma sensação de tranquilidade.

Até quando Leonam Guimarães, assessor especial da presidência da Eletronuclear (Brasil) - braço da Eletrobras, considerou (em março.2011) que: “Ficar brandindo com o fantasma de Chernobyl chega a ser irresponsável e desrespeitoso com os milhões de japoneses que estão hoje procurando seus desaparecidos e chorando seus mortos” os brasileiros 'sossegaram' pois o perigo estava distante!...

Se isso é "sossego"... Acomodação e alienação.

Chernobyl e Fukushima parecem não ter ensinado nada a alguns signatários. Só a Alemanha parece, até agora, estar levando realmente a sério a questão da revisão das usinas. A Austria é aberta e naturalmente contra e exige que os paises vizinhos lhe deem esta "segurança". Não há segurança para ninguém em caso de desastres nucleares. Somos um só planeta. O ar é o mesmo e "se transporta" sem fronteiras. As águas acabam se intercambiando. A terra a tudo absorve. Os alimentos vem da terra. Animais, incluindo-nos, ingerem os frutos da terra. Não há como escapar.


Ucranianos sofrem com as deformidades em seus descendentes, causados pela radiação.

Energia ou Crime?

Na segunda-feira, véspera dos 25 anos do maior desastre nuclear da história (agora igualado em grau 7 por Fukushima), o presidente da Rússia Dmitri Medvedev condecorou com a ordem da Valentia 16 dos 500 mil liquidadores, os trabalhadores de minas, da construção e reservistas que foram convocados às pressas e sem maiores explicações, em 1986, para "liquidar" com a radioatividade que ainda hoje ameaça Chernobyl.

A cerimônia solene da condecoração teve lugar no Kremlin de Moscou.

Nessa mesma ocasião, Medvedev confirmou a intenção da Rússia de continuar desenvolvendo a exploração da energia nuclear, salientando que as normas de segurança nas centrais nucleares russas são as "mais exigentes no mundo" e devem manter-se "ao mais alto nível".

"Nós não devemos fechar os caminhos de progresso. O átomo pacífico é a fonte de energia mais barata e a mais pura ecologicamente", - declarou Medvedev durante a cerimônia de condecoração dos liquidadores.

Para quem vive a vida limitada após o desastre, só restou ouvir.

Hoje, 26 de abril, Dmitri Medvedev irá visitar Chernobyl. Ele irá se encontrar com os presidentes da Ucrânia, Viktor Ianukovitch, e da Bielorus, Aleksandr Lukachenko, e também com todos os sobreviventes.
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Presidente russo Medvedev condecora sobreviventes liquidadores 
Foto-Ria Novoski



O discurso de Medvedev
"A maior lição que a avaria na central atômica de Tchernóbil deu é esta: é preciso dizer verdade à gente. Quaisquer tentativas de camuflar a verdadeira situação, torná-la mais otimista resultam em tragédias humanas.
Em 1986, quando se deu a avaria de Tchernobil, as autoridades deram o respectivo aviso somente alguns dias depois da explosão. Naquele caso elas não tiveram a coragem de reconhecer as consequências do acontecido.

Infelizmente tivemos que pagar o nosso preço por esta atitude irresponsável por parte do Estado e esta é uma lição para o futuro.

É preciso confessar com toda a franqueza que naquele momento ninguém compreendeu o grau do risco pessoal mas vocês e os seus companheiros, certamente não pensavam nisso enquanto estavam na zona de trinta quilômetros, pois compreendiam que as consequências da avaria deviam ser liquidadas o mais rápido possível. E o seu profissionalismo, - o profissionalismo dos que podiam então tomar juntamente com vocês decisões responsáveis nas situações mais graves, - permitiram salvar um grande número de vidas humanas.

O país tirou várias lições da catástrofe de Chernobyl: foram revistos os padrões de segurança na esfera da indústria atômica de geração de energia, - na Rússia eles são agora dos mais rígidos do mundo, - foi registrado um importante progresso nas tecnologias. Pois hoje em dia o átomo pacifico é a fonte mais barata e de um modo geral ecologicamente mais pura de energia."

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Para quem ouviu os videos com declarações ao vivo de liquidadores sobreviventes (publicados também neste blog), sabe bem que
- eles não sabiam da extrema periculosidade a que estavam sujeitos
- vários deles não queriam ficar ali, mas "tinham de ficar" (expressões usadas pelos sobreviventes).

O "reconhecimento" é tão grande que, dos 500 mil trabalhadores envolvidos, ainda hoje, ao condecorar 16 sobreviventes-liquidadores, os nomes deles não saem nos jornais!!!

E assim se escreve a história.

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Fontes:
Voz da Russia - 
Brasil
https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/3/15/europa-india-e-russia-revisam-usinas-nucleares-no-brasil-esta-tudo-bem/

Equipe da BBC consegue acesso a Chernobyl, 25 anos depoisLink: http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2011/04/110406_chernobyl_25anos_video_fn.shtml

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Leia mais:
Detalhes da tragédia que assolou o Japão


Desastre Nuclear - Japão e Chernobyl nível 7!!!

LINK: http://t.co/jbksFiU







Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente




Escritora, pós-graduação em RH pela FGV,
international speaker pelo IFTDO-EUA
Porto Alegre - RS - Brasil





ALEMANHA É QUEM VAI FINANCIAR A USINA NUCLEAR ANGRA 3 !!!


Alemanha é quem vai financiar Angra 3!!!


ALEMANHA É QUEM VAI FINANCIAR ANGRA 3!!!

Por Marise Jalowitzki
26.abril.2011
http://t.co/Y16Xw69

Olha só, que interessante! Alemanha está a repensar a continuidade do uso de energia nuclear em seu país! TERÁ DE SE MANIFESTAR, também, em relação à Angra 3, já que em 2010, reafirmou seu compromisso com Angra 3.

A partir dos anos 70, a Alemanha passou a colaborar com o programa nuclear brasileiro. No caso de Angra 3, o país se comprometeu em subsidiar a empresa alemã Siemens, que fornece equipamentos e insumos para a construção da usina.

O subsídio nuclear alemão acontece para países como China, Vietnam, França, entre outros, além do Brasil. A verba prevista para a usina de Angra 3 é a maior que todas as que Alemanha concedeu recentemente.

A usina Angra 2 funciona há dez anos sem uma licença permanente.

Vamos torcer para que o governo brasileiro se sensibilize e reveja sua posição frente à exploração da energia nuclear!


Angra dos Reis, cidade turística, abriga duas usinas. Uma delas, há dez anos não tem licença permanente!

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Matéria na íntegra:

ONGs ambientais pedem que governo alemão desista de financiar Angra 3

Complexo nuclear em Angra dos Reis
ONGs alemãs dizem que governo não deve financiar Angra 3

Organizações ambientais pediram ao governo alemão que desista do acordo que prevê um subsídio de 1,3 bilhão de euros (cerca de R$ 3 bilhões) para a construção da usina nuclear de Angra 3, no município de Angra dos Reis (RJ).

A partir dos anos 70, a Alemanha passou a colaborar com o programa nuclear brasileiro. No caso de Angra 3, o país se comprometeu em subsidiar a empresa alemã Siemens, que forneceria equipamentos e insumos para a construção da usina.

Este tipo de subsidio do governo alemão serve para proteger as empresas do país, caso um empreendimento em outro país fracasse.

Em 2010, a Alemanha reafirmou seu compromisso com Angra 3, mas nenhum contrato de financiamento nem de fornecimento de materiais chegou a ser assinado.

A ONG ambiental Urgewald e outras dez instituições assinaram uma carta enviada à chanceler Angela Merkel e aos ministros da Economia, das Finanças e das Relações Exteriores do país, pedindo que o país desista da parceria.

Na carta, as organizações argumentam que a situação da usina Angra 2, que funciona há dez anos sem uma licença permanente e que também foi resultado de uma parceria com a Alemanha, comprova que o Brasil é um país com "baixos padrões de segurança e sem uma fiscalização nuclear independente".

Os ambientalistas argumentam também que o projeto de Angra 3, feito nos anos 80, é ultrapassado e apresenta sérios problemas relativos à segurança das pessoas e do ecossistema da região.

A carta chegou às mãos dos ministros antes de um debate sobre a questão no parlamento alemão, na última semana. Após a discussão, o governo alemão disse que voltará a discutir as condições da construção de Angra 3 com o governo brasileiro.

Segurança
A especialista em instituições financeiras da ONG Urgewald, Barbara Happe, disse que a crise nuclear na usina de Fukushima, no Japão, deve fazer com que o governo alemão repense não só sua política nuclear interna, mas também a ajuda aos projetos nucleares de outros países.

"Entre 2001 e 2009, conseguimos que a Alemanha não aprovasse nenhum financiamento na área de energia nuclear. Mas, desde que o governo mudou, usinas da China, do Vietnã, da França e de outros países receberam financiamentos. Nós só ficamos sabendo depois", disse.

Segundo Happe, uma das autoras da carta aos ministros alemães, a verba prevista para a usina de Angra 3 é a maior que todas as que Alemanha concedeu recentemente.

A especialista, que já morou no Brasil e analisou o projeto da nova usina, apontou diversos argumentos contra a construção, como os problemas de segurança do local previsto e a falta de um depósito seguro para os resíduos nucleares. Atualmente, eles são armazenados dentro do próprio complexo nuclear, em frente ao mar.

"Sabemos que aquela região sofre fortes chuvas e está sujeita a deslizamentos. Em casos como estes, a rota principal de fuga, que é a BR-101 (Rio-Santos), geralmente fica interditada", disse Barbara Happe.
"Em caso de acidentes, seria preciso retirar cerca de 170 mil pessoas dali. Sem a rodovia, fica difícil."

As instalações da usina Angra 3 já estão sendo construídas no complexo em Angra dos Reis.

A Eletronuclear, empresa que opera as usinas nucleares brasileiras, anunciou ao longo da última semana uma série de medidas de segurança como a construção de quatro píeres nas imediações de Angra 1, 2 e 3 para aumentar o número de rotas de fuga da região e facilitar a evacuação em navios.

Um porta-voz da empresa anunciou também o plano de contratar uma consultoria para avaliar o risco de deslizamentos nas encostas da BR-101.

Ele disse também que a Eletronuclear estuda a possibilidade de construir uma pequena central hidrelétrica nas bacias dos Rios Mambucaba e Bracuí, para resfriar os reatores das usinas caso os geradores existentes falhem, como ocorreu em Fukushima.

Exemplo japonês

A crise provocada pelo vazamento de radiação da usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo tsunami e terremoto que atingiram no Japão no início do mês de março, fizeram com que diversos países europeus anunciassem mudanças em seus programas nucleares.

Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel decidiu voltar atrás em sua decisão de estender a vida útil das usinas do país após protestos populares contra o uso da energia nuclear.

Segundo a agência estatal alemã Deutsche Welle, o ministério da Economia divulgou uma nota em que prometeu consultar o governo brasileiro para saber "em que medida os acontecimentos no Japão terão efeito nos próximos procedimentos e nos padrões a serem utilizados na futura usina".

*Colaboração de Júlia Carneiro, da BBC Brasil no Rio de Janeiro.
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Leia mais:
Detalhes da tragédia que assolou o Japão


Desastre Nuclear - Japão e Chernobyl nível 7!!!

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Querendo, leia mais sobre o tema na página de links: 
 Não à Energia Nuclear! Não às usinas nucleares!



BRASIL SEM ENERGIA NUCLEAR!!!




Marise Jalowitzki
Compromisso Consciente

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