quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ESCOLA DE LÍDERES


ESCOLA DE LÍDERES

Por Marise Jalowitzki
02.dezembro.2010


Tanto se estuda sobre liderança. Primeiramente, foi a era da disseminação de que liderança era um talento nato. Tal idéia pretendia que algumas pessoas "nasciam líderes" e outras, "nasciam para servir". pronto. Simples assim. Este argumento vigorou por muito tempo. Depois, paulatinamente, o mundo organizacional, carente de mais liderança, não apenas de chefia e gerenciamento, começou a investir em desenvolvimento de lideranças. Surgiram os cursos que indicavam passos, caminhos, atitudes e comportamentos que grandes líderes forjaram na sua prática.


No Brasil, os primeiros movimentos bem marcados em desenvolvimento de lideranças aconteceram na década de 70 do século XX, com Modelo X Y, com Líder 9.9. E os movimentos sindicais passavam dicas importantes, construindo lideranças fortes e pautadas em situações reais, criando confiança e incutindo confiabilidade.


A organização, caracteristicamente conhecida no cenário do mundo dos negócios, está pautada na relação cliente-fornecedor, foco no lucro e liquidez de caixa. Visão mecaniscista e pautada no binômio despesa/receita; aspectos preponderantemente econômico-financeiros.


De mais de uma década para cá, passou-se a dedicar mais atenção à questão da Motivação. Aconteceram os mega eventos, as palestras-show, o teatro e a interatividade através da dinâmica de grupo aplicada a diferentes segmentos organizacionais. Motivação ncessária para, no entendimento dos gestores e também do RH de então, "deixar o pessoal mais alegre", com mais interesse pelas atividades; "vestir a camiseta".

Aos poucos, porém, tais gestores deram conta de que Motivação é mais do que "estar alegrinho" e "vestir a camiseta". Tem a ver, profundamente, com o motivo, a razão que mobiliza INTERNAMENTE o profissional; se ele (profissional) está percebendo, sentindo que aquilo que está fazendo, todos os dias, tem a ver com sua natureza interna; se ele gosta do que faz, se sente que é importante para a organização. Se percebe que sua contribuição soma para a empresa, a comunidade, a família e, principalmente, para ele próprio. Isto é Motivação. Um motivo que impulsiona para a ação.

Mais recentemente, iniciou-se a contratação de pessoas fora do mundo estritamente empresarial, entendido até então como a organização quase ortodoxa do mundo dos negócios. Hoje, são contratados atletas, técnicos e jogadores (e ex-jogadores) de diversos esportes, navegadores e artistas. Pessoas que fazem o que fazem porque amam o que fazem. Quem tem uma boa experiência para contar, ensina os passos trilhados para quem está tentando uma carreira de sucesso.

A ação é bastante positiva e comprova que, mesmo em segmentos diferentes, a liderança se expressa sempre que alguém consegue motivar a outro, ou a um grupo de pessoas, a seguir por um caminho que, sozinho, esse liderado (pessoa ou grupo) não se atreveria a seguir.

Isso faz com que, igualmente, o gestor, aquele que está frente ao grupo, revise seu papel de líder influenciador. Está nas mãos dele auxiliar os componentes do grupo a perceber sua importância e contribuição. Uma equipe onde todos contribuem, num processo de contínua troca e aprendizado, não permanece elencado a denominações e categorias profissionais, torna-se uma escola de líderes, onde todos influenciam e são influenciados para o desenvolvimento eficaz.

Marise Jalowitzki
Escritora e consultora
marisej@terra.com.br
www.compromissoconsciente.blogspot.com
Porto Alegre - RS - Brasil
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